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Medo, desespero e angústia: um retrato das atuais sociedades distópicas

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02 Agosto 2021

 

Para a professora Olgária Matos, vivemos no que seria caracterizado como uma anticidade, sob o domínio do medo e da descrença nas instituições que compõem a sociedade.

A reportagem é de Simone Lemos, publicada pelo Jornal da USP, 27-07-2021.

Uma sociedade distópica e sua forma de governo pode ser verificada em vários momentos da nossa história, mas o que caracteriza essa sociedade, seus governantes, forma de convívio e leis? Olgária Matos, professora titular do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP caracterizou esse tipo de sociedade como “aquela que contrariasse a ideia de cidade que se estabeleceu segundo a tradição aristotélica/grega como um espaço em que os indivíduos se reúnem para viver bem e cada vez melhor com valores comuns compartilhados, segundo o laço de um sentimento afetivo, que auxilia a amizade, indivíduos unidos pela confiança e pela lealdade” .

Segundo a professora, essa definição, mesmo sendo utópica, constitui a fonte de orientação na vida e no pensamento. Assim, uma sociedade distópica seria aquela em que as instituições que medeiam as relações entre as pessoas — como a escola, a igreja e a família — não mais seriam socializadoras, no sentido em que existem elementos realistas nas utopias e elementos utópicos no realismo. Os valores que dominariam seriam aqueles como a desconfiança, a deslealdade e a injustiça.

O Brasil apresenta algumas características deste tipo de sociedade. “É a tendência em quase todos os países na contemporaneidade, passa por uma desinstitucionalização das instituições. Quer dizer, pela descrença em sua efetividade e capacidade de fazer valer direitos e responsabilidades”, destaca Olgária.

De acordo com ela, há uma grande descrença nas instituições tradicionais do País, como o Parlamento, os partidos políticos, a escola, a família, a justiça, a polícia, entre outros. Vivemos no que seria caracterizado como uma tendência antipólis, ou seja uma anticidade. Segundo Olgária essa anticidade é o contrário de uma cidade, pois se vive sob o domínio do medo, do desemprego, das epidemias, da criminalidade, do autoritarismo, da tirania e da perda dos pertencimentos simbólicos e estruturantes.

 

A distopia

 

A distopia produz um sentimento de angústia generalizada e os desenvolvimentos da ciência e das técnicas contrastam com as regressões espirituais da sociedade. Para a professora, uma distopia seria aquela que distribui ameaças por todos os lados, produzindo um sentimento de angústia generalizado, que pode se traduzir num ressentimento e em um desejo de vingança. Principalmente em um mundo de particularismos — sejam eles éticos, religiosos ou sexuais —, que não possuem mais como referência elementos simbólicos externos, permitiriam as mediações entre o sofrimento que os preconceitos provocam e o sentido de uma progressiva resolução e superação deles dada justamente a falência das instituições políticas e a presença do Estado.

“Nesse sentido, o mundo dos distópicos seria aquele em que o princípio de realidade vacila”, afirma a professora e completa: “Uma vez que os extraordinários desenvolvimentos das ciências e das técnicas contrastam com as regressões espirituais da sociedade, uma vez que nos fazem ver o que ganhamos, mas não o que perdemos”.

No perfil de um tipo de governo distópico há elementos antidemocráticos, mesmo nas democracias consideradas como bem avançadas e sólidas em suas instituições. Geralmente se caracteriza por decisões autocráticas, que tendem a não respeitar as instituições vigentes, indo diretamente “ao povo” e daí seu caráter populista e oportunista. Na história mais recente, Olgária cita, como exemplo de governos autoritários, os soviéticos na época do comunismo, o da China durante a Revolução Cultural, o da Alemanha nazista, as ditaduras da América Latina, da África, Oriente Médio e as ditaduras em geral.

A professora acredita que o abandono da educação contribuiu para essa realidade, a partir dela é possível mudar e criar a utopia de um ensino humanista. Essa situação distópica não é produto de poucos anos, mas é algo que vai se estabelecendo e se desenvolvendo ao longo do tempo pelo abandono da importância civilizatória e da educação, tanto formal quanto informal. De acordo com Olgária, progressivamente, as instituições foram destituídas de valor, e da educação, principalmente, a tal ponto que a cultura dos esportes e a indústria da euforia dos megaeventos substituíram os valores formadores das instituições que existem justamente para criar os sentimentos de solidariedade e de compaixão.

Para ela, a educação humanista tem papel fundamental como forma de escapar de tendências distópicas e como meio de renovar a sociedade. Uma educação salientada em uma leitura atenta e concentrada no estudo da literatura nacional e universal, no estudo da história das línguas clássicas e vernáculas, das humanidades em geral, das ciências e das artes. “Utopia de uma educação humanista, que sozinha, é claro, não é capaz de criar o mundo ideal, mas pelo menos permite a uma sociedade ser capaz de se idealizar”, conclui a professora Olgária.

 

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