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Neonazistas no paraíso: por que cresce a extrema-direita nos países com maior bem-estar

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02 Outubro 2018

Suécia, Holanda, Dinamarca e Alemanha estão entre as nações mais prósperas do planeta e garantem a seus habitantes os padrões de vida mais altos. No entanto, em todas elas estão em alta populistas que se alimentam do ressentimento e promovem discursos de ódio. Causas de um fenômeno de alcances e consequências imprevisíveis.

A reportagem é de Darío Mizrahi, publicada por Infobae, 29-09-2018. A tradução é do Cepat.

Os movimentos políticos de extrema-direita costumam se nutrir da frustração social diante de uma deterioração nas condições de vida, que é percebida como injusta e inexplicável e diante da qual os partidos tradicionais não oferecem resposta. Seu êxito se baseia em identificarem os culpados pelos problemas, a quem tornam inimigos, e proporem soluções fáceis. Habitualmente, apontam contra outros países e contra comunidades imigrantes ou culturalmente diferentes, e prometem um idílico reencontro com a identidade nacional perdida.

O nazismo é o arquétipo. O ressentimento era generalizado na Alemanha dos anos 20-30, que sofria as duras restrições impostas pelas potências que a tinham derrotado na Primeira Guerra Mundial, e que sofreu ao mesmo tempo uma das piores hiperinflações da história. Hitler cimentou seu projeto na propagação do ódio aos judeus e a todos os que ameaçavam a pureza racial, e na necessidade de restituir o orgulho nacional.

Custa encontrar algum paralelismo entre esse cenário tão extremo e o que se vive hoje na Europa. No entanto, há alguns anos, cresce perigosamente no continente a influência de partidos de extrema-direita, que embora tenha um discurso muito mais lavado, apenas dissimulam sua xenofobia.

Talvez não surpreenda tanto que isto ocorra na Hungria e Polônia - onde são governo - ou na Itália, França e Grécia, já que todos vêm sofrendo graves problemas sociais e econômicos. O impactante é que esteja acontecendo em algumas das nações mais prósperas e igualitárias.

A Suécia é o sexto país com maior bem-estar do mundo, quando se considera como média o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado pela desigualdade, que mede a renda, o nível educacional e a saúde da população, controlado pelo grau de equidade na divisão dos recursos. Soma 0,864 sobre 1. A Alemanha está em sétimo, com 0,861; a Dinamarca está em nono, com 0,860; e a Holanda está em décimo, com 0,857.

Não há paraísos na Terra, mas a diferença entre as condições de vida ali e no restante do planeta são esmagadoras. Não obstante, nos quatro países estão em auge movimentos populistas que promovem políticas abertamente discriminatórias. Ainda não venceram nenhuma eleição, e estão gerando um contramovimento que os rejeita, mas seguem em ascensão e não se sabe até onde podem chegar.

“A crescente popularidade dos partidos de extrema-direita no noroeste da Europa e na Escandinávia é verdadeiramente algo chamativo. Não apenas estão entre os países mais ricos do mundo, como também entre os que têm sistemas de bem-estar social mais generosos. Ainda que haja diferenças de riqueza, inclusive nestes países, os pobres na Suécia continuam sendo ricos se comparados com a maioria das nações do mundo”, disse Han Dorussen, professor do Departamento de Governo da Universidade de Essex, em conversa com Infobae.

Um avanço inquietante

A Suécia é o caso mais recente. Tão acelerado foi o crescimento nos últimos meses do Democratas Suecos (SD), um partido de extrema-direita fundado em 1988, que muitos comemoraram que “só” obtiveram 17,53% dos votos nas eleições gerais de 9 de setembro passado.

Algumas pesquisas prognosticavam que poderia somar alguns votos a mais e ficar em segundo, mas acabou em terceiro, atrás do governante Partido Social-Democrata (28,26%) e do Partido Moderado (19,84%). De qualquer modo, o SD cresceu cinco pontos em relação às eleições de 2014, quando terminou em terceiro com 12,9%, a mais de dez pontos dos moderados e a quase 20 da socialdemocracia. Em 2010, havia somado apenas 5,7% dos votos.

