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“A teologia do Papa Francisco é, sobretudo, a do seguimento de Jesus”. Artigo de José María Castillo

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29 Mai 2017

“A teologia de Francisco é, sobretudo, a teologia do seguimento de Jesus. Uma teologia com a qual não estamos acostumados. Por isso, desconcerta a uns, irrita a outros, e a todos nós coloca perguntas que não sabemos responder. Perguntas que despachamos dizendo tranquilamente (e, às vezes, irritados) que este Papa “não sabe Teologia”, nem é o Papa de que a Igreja precisa. Será que não é a nossa Teologia que anda mais desorientada do que possamos imaginar?” A reflexão é de José María Castillo, teólogo espanhol, em artigo publicado por Religión Digital, 27-05-2017. A tradução é de André Langer.

Eis o artigo.

Foi o me ocorreu há apenas uma semana. Uma mulher, que já completou 92 anos, me disse uma das coisas que mais me impressionaram na minha vida. El me disse simplesmente o seguinte: “A coisa que mais distingue o Papa Francisco de todos os papas anteriores é a sensibilidade que ele tem para sintonizar com os últimos deste mundo”.

Esta afirmação me fez pensar muito. Porque afirma que a melhor coisa que qualquer pessoa tem não é o que ela sabe, o que ela disse ou o que ela tem, mas a qualidade da sua sensibilidade. Uma qualidade que se mede pelas coisas com que ela sintoniza. É evidente que sintonizar com os sábios e com os poderosos, com os ricos e com os governantes, com os famosos e os importantes, tudo isso é vulgar.

Porque todos, ou quase todos, temos isso. Mas ter uma sensibilidade que sintoniza com aqueles que ninguém sintoniza, isso é chamativo, pouco frequente, anormal e verdadeiramente extraordinário.

Para compreender a profundidade desta reflexão tão simples que acabo de fazer é necessário dar-se conta de que “sinal” e “símbolo” não são a mesma coisa. O “sinal” comunica “conhecimentos”. É o que fazemos mediante os sinais fonéticos (por exemplo, as palavras) ou com os sinais visuais (por exemplo, os sinais de trânsito...). O “símbolo” transmite “experiências” (carinho, ódio, medo, indiferença, paz, ansiedade...). Por isso, o “olhar” precede o “olho”. Um olhar nos faz felizes ou amarga a nossa vida. Portanto, certamente vou querer saber como são os olhos da pessoa que, com a expressividade de seu olhar, me transmitiu felicidade ou desgraça.

O que está por trás desta experiência? Algo muito profundo e do que tantas vezes não temos consciência. É a sensibilidade. Aquilo a que somos sensíveis. Ou, pelo contrário, totalmente insensíveis. Mas o fato é que a sensibilidade nos configura e nos define na vida. E que determina o que fazemos ou o que deixamos de fazer. Por isso, porque nós somos assim e assim se comportam os seres humanos, precisamente por isso se compreende que nos quatro Evangelhos, quando se explica o encontro e a relação dos discípulos (e das pessoas) com Jesus, dá-se mais importância ao “seguimento” de Jesus do que à “fé” em Jesus.

Basta recordar que nos Evangelhos sinóticos, fala-se 36 vezes da fé (“pistis”), ao passo que o seguimento (“akolouthein”) de Jesus é mencionado 57 vezes. E o Evangelho de João, que tanto insiste na fé (40 vezes), a primeira e a última coisa que explica é o seguimento de Jesus, assim como o viveram os discípulos (Jo 1, 37.38.40.43; 21, 19.20.22).

No entanto, na Igreja trabalhou-se duramente para construir, manter e aplicar à vida dos fiéis uma sólida teologia da fé. Por isso, no Vaticano, existe uma Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, que tem um poder decisivo na organização e gestão do governo eclesiástico. No entanto, após mais de 20 séculos, ainda não temos na Igreja uma sólida teologia do seguimento de Jesus. E – o que é mais estranho – a teologia dogmática livrou-se do “seguimento”. E o deslocou para a espiritualidade, para fomentar a piedade e a devoção, ao mesmo tempo que se fomentam também as vocações sacerdotais e religiosas.

A preferência de bispos e teólogos pela teologia da fé é compreensível. “Aceitar a fé” comporta inevitavelmente “aceitar a submissão” da mente, da consciência, da vontade ao que diz e decide a Hierarquia. Ser um bom crente é tornar-se submisso e renunciar a uma mentalidade verdadeiramente crítica. Isso combina bem com o clero, que assim mantém firme seu “sagrado poder”. E combina bem com os fiéis submissos, que assim tranquilizam sua consciência, com a certeza de que Deus sempre os perdoa, quer seja a culpa ou o pecado que possam cometer.

Compreende-se, pois, que a teologia da fé seja a preferida por aqueles que exercem o “sagrado poder”. E também aqueles que, mediante sua ortodoxia crente, se veem a si mesmos com a “consciência tranquila” e as “mãos limpas”. Ao passo que, pelo contrário, também é compreensível que a teologia do seguimento de Jesus tenha sido transferida para as margens da Dogmática, para ficar relegada ao terreno da Espiritualidade. Assim, os fervorosos, os devotos, os chamados a grandes heroísmos de generosidade, entram nos seminários ou vão ao noviciado, para “identificar-se com Jesus”. Isso, sem dúvida, era o que se dizia em tempos idos.

Não coloco minimamente em dúvida a importância central da fé, como sempre o explicou a Igreja. O problema, na minha opinião, está no seguinte: se aceitar a fé é aceitar a submissão, da mesma maneira aceitar o seguimento de Jesus é comprometer-se com a liberdade de qualquer submissão que não seja “viver como Jesus nos ensina em seu Evangelho”.

Pois bem, é aqui que entra em jogo a sensibilidade. O dicionário da RAE diz que “sensibilidade” é a “propensão do ser humano a deixar-se levar pelos afetos de compaixão, humanidade e ternura”. O Papa Francisco faz teatro quando abraça e beija as crianças, os doentes, idosos e mendigos? É um comediante quando o vemos feliz perto dos últimos deste mundo? Não há dúvida: a teologia do Papa Francisco brota de uma sensibilidade que, ao conectar-se com os últimos, é a sensibilidade da liberdade e da insegurança vivida por aquele pobre galileu de Nazaré, que nasceu onde nascem os animais (um presépio) e morreu onde acabam os criminosos (uma cruz).

A teologia de Francisco é, sobretudo, a teologia do seguimento de Jesus. Uma teologia com a qual não estamos acostumados. Por isso, desconcerta a uns, irrita a outros, e a todos nós coloca perguntas que não sabemos responder. Perguntas que despachamos dizendo tranquilamente (e, às vezes, irritados) que este Papa “não sabe Teologia”, nem é o Papa de que a Igreja precisa. Será que não é a nossa Teologia que anda mais desorientada do que possamos imaginar?

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