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22 Fevereiro 2021

"É preciso dar visibilidade ao caso, garantir comunicação e assegurar a alimentação às comunidades do rio Abacaxis que sofrem todo tipo de carência nesta segunda onda da Covid-19. É urgente também melhorar a comunicação entre as comunidades locais", escreve Frei Betto, frade dominicano, escritor, assessor da FAO e de movimentos sociais.

Eis o artigo.

Queridos amigos e amigas,

Este ano a campanha atrasou devido à pandemia e dificuldade de escolher um alvo beneficiário entre tanta carência Brasil afora. Os escolhidos, afinal, são as comunidades indígenas Maraguá e Munduruku, e ribeirinhas, do Rio Abacaxis, em Borba e Nova Olinda do Norte, no Amazonas, cujos direitos humanos foram profundamente violados pela Polícia Militar daquele estado em agosto passado.

Essas comunidades vivem em um dos complexos fluviais mais belos e diversificados da Amazônia, com centenas de rios, igarapés e ilhas, interligando os rios Madeira e Amazonas. A região se caracteriza por grande diversidade cultural e linguística. É um dos últimos redutos da língua indígena Nheegatu.

A natureza exuberante e as riquezas naturais ali encontradas atrai a cobiça de empresas pesqueiras, madeireiros, turistas e traficantes de drogas.

Em agosto de 2020, Saulo Moysés Rezende da Costa, secretário-executivo do Fundo de Promoção Social do Governo do Amazonas, participava de uma pescaria ilegal em meio à crise de saúde pública que assola o estado, quando supostamente foi baleado no ombro e jurou vingança. Pouco dias depois, a mesma lancha usada pelo secretário circulou na região com policiais militares armados e sem uniforme, desencadeando uma onda de torturas e mortes na região. Ao desembarcar na comunidade Terra Preta de Borba, os policiais foram emboscados por traficantes. Dois foram mortos e dois, feridos. O governador ordenou a ocupação da região. Mais de 50 policiais se deslocaram para lá. Sem conhecer a região, alguns se perderam no labirinto fluvial e acabaram entrando de lancha por um igarapé que dá acesso a terra indígena Coatá-Laranjal, do povo Munduruku. Ali, abordaram e assassinaram Josimar e Josivan Moraes Lopes, dois jovens irmãos Munduruku que viviam distantes dezenas de quilômetros do local do primeiro conflito.

Era apenas o início do terror que predominou na região. Torturas generalizadas e execuções sumárias tomaram conta do rio, com sete mortes confirmadas e muitas outras sendo investigadas. Comunidades inteiras foram submetidas a todo tipo de ameaças. Sob o comando direto do secretário de Segurança Pública e do comandante geral da PM, foi interrompido todo o fluxo de pessoas no rio. Quem se arriscava a navegar sofria violência. É o caso de uma mulher e três crianças feridas a bala dentro do barco em que navegavam. Indígenas e ribeirinhos foram impedidos de saírem de suas comunidades e aldeias, proibidos de pescar e entrar na mata para acessar suas roças. A fome se instalou. Um prato de comida era dividido entre três pessoas como única refeição do dia. Corpos em estado de decomposição foram encontrados boiando no rio Abacaxis, única fonte de água dos moradores da região.

Essa situação só foi amenizada no dia em que entidades do movimento popular e o Ministério Público Federal quebraram o cerco de violência e conseguiram introduzir algumas cestas de alimentos e água nas comunidades. Entidades da sociedade civil (entre elas CIMI, CPT, SARES, FANDDI, Arquidiocese de Manaus, CNS, Cacuí e CRB) se movimentaram para acompanhar os fatos, buscando garantir a segurança das comunidades, responsabilizar os agressores e promover mudanças estruturais no sistema de segurança pública do estado.

As entidades permanecerão apoiando as comunidades até que o processo de investigação seja concluído, os culpados responsabilizados, e a paz reestabelecida. Entretanto, há uma sobrecarga nesse período de pandemia. Estão todos exaustos em virtude da grande demanda de trabalho. Há dificuldades de contato com as comunidades isoladas. O descontrole total da pandemia no estado do Amazonas já interrompeu precocemente mais de 10.000 vidas, inclusive companheiros que atuaram diretamente no caso do rio Abacaxis. Edina e Rosha, ambos do CIMI, faleceram ainda no ano passado.

Nesse sentido, todo o apoio será muito bem-vindo. É preciso dar visibilidade ao caso, garantir comunicação e assegurar a alimentação às comunidades do rio Abacaxis que sofrem todo tipo de carência nesta segunda onda da Covid-19. É urgente também melhorar a comunicação entre as comunidades locais (atualmente não há energia elétrica e nem rede de internet); instalar sistema de captação e armazenamento de águas; e infraestrutura de transporte, sobretudo considerando a necessidade de deslocamento rápido de pessoas infectadas pelo vírus.

Sua doação, ainda que de R$ 1, pode ser feita através do: CIMI (Conselho Indigenista Missionário): CNPJ 00.479.105/0009-22 / Banco Bradesco (237) / Agência: 2239 / CC: 14.825-3

Se precisar de recibo ou alguma informação suplementar, entre em contato com: Luíza Machado (CIMI) / Tel: (51) 974001035 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Por favor, divulgue esta campanha nas redes sociais e entre seus familiares e amigos.

Agradeço a sua solidariedade. Deus lhe pague.

Meu abraço com amizade e paz

Frei Betto

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