“Há explicações históricas. Durante muito tempo, a identidade sueca esteve vinculada com uma ideia, em certo sentido falsa, de homogeneidade, com um elemento racista que atrelava o sueco ao branco. Depois, isso foi ficando em um segundo plano e a autocompreensão sueca passou a se associar à excepcionalidade de ser uma espécie de superpotência moral e de igualitarismo social. Contudo, com a globalização, o enfraquecimento do Estado-nação, as mudanças demográficas e o multiculturalismo oficial, gerou-se um sentimento de confusão, de desespero e um anseio de retorno aos velhos tempos”, explicou Fredrik Sunnemark, professor do Programa Internacional de Política e Economia da Universidade West, na Suécia, consultado por Infobae.

O caso alemão é ainda mais angustiante pela pesada história que tem. Há apenas alguns anos, era impensável que um partido político de primeira linha tivesse expressões xenófobas. Mas, Alternativa para a Alemanha (AfD) pulverizou o tabu. Fundado em 2013, experimentou uma ascensão meteórica em um quinquênio.

Nas eleições federais desse mesmo ano, conseguiu um surpreendente 4,7%. Não foi o suficiente para entrar no Bundestag, porque para isso é necessário superar o limite de 5%, mas foi um poderoso trampolim. Nas eleições de setembro do ano passado, obteve 12,6% e ficou em terceiro, não muito distante do Partido Social-Democrata (20,5%) e da Democracia Cristã de Angela Merkel (32,9%).

“Os partidos de extrema-direita na Europa Ocidental, como a Frente Nacional (França), SD e AfD, estimulam um discurso que combina o populismo contra o establishment político e cultural, em favor da ‘gente comum’, com o nativismo, a noção de que os cidadãos nativos de um país devem ter prioridade absoluta no que diz respeito ao emprego e aos benefícios sociais. Passa tanto pela cultura como pela economia, pela globalização, a desindustrialização, a automatização e o medo pelo futuro do Estado de bem-estar”, disse Hans-Georg Betz, professor de ciência política na Universidade de Zurique e pesquisador do Centro de Análise da Direita Radical.

A expressão holandesa deste fenômeno chegou um pouco mais longe que na Suécia e na Alemanha. A maior fragmentação do sistema político permitiu ao Partido da Liberdade (PVV) ficar em segundo, com 13,1%, ameaçando a continuidade no cargo do primeiro-ministro Mark Rutte. Diferente dos outros exemplos, o PVV é quase uma força unipessoal, criada em 2006 pelo excêntrico Geert Wilders.

Embora tenha crescido dois pontos em comparação com as eleições de 2012, em que havia ficado em terceiro, sua melhor performance foi em 2010, quando alcançou 15,4%, ainda que também tivesse ficado em terceiro lugar. Naquela ocasião, acabou apoiando o plano de governo de Rutte, mas sem ingressar na coalizão.

“Em muitos casos, estes partidos se apresentam como populistas nacionalistas e não como de extrema-direita – disse Dorussen -. Conseguiram se distanciar com êxito do histórico peso da extrema-direita que vem da Segunda Guerra Mundial, e apresentam a eles próprios como parte de um movimento global próximo a políticos como o presidente Donald Trump e suas políticas de ‘Estados Unidos primeiro’”.

O exemplo mais exitoso de populismo de direita nestes países é, sem dúvidas, o Partido Popular Dinamarquês (DF), fundado em 1995 por Pia Kjaersgaard, e liderado desde 2012 por Kristian Thulesen Dahl. Nas últimas eleições gerais, realizadas em 2015, ficou em segundo lugar com 21,1% dos votos, atrás da socialdemocracia.

Ainda que essa foi em muito sua melhor eleição, o certo é que, há tempo, o DF é um partido competitivo. Entre 2001 e 2012, oscilou entre 12% e 13%, e foi crucial para a formação de governo, como sócio externo da coalizão formada pelo Partido Liberal (Venstre) e o Partido Popular Conservador. Em 2015, ofereceu seus votos para o retorno da mesma aliança ao poder, que nomeou Lars Lokke Rasmussen como primeiro-ministro.

Quando o bem-estar pode incubar o ódio

Guerra, destruição, pobreza, desemprego, desigualdade extrema. São alguns dos fenômenos capazes de polarizar e alterar uma sociedade o suficiente para criar um terreno fértil ao surgimento do extremismo político. Nada disto parece estar ocorrendo em nenhum destes países.

