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A criação suspensa entre ciência e fé, segundo um dos pais da descoberta do bóson de Higgs

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06 Agosto 2019

Físico do Cern de Genebra e entre os pais da descoberta do bóson de Higgs, Guido Tonelli investiga em seu último ensaio o nascimento de nosso universo, deixando aberto o caminho à multiplicidade de interpretações possíveis: astrofísicas, teológicas, sapienciais ... Num contínuo e rico intercâmbio entre cultura científica e cultura humanista.

O cometário é de Roberto Righetto, jornalista, publicado por Avvenire, 03-08- 2019. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o comentário.

Genesi. Il racconto delle origini

"Aquele que vive eternamente, criou todas as coisas em conjunto. Só Deus será proclamado justo e permanece como rei invencível para sempre. Quem será capaz de contar as suas obras? E quem investigará suas maravilhas? Quem poderá explicar o poder da sua grandeza? Ou quem se porá a descrever a sua misericórdia? Não há o que diminuir nem acrescentar, nem é possível inventariar as maravilhas de Deus: ao terminar, apenas se começou, e ao parar, fica-se perplexo.” Guido Tonelli terá que me perdoar se para falar sobre seu Genesi. Il racconto delle origini (Gênesis. A história das origens, em tradução livre) inspirei-me em uma citação do livro do Eclesiastes. O ensaio do estudioso, recentemente publicado pela Feltrinelli (p. 22, € 17), corretamente evita misturar os dois planos, o da fé e o da ciência, e embora faça uso de amplas referências às mitologias, às religiões e à literatura, é uma descrição do nascimento do nosso universo de acordo com as aquisições e os dados científicos mais atualizados.

Físico do Cern de Genebra, professor da Universidade de Pisa e um dos pais da descoberta do bóson de Higgs, Tonelli participou nos últimos meses do debate iniciado nas páginas de alguns meios de comunicação sobre a persistente separação na Itália entre cultura humanista e cultura científica, posicionando-se sem qualquer dúvida da lado daqueles que apoiam a indispensabilidade do estudo do grego e do latim, útil para uma formação integral dos estudantes. Agora adentra um tema fascinante e consegue envolver até mesmo o leitor sem nenhuma formação dos conhecimentos da física das partículas ou explorações de galáxias. É precisamente através destas "duas vias da sapiência" que ele já deixa claro nas primeiras páginas o que sabemos sobre os "primeiros vagidos do universo criança".

Graças ao grande acelerador do Cern, foi possível recriar partículas extintas, as mesmas que povoaram o universo nas altas temperaturas das origens: "É assim - ele explica - que descobrimos o bóson de Higgs. Trouxemos de volta à vida alguns punhados deles depois de um sono que durou de 13,8 bilhões de anos". Essa exploração do infinitamente pequeno é acompanhada, no outro lado, por supertelescópios, instrumentos que estudam o infinitamente grande e são capazes de descobrir os segredos das estrelas e galáxias: "Olhando objetos muito grandes e muito distantes, podem ser observadas ao vivo todas as principais fases da formação do universo e coletar dados preciosos sobre nossa história”. O singular é que ambas as investigações levam à mesma conclusão: no começo era o caos. Melhor ainda: no começo era o vazio. Um vazio que não pode ser identificado com o nada, um conceito puramente filosófico que nada tem a ver com a física: para a ciência, o vazio "é algo vivo, substância dinâmica e incessantemente mutável, cheia de potencialidade, grávida de opostos. Não é nada, pelo contrário, é um sistema transbordante de quantidades ilimitadas de matéria e antimatéria”. Mesmo neste caso, embora mantendo os planos distintos, Tonelli não pode deixar de evocar a Teogonia de Hesíodo ("No princípio e primeiro havia o caos") para reiterar que o caos cósmico inicial, entendido como vazio, é tudo exceto desordem.

