O padre falou do fim da Comissão da Verdade e destacou que a recepção do relatório tem sido “muito grande”, e ainda acrescentou que as críticas e oposição “são saudáveis”.

A reportagem é de Mireya Fernandez Beltrán, publicada por rádio Caracol, 28-08-2022.

O padre jesuíta Francisco de Roux fez um balanço do trabalho da Comissão da Verdade, que termina este fim de semana após a apresentação do relatório, no qual foram investidos seis anos de trabalho. O padre destacou que se sente muito satisfeito por ter terminado uma tarefa e animado porque a recepção do relato pela sociedade “tem sido muito boa”.

Francisco de Roux (Foto: Frame do vídeo TV Caracol)

 

“Não sinto que cheguei ao fim, mas sinto que lancei as bases para um começo”, disse De Roux. “Com a chegada do relatório da Comissão da Verdade às escolas, não pretendemos ter uma verdade ou verdade do Estado, mas um ponto de vista, muito profundo, voltado para as vítimas (...) olhe para a tragédia de todos os lados, sintamos as vítimas de todos os pontos de vista, e que somos um país de muito sofrimento por todos os lados”, afirma. O Centro Democrático publicará um folheto no qual, diz, revelará "a outra verdade do conflito".

Sobre as críticas de que o relatório é tendencioso, o presidente da Comissão da Verdade destacou: “A crítica é muito importante, porque uma dessas coisas é discutir de todos os lados. Mas ouvimos seriamente de todos os lados. Ouvimos as vítimas da guerrilha (...). Fiquei impressionado com a forma como as FARC aos poucos foram compreendendo o que haviam feito e reconhecido com grande franqueza os crimes de guerra, crimes contra a humanidade. E senti falta de que outros setores do país tivessem falado com igual franqueza e igual determinação”, explicou.

O padre Francisco de Roux destacou que mais do que ser um mediador nas negociações com o ELN, gostaria de trabalhar pela reconciliação dos colombianos.

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