O desemprego, por exemplo, que foi e continua sendo um dos dramas sociais do mundo desenvolvido, após a crise de 2008, quase não é um problema neles. Na Alemanha e Holanda, a taxa é apenas de 3,4% e 3,8%, praticamente nada. Na Dinamarca, é de 5%, e só na Suécia, onde chega a 6,2%, supera o desejável. De qualquer modo, está abaixo da média da União Europeia (UE), que é de 6,8%.

“Esta onda de mobilização populista de direita não tem a ver com o trabalho, mas, sim, com o impacto dos imigrantes e refugiados no Estado de bem-estar e na identidade nacional – disse Betz -. Precisa ser analisada no contexto de um aumento da ansiedade na Europa Ocidental pela crescente visibilidade da imigração muçulmana e pela natureza do islã em geral. Uma questão central é se o islã pode fazer parte ou não do país. Segundo as pesquisas, muitos dizem que não, ainda que as elites digam que sim”.

O problema também não parece vir de uma distribuição desigual de renda. Se se compara quantas vezes os 20% mais ricos ganham a mais que os 20% mais pobres, a proporção é de 3,9% na Holanda; 4,1% na Dinamarca; 4,3% na Suécia; e 4,6% na Alemanha. Em todos os casos, é menor que 5,2 da UE e – como referência – menos da metade dos Estados Unidos, que é de 9,4.

“Não acredito que haja alguma correlação entre os padrões de vida e o fortalecimento dos partidos de extrema-direita”, afirmou Klaus Neumann, pesquisador da Fundação de Hamburgo para a Promoção da Ciência e a Cultura, consultado por Infobae. “O que possuem em comum Suécia, Holanda e Alemanha é que esses partidos conseguiram se beneficiar de um generalizado sentido de insegurança, que é resultado da globalização mais do que de uma crise econômica”.

No entanto, há muitos analistas que, sim, encontram uma raiz econômica neste fenômeno. É claro, ninguém propõe que é a causa excludente, já que seria difícil de argumentar isso nestas nações. Mas, por mais que as condições de vida sejam muito elevadas, nos últimos anos começaram a surgir problemas que antes eram inexistentes.

“Entre 2006 e 2014 - disse Sunnemark -, a Suécia teve um governo que realizou grandes cortes de impostos, que foram compensados por uma redução dos benefícios sociais. A isso é necessário acrescentar a crise de 2008. Há estudos que mostram que, entre os eleitores do SD, há uma sobre-representação de pessoas afetadas por essas mudanças”.

É que não se podem perder de vista os problemas orçamentários que todos os países desenvolvidos atravessam, especialmente no campo da seguridade social, que se vê muito afetada pelo envelhecimento da população. A necessidade de se fazer pequenos ajustes, o medo de que sejam realizados em um futuro próximo, impôs que o sistema benfeitor, que durante tantas décadas se dava por assentado, passasse a ser considerado cada vez mais frágil.

Estes medos se potencializaram em um período no qual aumentou a chegada de imigrantes, sobretudo de refugiados, que são vistos por muitos como potenciais receptores de recursos sociais escassos. Vale a pena recordar que casualmente Alemanha e Suécia estão entre as nações europeias que mais solicitantes de asilo receberam a partir de 2014.

“Os partidos populistas de direita se tornaram os grandes defensores do Estado de bem-estar existente, com a ênfase de que os benefícios devem ser primeiro para os residentes, e que devem se reduzir severamente os destinados a imigrantes e refugiados, para deixar de incentivar sua chegada a Europa”, disse Betz.

Por outra vereda, corre a questão identitária, que também é vital para entender o êxito destes movimentos. Se o sentido de pertença nacional e comunitário está em crise em um contexto global, no qual as diferenças culturais se rompem, a chegada massiva de imigrantes pode exacerbar as emoções.

“Ao mesmo tempo - continuou Betz -, estes partidos se postulam como defensores da herança judaico-cristã de Europa, dos valores da Ilustração e dos princípios liberais frente à ‘invasão islâmica’. Por isso, alguns, como Wilders, defendem os direitos LGTB. O islã, que é caracterizado não como uma religião, mas como uma ideologia política, é acusado de ser incompatível com os valores ocidentais e com a democracia, por sua intolerância e particularmente por seu tratamento às mulheres. Como resultado, sustentam que deve ser proibido”.

