26 Novembro 2025
A Albânia nomeou, em setembro, Diella para o Ministério das Compras Públicas. O detalhe: Diella, que significa “sol” em albanês, é um robô de inteligência artificial. No seu primeiro discurso no Parlamento, Diella declarou que não ingressava no governo para “substituir ninguém, mas sim para ajudar”. O primeiro-ministro do país, o humano Edi Rama, afirmou que Diella ajudará o governo a conter o extenso problema de corrupção pública no país.
A informação é de Edelberto Behs.
Ainda no Parlamento, Diella se apresentou: “Na verdade, não tenho cidadania, nem ambições ou interesses pessoais. Tenho apenas dados, sede de conhecimento e algoritmos dedicados a servir os cidadãos de forma imparcial, transparente e incansável. Não é esse, precisamente, o espírito da democracia constitucional?”
O Instituto Heartland e a Rasmussen realizaram pesquisa, nos Estados Unidos, perguntando a prováveis eleitores entre 18 e 39 anos de idade, se concordariam que uma IA governasse o país. Quatro em cada dez pesquisados disseram que apoiariam a atribuição de “autoridade a um sistema avançado de IA para controlar as decisões de formulação de políticas públicas”; 36% apoiariam uma proposta que concede à IA o controle direto sobre “direitos que pertencem a indivíduos e famílias, incluindo direitos relacionados à liberdade de expressão, práticas religiosas, autoridade governamental e propriedade”; 35% concordariam com a ideia de dar a um sistema avançado de IA “a autoridade para controlar todas as maiores forças armadas do mundo, com o propósito de reduzir o número de pessoas que morrem em guerras”.
“Esses resultados são impressionantes”, alegaram pesquisadores do Heartland. “O que estamos vendo é o surgimento precoce de uma mentalidade de ‘homem forte’ em relação à IA entre os estadunidenses mais jovens”. Na análise dos pesquisadores, “as gerações mais jovens estão cada vez mais desiludidas com as falhas das instituições tradicionais, a ponto de estarem dispostas a entregar o controle à inteligência artificial”.
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