Alimentos desperdiçados nos EUA poderiam saciar 84% da população mundial

Mais Lidos

  • Esquizofrenia criativa: o clericalismo perigoso. Artigo de Marcos Aurélio Trindade

    LER MAIS
  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • O primeiro turno das eleições presidenciais resolveu a disputa interna da direita em favor de José Antonio Kast, que, com o apoio das facções radical e moderada (Johannes Kaiser e Evelyn Matthei), inicia com vantagem a corrida para La Moneda, onde enfrentará a candidata de esquerda, Jeannete Jara.

    Significados da curva à direita chilena. Entrevista com Tomás Leighton

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

02 Junho 2017

Os Estados Unidos jogam fora uma quantidade de alimentos que, por si só, bastaria para saciar 84% da população mundial. Os compatriotas de Donald Trump tendem, a cada ano, a não consumir cerca de 40% dos alimentos que compram. Estamos falando de milhões de toneladas de comida.

A reportagem foi publicada por L’Osservatore Romano, 01-06-2017. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Essa realidade perturbadora foi fotografada e denunciada em um estudo realizado por Roni Neff, pesquisador da Johns Hopkins University. O desperdício alimentar é “um problema muito sério: estamos jogando fora muito dinheiro e recursos que poderiam tornar a nossa vida melhor”, comentou Neff em uma entrevista ao jornal USA Today.

O aspecto ético é ainda mais evidente quando se considera que, para uma fatia de pessoas que compram mais do que aquilo que comem, há 40 milhões de estadunidenses que não têm acesso a uma quantidade de alimento suficiente para o seu sustento.

Os dados falam até de 43 milhões de estadunidenses que, embora tendo um trabalho regular, conseguem sobreviver apenas graças aos subsídios estatais. De acordo com o pesquisador da John Hopkins, uma parte do problema pode ser encontrada na incapacidade de muitos estadunidenses de entender quando um alimento pode ser comido ou já venceu: a maioria joga o alimento fora não porque efetivamente estragou, mas porque essa é a percepção. Uma percepção equivocada em muitos casos.

Essa realidade, no entanto, não deixa os estadunidenses indiferentes. De fato, eles relataram que estão preocupados com todo o desperdício de alimentos e que olham com otimismo para todas as iniciativas voltadas a enfrentar o problema. O mesmo interesse vem da administração federal, que, várias vezes, assumiu como objetivo nacional a redução do desperdício de alimentos em 50% até 2030.

Leia mais