Assim se compreende melhor o paradoxo de que segmentos da população que antes tendiam votar à esquerda, como os trabalhadores e as mulheres, possam terminar apoiando a extrema-direita. De fato, muitos de seus líderes partidários são mulheres, como Marine Le Pen, na Frente Nacional Francesa, Alice Weidel, no AfD, e Pia Kjaersgaard, no DF. Esta tendência dá uma ideia de até que ponto são movimentos com traços contraditórios e difíceis de classificar.

Por último, seria equivocado desprezar o impacto dos atentados terroristas, cujo principal efeito é tornar mais verossímeis algumas das acusações dos porta-vozes xenófobos contra a população muçulmana. “Os ataques islamistas em Nova York, Londres, Madri, Paris, etc., fizeram que muita gente se preocupasse - disse Dorussen -. Os partidos populistas também se beneficiam em associar a imigração com o crime. Claramente, o risco de ser vítima de um ataque continua sendo muito baixo, mas muitas pessoas se sentem inseguras”.

Um fenômeno de alcances imprevisíveis

“É difícil prever o quanto estes partidos podem crescer, depende de muitos fatores. Claramente, os sentimentos nacionalistas e a lógica do ‘eles contra nós’ são muito comuns em muitos países, e é pouco provável que a imigração diminua notavelmente”, refletiu Dorussen. “Mas, por outro lado, os jovens e as pessoas mais educadas se sentem muito menos atraídas por estes movimentos, e muitas das políticas que promovem não são tão populares. Na medida em que os partidos tradicionais possam atender algumas das preocupações de seus eleitores, é possível limitar o atrativo eleitoral da extrema-direita”.

Uma das grandes interrogações é se podem chegar a ser governo. Sozinhos, como ocorre na Hungria de Viktor Orbán, parece quase impossível no curto prazo, pelas características do sistema parlamentar, que exige o acompanhamento direto ou indireto da metade mais um dos legisladores. Contudo, não se pode descartar que integrem coalizões.

“Ainda é necessário ver se estes partidos serão convidados para formar alianças de governo na Suécia, Alemanha e Holanda - disse Neumann -. Neste último, embora não ingressou, Wilders deu o seu apoio, entre 2010 e 2012, aos democrata-cristãos, que não descartavam a possibilidade de fazer uma coalizão com ele. Na Suécia, ainda não está claro se os conservadores irão cumprir sua promessa de não se coligar ao SD, e na Alemanha custa imaginar, no momento, que se inclua o AfD nas negociações”.

No entanto, mesmo sem chegar ao controle do Poder Executivo em um destes países, seu impacto pode ser crucial para o sistema político. A razão principal é que ao retirarem votos das forças tradicionais, estas se veem obrigadas a fazer acordos que em outras épocas não fariam para alcançar o apoio legislativo necessário para governar.

“Com o crescente apoio à direita populista, tornou-se cada vez mais difícil reunir as maiorias requeridas para formar governo, porque é necessário juntar a centro-direita com a centro-esquerda. É possível fazer isso, conforme demonstra a grande coalizão alemã (entre Democracia Cristã e o Partido Social-Democrata). Mas, geralmente conduz a um maior descontentamento entre os eleitores, porque cria a sensação de que não há alternativas. Por isso, é possível que a direita radical comece a ser aceita como potencial aliada de coalizão”, afirmou Betz.

De qualquer modo, basta que se mantenham nestes níveis de adesão popular para desferir um duro golpe ao projeto liberal que havia se consolidado na Europa Ocidental do pós-guerra. Que a abertura da Alemanha e da Suécia aos refugiados que fogem de diferentes desastres humanitários tenha tido como correlato um enfraquecimento dos governos que tomaram a decisão, e um salto da extrema-direita, é uma evidência irrefutável.

“Certamente, os partidos populistas de direita tendem a se tornar atores influentes e a se unir aos governos. Mas, o problema é mais profundo”, disse Ulrike M. Vieten, pesquisadora de estudos europeus e transnacionais da Universidade da Rainha de Belfast.

“A política tradicional, os partidos do centro democrático, e também os meios de comunicação nacionais aceitaram e normalizaram estes movimentos. O anseio em manter o poder do governo e não ter enfrentado o aumento do empobrecimento e da injustiça estrutural, a partir de 2008, modificou o consenso socialdemocrata e liberal que existia em todos estes países por um alarmante projeto neopopulista e etnonacionalista. A União Europeia também está em perigo por isto, muito mais do que os políticos estão dispostos a aceitar”, concluiu Vieten.

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