Primeira Semana do Advento: meditações diárias com Laudato Si’. Dia 5 de dezembro

Membros da família de refugiados venezuelanos na Amazônia conversam em 2 de abril depois de receber comida e outros apoios de emergência das Irmãs Missionárias da Consolata em Boa Vista, Brasil. (Foto: Paul Jeffrey | CNS)

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05 Dezembro 2019

O National Catholic Reporter está compartilhando as reflexões sobre o Advento inspiradas em Laudato Si’ – Sobre o Cuidado da Casa Comum, do seu ex-editor Arthur Jones. Estas reflexões foram originalmente publicadas em 2015 pela Comunidade Paroquial St. Vincent de Paul, em Baltimore, no estado americano de Maryland. Jones deseja reconhecer a inspiração das invocações celtas da obra Carmina Gadelica, de Alexander Carmichael.

Publicaremos as suas reflexões para as Semanas 2, 3 e 4, nos dias 8, 15 e 22 de dezembro.

A reflexão do dia 05 de dezembro é publicada por National Catholic Reporter, 01-12-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

 

Quinta-feira, 5 de dezembro: Defendendo a dignidade humana

“Embora a mudança faça parte da dinâmica dos sistemas complexos”, escreve Francisco, a velocidade que hoje lhe impõem as ações humanas contrasta com a lentidão natural da evolução biológica. A isto vem juntar-se o problema de que os objetivos desta mudança rápida e constante não estão necessariamente orientados para o bem comum e para um desenvolvimento humano sustentável e integral”.

Mais adiante:

Às vezes nota-se a obsessão de negar qualquer preeminência à pessoa humana, conduzindo-se uma luta em prol das outras espécies que não se vê na hora de defender igual dignidade entre os seres humanos. Devemos, certamente, ter a preocupação de que os outros seres vivos não sejam tratados de forma irresponsável, mas deveriam indignar-nos sobretudo as enormes desigualdades que existem entre nós, porque continuamos a tolerar que alguns se considerem mais dignos do que outros.

Deixamos de notar que alguns se arrastam numa miséria degradante, sem possibilidades reais de melhoria, enquanto outros não sabem sequer que fazer ao que têm, ostentam vaidosamente uma suposta superioridade e deixam atrás de si um nível de desperdício tal que seria impossível generalizar sem destruir o planeta. Na prática, continuamos a admitir que alguns se sintam mais humanos que outros, como se tivessem nascido com maiores direitos.

Sinto-me, talvez só um pouquinho, um tanto superior às vezes a alguém? Superior a um tipo particular de pessoa ou grupo? Sinto isso, mesmo que seja de maneira efêmera? Sentir-me afetuoso demais pela minha própria e distinta dignidade é mais uma coisa que me separa de vós, meu Deus, neste mundo apressado da “rapidación”? O sentimento fugaz de ser um pouquinho melhor do que alguém (se existe) tem, de alguma forma, ligação com algo que possuo – um produto, um dom, uma formação? É o resultado do tempo que passo cuidando ou me preocupando com as posses que talvez sequer me são necessárias?

Ó Deus, permita-me cultivar virtudes ecológicas.

 

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