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Mario Tronti. Um comunista no convento

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20 Julho 2021

 

"Também o comunismo é uma fé que tem uma matriz comum com o cristianismo. A dimensão da crença é indispensável. Foi um erro trágico dos países socialistas reprimi-lo", comenta Mario Tronti, em entrevista realizada por Concetto Vecchio, publicada por la Repubblica, 19-07-2021. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Eis a entrevista.

 

Mario Tronti, onde você está agora?

Estou em um retiro espiritual, no mosteiro de Poppi, no Casentino, dirigido pelas monjas camaldulenses. Quarta-feira completo 90 anos e essa passagem precisa ser bem feita, ser sentida internamente. 

O que se faz em um eremitério? 

O dia é marcado pelas liturgias. Às 7h30 tem as laudes na capela, às 12h30 a hora média, às 18h30 as vésperas. Quanto ao resto eu escrevo, trabalho. Estou lendo A morte de Virgílio de Hermann Broch.

Você sente necessidade de solidão? 

A ermida e a metrópole são duas polaridades muito conflitantes, solidão de um lado, a massa do outro: você precisa saber habitar as duas. 

Você é uma pessoa de fé? 

Nem crente nem não crente. Como um homem de batalha, de vez em quando preciso de contemplação. Minha máxima: estar em paz consigo mesmo e em guerra com o mundo. 

Não é uma contradição um comunista acabar em um eremitério? 

Não, também o comunismo é uma fé que tem uma matriz comum com o cristianismo. A dimensão da crença é indispensável. Foi um erro trágico dos países socialistas reprimi-lo.

Pesam noventa anos? 

São uma meta. Como Jünger disse a Schmitt: ‘A velhice acabou, agora começa a idade dos patriarcas’.

Em que família você cresceu?

Minha mãe e meu pai trabalhavam nos mercados gerais de Roma. Eu os ouvia sair de casa às quatro da manhã, em plena noite, em certas madrugadas geladas, enquanto eu ficava deitado na cama quentinha. A vida que vi meus pais levarem me causou uma primeira revolta.

Onde vocês moravam?

No Ostiense, uma periferia urbana muito solidária. Meu pai era totalmente avesso aos padres. Como velho comunista, ele nunca quis ser proprietário de uma casa. Ao contrário, minha mãe era muito católica: mas era ela quem comprava para ele o jornal comunista L'Unità na banca de jornal. Esse contraste entre eles eu acabei herdando.

Não era dado como certo que você se tornaria um filósofo.

Em minha casa não havia livros. Na quinta série o professor chamou minha mãe e disse: ‘Faça ele estudar’. Era a época do fascismo, e meu pai, para não me mandar para uma escola pública, me fez cursar o ensino médio no Pio IX, no Aventino, com os padres. 

Por que escolheu estudar filosofia? 

Foi o meu professor de italiano que me aconselhou. Eu o informei para meus pais. Eles me olharam interrogativamente: ‘Você sabe o que tem que fazer’, disse-me minha mãe. Me formei com uma tese sobre o jovem Marx, orientado por Ugo Spirito. 

Como era militar no PCI no pós-guerra? 

Eu era secretário da seção universitária, quando houve os acontecimentos na Hungria. Fizemos uma carta de solidariedade aos insurgentes, assinada por cento e um intelectuais, entre eles Natalino Sapegno, Alberto Asor Rosa, Renzo De Felice, Lucio Colletti. Levamos para a Unità, pedindo que fosse publicada. Fomos recebidos por Maurizio Ferrara, o pai de Giuliano: ‘Caros camaradas, vocês erraram de partido’. A carta não foi publicada. 

Você viveu a epopeia da reconstrução. 

Sim, mas a minha geração, nascida nos anos 1930, chegou à vida adulta quando tudo já estava feito: a Resistência, o nascimento da República, as grandes ideologias haviam se formado. Sempre senti uma nostalgia aguda por uma história que não vivi. 

Como você se definiria politicamente? 

Um revolucionário conservador. Uma fórmula que também Enrico Berlinguer usou. 

E o que isso significa? 

A revolução não é contra a tradição, é ela própria tradição. Sempre lutei contra o historicismo, a ideia de que a história deve sempre ir em frente. Desde a década de 1980, a história virou para trás. Vivemos uma era de restauração. Gosto da frase de Togliatti, segundo a qual ‘nós viemos de longe e vamos muito longe’. 

Hoje não é mais assim? 

Hoje os progressistas vêm de perto e vão muito perto. 

De onde a esquerda deveria recomeçar? 

Do trabalho. O mundo do trabalho continua aí e só pede para ser organizado e orientado. Mas, para fazer isso, é preciso de uma grande subjetividade política que não vejo. E, de fato, os trabalhadores votam na Liga e a classe baixa na direita. E à esquerda ficaram os votos dos conservadores, dos abastados. 

A esquerda pensa muito nos direitos e pouco na questão social? 

Também se pode dizer isso. Eu gostaria de uma esquerda que partisse dos direitos sociais e chegasse aos direitos individuais, caso contrário nunca vai chegar lá. A esquerda deixou de falar com sua parte da sociedade, com os excluídos. 

Você mora em um bloco popular em Laurentino 38. 

É um prédio enorme com 54 apartamentos. Vivo muito bem ali. Enquanto fico desconfortável em uma sala de concertos. Amo profundamente a música, mas quando vou ao teatro sinto que somos privilegiados. 

Renato Zero (1) é seu sobrinho? 

Ele é filho de minha prima. A avó dele, Renata, era irmã do meu pai. Ele é um grande personagem, gosta do nhoque com molho de carneiro que minha mulher prepara. Ele é uma pessoa fascinante e tem uma veia anarquista que a mim falta. Para ele sou o tio comunista. 

Você entrou para a história por um livro que fez história em 1968. 

Operai e capitale. Foi lançado pela Einaudi em 1966 e teve um grande sucesso. Norberto Bobbio o criticou, apenas para se arrepender. Serviu de base ideológica para dois movimentos dos quais nunca fiz parte, Potere operaio e Lotta Continua. 

E por quê? 

Porque nunca entrei para um grupo minoritário. Ficamos sempre com a força maior do movimento operário, e esta força era o PCI. 

Você está feliz com a forma como foi a sua vida privada? 

Eu tenho uma boa família. Dois filhos e dois netos. Tive uma vida muito regular. Estou casado com a minha mulher desde 1968. 

O que você entendeu de vida? 

Não é um passeio ao luar. Sempre tive uma visão trágica da história humana.

Para viver bem, você precisa ter uma noção do trágico?

Sim, mas sem ser oprimido. Existem contradições que não podem ser superadas. Não há síntese entre tese e antítese. É assim, e temos que aceitar. 

A morte a assusta?

Não, já vivi o suficiente. Nas palavras de Montaigne, espero que o fim me pegue enquanto cultivo os meus nabos na horta. 

 

Nota do IHU:

1.- Renato Zero é o nome artístico de Renato Fiacchini, (Roma, 30 de setembro de 1950) é um cantor e compositor italiano. Também já fez trabalhos como ator e dublador.

 

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