Israel promove o chefe dos soldados que mataram dois palestinos com os braços erguidos

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02 Dezembro 2025

A imprensa israelense revela que o ministro fundamentalista da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, visitou a base de operações dos agentes da Polícia de Fronteira responsáveis pelo tiroteio na cidade palestina de Jenin, na Cisjordânia.

A informação é publicada por El Salto, 30-11-2025. 

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, líder de extrema-direita responsável pela unidade da polícia de fronteira envolvida no caso, aprovou a promoção do comandante encarregado da unidade em que, há apenas um dia, dois militares atiraram e mataram dois homens palestinos que se renderam com as mãos erguidas na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada.

Segundo relatam tanto o jornal israelense Haaretz quanto o Times of Israel, Ben-Gvir visitou a base operacional da unidade para comunicar pessoalmente sua decisão ao comandante. Fontes policiais indicam aos referidos meios que a promoção corresponde a uma ação recomendada pelo delegado geral da polícia e pelo alto comando. A promoção é incomum porque os responsáveis por unidades encobertas semelhantes costumam ostentar o posto de tenente-coronel, muito inferior ao novo grau que lhe foi concedido.

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O avanço — na prática, uma condecoração — ocorre justamente quando o escândalo provocado pelo tiroteio se intensifica: o vídeo do incidente, divulgado por meios árabes e internacionais, mostra os dois homens saindo de um prédio com as mãos erguidas, com o torso parcialmente descoberto para demonstrar que não estavam armados, em um gesto inequívoco de rendição. Mesmo assim, de acordo com as imagens, eles foram obrigados a retornar ao imóvel e executados a queima-roupa.

Diversos grupos de defesa dos direitos humanos e organismos internacionais, como a ONU, denunciam o ocorrido como um crime de guerra e exigem que seja garantida uma investigação imparcial. A promoção decidida por Ben-Gvir envia uma mensagem clara: não apenas impunidade, mas respaldo oficial a atos que violam normas fundamentais do direito internacional.

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