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'Brasil está seguindo EUA e retrocedendo', diz especialista sobre política alimentar

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21 Agosto 2019

Para pesquisador, é urgente um esforço do governo e da sociedade civil para reverter obesidade e desnutrição.

O Brasil está perdendo a liderança no cenário mundial na adoção de políticas que permitam alimentação saudável, avalia o professor Boyd Swinburn, especialista em Nutrição Populacional e Saúde Global da Universidade de Auckland (Nova Zelândia).

Co-presidente da comissão responsável pelo relatório que apontou a existência de uma “Sindemia Global”, provocada pela junção das pandemias de obesidade, desnutrição e mudanças climáticas, o professor diz ser urgente um esforço de governos e da sociedade civil para reverter a tendência de piora nos indicadores. Para ele, progressos começam a ser identificados em alguns países. “Mas o Brasil está seguindo os Estados Unidos e retrocedendo”, constata.

Publicado no início do ano na revista The Lancet, o estudo indica que o sistema alimentar atual, além de impulsionar a obesidade, favorece a desnutrição e as mudanças climáticas. O trabalho aponta ainda que medidas pontuais, como a alteração do sistema de transporte, podem ter impacto positivo tanto para reduzir a obesidade, melhorar a desnutrição e reduzir a emissão de gases efeito estufa.

Eis a entrevista.

O senhor visita o País num momento em que o desmatamento cresce e os benefícios fiscais para indústria de bebidas açucaradas aumentam...

Por causa da importância da Amazônia, esse é um problema que afeta a todos, não apenas o Brasil. Além disso, o País é um modelo, sobretudo para países em desenvolvimento e para países pobres, que foram colonizados por países ricos. Pessoalmente, acredito que as políticas estão indo em direção oposta ao que desejaríamos. Infelizmente, acredito que isso seja reflexo dos interesses das grandes corporações. Acredito que tenhamos de dar voz a outros grupos, ao interesse de pequenos produtores, à sociedade civil, como ocorria no Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar, colegiado que teve suas atribuições retiradas pelo governo de Jair Bolsonaro). Há boas experiências internacionais. Na Nova Zelândia, por exemplo, o bem estar passou a ser considerado no momento de se avaliar as despesas realizadas. Não apenas indicadores econômicos serão levados em consideração, mas também os ambientais, os sociais. Progressos estão sendo identificados em várias partes do mundo. Mas o Brasil está seguindo os Estados Unidos e retrocedendo. E pela importância do Brasil, isso é uma má notícia.

Temos tempo para conter a sindemia?

Temos, mas não muito. As três pandemias que interagem entre si - obesidade, desnutrição e mudanças climáticas - têm trajetórias distintas. As taxas de desnutrição estão caindo, mas lentamente. A obesidade continua aumentando de forma expressiva e a mudança climática ainda mal começou a ser revertida. As estimativas mostram que temos 10 anos para mudar a tendência atual para que não entremos num ciclo vicioso.

As constatações de pesquisas científicas passaram a ser constantemente questionadas, sobretudo referentes ao aquecimento global. Isso dificulta a adoção de medidas consideradas necessárias por estudiosos?

O fenômeno não é restrito ao Brasil. Norteadas por interesses comerciais, muitas organizações fazem questionamentos sobre conclusões que mais de 90% dos cientistas chegaram. Isso acontece com estudos referentes a mudança climática, com estudos sobre tabaco, sobre alimentação, poluição, obesidade... Grandes indústrias procuram promover a dúvida sobre os achados da ciência. Eles tentaram fazer isso com o cigarro e repetem a estratégia. É o preço que temos de pagar por permitir que as grandes empresas tivessem tamanho poder.

Isso pode ser superado?

A Organização Mundial da Saúde, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) produzem inúmeros documentos indicando quais são os problemas e o que pode ser feito para solucioná-los. Sabemos o que tem de ser feito. Há pilhas de documentos com sugestões que não estão sendo implementadas. A razão para isso é a inércia política. E essa paralisia tem três componentes. A começar pela oposição da indústria, que é muito poderosa e não quer ver ameaçados seus interesses comerciais.

O segundo aspecto é a relutância política. Há uma resistência em legislar ou adotar medidas que de alguma forma ameacem os interesses de conglomerados econômicos. E o motivo para isso é o receio de sofrer retaliações.

