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A pauta agora (e de muito tempo) é o racismo

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10 Junho 2020

O Racismo é central para entendermos a desigualdade, a pobreza/miséria e a violência no Brasil, escreve Alexandre do Nascimento, professor da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (FAETEC) e integrante da Rede Universidade Nômade, em artigo publicado por Uninômade, 08-06-2020.

Eis o artigo.

O racismo não só se manifesta em atos de discriminação ou injúria racial. Antes do ato discriminatório, o que denota o racismo é o sentimento de superioridade, o desprezo, a indiferença. Nas ações policiais em favelas e periferias, o flagrante desprezo pelas vidas das pessoas que estão no entorno, denota o racismo da instituição em relação a quem vive naquele território, cuja maioria é negra. No triste caso da morte do menino Miguel, a sinhá patroa fez a mesma coisa, agiu com impaciência, indiferença e desprezo pelo menino (negro e filho de sua empregada negra), inclusive em não ter liberado a empregada para ficar em quarentena, que precisou levar seu filho porque a creche não está funcionando na pandemia.

O racismo é, notório! A patroa e a polícia são a mesma coisa. O racismo individual (o da patroa) e racismo institucional (o da polícia) são, na verdade, manifestações de um racismo que é estrutural e estruturante em nossa sociedade e cultura, está em nossa formação sócio-cultural, em nossas instituições, em todas as relações, em todas as cabeças, principalmente daquelas que gozam as vantagens que o racismo lhes proporciona.

E uma das características do racismo à brasileira é que a sociedade, em geral, procura negar, esconder, ou minimizar, e isso é feito de forma “pedagógica” por instituições formativas como a mídia corporativa, a escola, a religião, a publicidade, a política, o poder judiciário e até a família, entre outras, o que faz que nós mesmos, pessoas negras, endossemos essa negação. Para os racistas, vidas negras só importam para serem usadas. É o que significam policiais negras e negros para a polícia, a empregada para Sérgio Hacker e Sari Corte Real, Hélio negão e Sérgio camargo para Jair Bolsonaro.

O Racismo é central para entendermos a desigualdade, a pobreza/miséria e a violência no Brasil. E não há nada de “cordial” em nossas relações raciais. Pessoas negras são maioria entre os pobres/miseráveis, nos presídios, nas estatísticas de mortes violentas, principalmente aquelas praticadas pelo Estado. O Brasil foi construído com as mãos e os cérebros de pessoas negras, desde aquelas trazidas do continente africano para o trabalho escravo até os dias de hoje. O Brasil que conhecemos foi erguido por saberes, habilidades e inteligências negras, e isso é insuportável para a nossa elite parasitária e vira-lata.

São pessoas negras o primeiro maestro, o primeiro pastor evangélico, o engenheiro que fez o primeiro passeio público e permitiu a expansão da cidade do Rio de Janeiro para o que hoje conhecemos como “Zona Sul” da cidade, o maior escritor brasileiro, que também é o propositor e fundador da Academia Brasileira de Letras, Mulheres como Chiquinha Gonzaga, Antonieta de Barros, Enedina Alves, Carolina de Jesus, Ruth de Souza, Lélia Gonzalez, Beatriz do Nascimento, Lia Vieira, Geni Guimarães, Conceição Evaristo, Petronilha Gonçalves, Matilde Ribeiro, Luiza Bairros, Nilma Lino Gomes, Mãe Beata, entre muitas outras, com atuação de destaque nas artes, na literatura, na política, na ciência, na educação, na mídia, na sociedade.

Mas as barreiras impostas à população negra pelo racismo, que ainda faz a governança das nossas instituições do poder político-econômico e de produção cultural, ainda são muitas. E, talvez, a principal ação do ativismo anti-racista seja o esforço para abordar o racismo, a conjuntura e a importância da luta contra o racismo com a maioria negra e pobre. Precisamos trabalhar em conjunto para ampliar na sociedade o que Steve Biko chamou de CONSCIÊNCIA NEGRA , ou seja, “orgulho grupal e a determinação dos Negros de se levantarem e conseguirem a auto-realizacão desejada”. E é preciso dizer, como nos chamou atenção Paulo Freire, que ninguém educa ou conscientiza ninguém, mas as pessoas se educam e se conscientizam em diálogos, na relação, na dor e na luta.

Nos últimos dias o racismo passou a ser pauta de discussão em todo mundo. Não que não fosse antes, principalmente em países em que o racismo é notório, como o Brasil. Aqui, o racismo e as lutas contra o racismo, não são de hoje. Mas o debate atual sobre o racismo é mérito da potente mobilização social nos EUA, diante de mais um assassinato racista praticado pela polícia naquele país. Desde sua “fundação” e, principalmente, a partir das observações de Alexis de Tocqueville, os EUA são uma referência em democracia. Porém, me arrisco a afirmar que, na prática, a luta contra o racismo, desde Rosa Parks, tem sido a “principal força fundadora” da democracia estadunidense, pois o Estado e a sociedade somente passarão a ser dignos da alcunha de “democracia” após superação do racismo.

No Brasil, da mesma forma, apesar das peculiaridades de como o racismo opera por aqui, sem uma mobilização social anti-racista não é possível construir democracia de fato. As manifestações dos últimos finais de semana, pela democracia e contra o racismo, com símbolos da luta negra e a palavra de ordem #VidasNegrasImportam, são muito importantes e, talvez, são o início uma nova fase na luta política, pois elas denotam exatamente que democracia e racismo são coisas inconciliáveis.

#VidasNegrasImportam

#SomosContraoRacismo

#SomosPelaDemocracia

#ForaBolsonaro

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