Sem dúvida a partir de sua descrição, para aqueles que são crentes é fácil encontrar analogias entre o Big Bang e o Gênesis bíblico, mas isso permanece uma sugestão que toca o íntimo de cada pessoa e que nunca será uma evidência científica. Claro, em seu percurso histórico como emuladores de Einstein, é surpreendente ver como vários dos cientistas que investigaram as origens do universo fossem pesquisadores crentes como Georges Lemaître, o padre católico que em 1927, aos meros 33 anos de idade, foi entre os primeiros a entender que as equações de Einstein poderiam descrever um universo dinâmico. Ele definiu o nascimento do universo como um processo que ocorreu entre dez e vinte bilhões de anos atrás e chamou o estado inicial de "átomo primordial". O outro elemento surpreendente é a jovem idade de muitos desses cientistas, bem como o fato de que eles têm sido frequentemente mal interpretados e desdenhados pelo establishment científico da época, ancorados na ideia de um universo eterno e de um estado estacionário não criado e perene. Como Edwin Hubble, cujas medições no observatório de Mount Wilson, na Califórnia, confirmaram as intuições de Lemaître. Foi o astrônomo britânico Fred Hoyle, que se opôs a essas teorias inovadoras, que cunhou a expressão Big Bang justamente para zombar delas. Depois veio a descoberta de Arno Penzias e Robert Wilson em 1964 para confirmar a hipótese cosmológica: a existência de um fundo cósmico de radiação de micro-ondas. Os dois astrônomos estadunidenses registraram primeiro o eco do Big Bang. Outro pesquisador muito jovem que perturbaria a cosmologia moderna foi Alan Guth, que em 1979 demonstrou a inflação cósmica.

O ensaio de Tonelli aborda especificamente os muitos mistérios do universo, da antimatéria aos buracos negros, do nascimento da luz à das estrelas, da teoria da unificação à da simetria quebrada e, tanto para aqueles que estão nada sabem de noções científicas quanto para aqueles que já são iniciados, é realmente instigante. Vale a pena aqui recordar algumas conclusões a que a física chegou, à espera de outras descobertas: o universo que conhecemos tem zero energia, zero momento, zero carga elétrica: está em estado de vazio e para os cientistas parece com um pato e está em uma expansão destinada a terminar. É composto de 68% de energia escura, 27% de matéria escura e apenas 5% de matéria comum. É composto de centenas de bilhões de galáxias e é bastante monótono, isto é, homogêneo. Ele se comporta como um grande forno de micro-ondas: seu aquecimento cessou em um passado distante e, desde então, tem gradualmente esfriado. Nasceu quase quatorze bilhões de anos atrás e é um ambiente gélido: assim que se sai da camada protetora da atmosfera, a temperatura cai, tanto que nos imensos espaços vazios entre os planetas ou as estrelas ela mede os negativos 270 graus centígrados. Quanto ao seu fim, os dados nos dizem que a expansão do universo não está destinada a parar. Tonelli observa: “Tudo corre precipitosamente para esse nada, um coração de treva invisível que atrai, irremediavelmente, tudo. Um terrível redemoinho está nos engolindo. O nosso final está marcado”. Os tempos desta catástrofe cósmica são, na verdade, muito longos. No que nos diz respeito, sabemos que o Sol deveria durar mais cinco ou seis bilhões de anos, depois se transformará em um "anão negro", um objeto inerte invisível.

Tendo estabelecido tudo isso e reconhecido quanto ainda permanece desconhecido do mistério das origens e segredos do universo (e provavelmente permanecerá, em boa parte, para sempre incognoscível, como diz o Eclesiastes), continua em aberto a questão da presença do homem. No saguão do Cern, os visitantes são recebidos por uma gigantesca esfera de madeira. Lá dentro há um museu científico nas paredes do qual estão gravadas três perguntas: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Estas são as perguntas clássicas do pensamento, diante das quais podemos concluir com Tonelli que "arte, beleza, filosofia, religião, ciência, numa palavra a cultura, são a nossa tenda mágica, e precisamos dela, desesperadamente, desde tempos imemoriais".

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