O terceiro fator é a demanda insuficiente da sociedade civil. Se você fizer uma pesquisa, pessoas vão dizer que apoiam a boa rotulagem, a comida saudável nas escolas, a restrição da propaganda de junk food. Há o apoio, mas não a demanda por ação.

E há saída para essa inércia?

Para quebrar esse ciclo é preciso sensibilizar a sociedade civil para temas de saúde, sustentabilidade ambiental, para prosperidade econômica de todos que integram o sistema. E a alimentação é mobilizadora. Todos estamos interessados, todos comemos. Se pudermos mobilizar a sociedade civil para que elas demandem por sistemas alimentares mais condizentes, aí acredito que estaremos aptos a quebrar a inércia na política.

E como mobilizar a sociedade?

Um dos momentos em que a sociedade se mobiliza é numa grande crise. Mas essa não é a maneira mais inteligente de se alcançar o objetivo, quando a população é forçada a encontrar mecanismos para tomar ação. Outra forma é por meio de ações de conscientização. Organizações da sociedade civil em geral têm geralmente paixão. Elas têm energia, conhecimento, mas poucos recursos. Estamos buscando criar um fundo para auxiliar justamente a sociedade civil a se mobilizar e tentar encontrar um equilíbrio. Não há como esperar que a indústria, por conta própria, se transforme. Podemos até achar um empresário que se preocupe com saúde, com meio ambiente, que adote iniciativas. Mas se ele fizer algo de fato muito significativo e seus concorrentes não fizerem nada, ele perde espaço. Para que indústrias se tornem mais responsáveis é preciso uma ação.

Há previsão de quanto seria necessário para o fundo?

Um bilhão de dólares. O Banco Mundial fez uma estimativa de quanto seria necessário para reduzir a subnutrição, de US$ 70 bilhões em 10 anos. Algumas experiências já desenvolvidas mostram que a estratégia pode ser bem sucedida. Como no México. Organizações sociais fizeram pressão, foi criada a taxação de bebidas açucaradas, o que ajudou a escalada da obesidade....

A população estaria disposta a abrir mão de conforto em nome de uma ameaça que não é para muitos palpável?

Estar sentado no carro, enfrentando trânsito, não é confortável. Ter diabetes também não. Todas as coisas precisam ser colocadas em perspectivas. Boa parte das vezes, quem tem transporte público de qualidade ou se desloca de bicicleta para ir ao trabalho valoriza essa condição. Mesmo na neve, pessoas vão de bicicleta para o trabalho porque consideram a opção mais adequada, valorizam a atitude. O mesmo acontece com comer menos carne. Pessoas que adotam dieta saudável têm ganhos, eles não são infelizes. Aliás, há uma série de estudos que relacionam junk food a um maior risco de depressão, com piora na qualidade de vida. E trabalhos mostrando que a alimentação adequada tem um impacto positivo em pessoas com depressão. Há uma série de coisas na sociedade moderna que contribuem para depressão e a alimentação inadequada está entre elas.

O Brasil discute novas regras para rótulos de produtos alimentícios. A indústria é contra o sistema de alertas, defende o modelo de semáforos. Um dos argumentos é de que não há alimentos perigosos.

Esse argumento está morto. Essa é uma tentativa antiga, mas mesmo o semáforo, defendido pela indústria, é uma forma de dizer que alguns ingredientes são bons ou ruins pra a saúde. Temos diferentes formas de classificar os ingredientes e de comunicá-las ao consumidor. A verdade é que a indústria reluta em comunicar de forma clara quais são os componentes saudáveis ou não. O Chile adotou o sistema de alerta. É preciso aguardar a publicação de trabalhos, mas acreditamos que isso terá um impacto importante nos indicadores de saúde. Assim como o México foi pioneiro na implementação de impostos de bebidas açucaradas e teve um bom resultado nos indicadores, acreditamos que isso ocorrerá também com o Chile. Na área de alimentação, o Brasil exerceu a liderança em vários aspectos: a alimentação saudável nas escolas, o Guia Alimentar - publicação do Ministério da Saúde com indicações sobre a alimentação - o Consea. Mas vem perdendo essa posição. Se quiser manter a liderança, seria importante caminhar na rotulagem.

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