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As redes de extrema-direita na América Latina: jornais digitais, bots e notícias falsas para disseminar a “guerra cultural”

Foto: belterz/Canva

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18 Novembro 2025

Uma rede que teve origem no Brasil e se expandiu a partir da Argentina chegou ao México como uma arma política conservadora.

A reportagem é de Verónica M. Garrido, Naiara Galarraga Gortázar e Federico Rivas Molina, publicada por El País, 15-11-2025.

O Brasil foi o primeiro campo de testes para as novas armas digitais da extrema-direita latino-americana. Seu sucesso foi tão retumbante que um congressista provocativo e praticamente desconhecido chamado Jair Messias Bolsonaro se tornou presidente em janeiro de 2019. Quatro anos depois, foi a vez de Javier Milei, um economista argentino de cabelos cacheados e discurso inflamado. O fenômeno da extrema-direita agora cresce no Chile, liderado pelo candidato presidencial Johannes Kaiser, e tenta ganhar terreno no México, onde ainda busca uma figura de proa. A estratégia é sempre a mesma: exércitos de mercenários digitais espalham sua mensagem fora da mídia tradicional. No X, TikTok, Instagram, Facebook, programas de streaming e jornais online, eles convocam à revolta e à desobediência civil — quando não a um golpe de Estado — e organizam manifestações “espontâneas” para derrubar o governo. Como a marcada para este sábado na Cidade do México contra o governo de Claudia Sheinbaum.

No México, a extrema-direita tem tido, até agora, pouco apoio popular e nenhuma presença institucional. Apenas dois projetos aspiram a se tornar partidos políticos antes das eleições de meio de mandato de 2027. Um deles é liderado pelo ator Eduardo Verástegui, que tinha um bom relacionamento com o político argentino Milei. A aliança entre eles foi de curta duração: uma inesperada troca de insultos no canal X, no final de outubro, selou o rompimento e levou ao cancelamento da cúpula da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), que seria realizada no México em novembro.

Sem representação eleitoral, a presença do movimento conservador mexicano concentra-se atualmente nas redes sociais. Foi lá que surgiu a controversa convocação para uma manifestação, atribuída à juventude da Geração Z. Embora apresentada como um movimento espontâneo, semelhante aos que agitaram o Nepal, Madagascar e Marrocos, uma investigação da Infodemia — unidade do governo mexicano dedicada à análise de desinformação — afirma que se tratou de uma “estratégia digital coordenada”. O relatório identifica influenciadores, figuras da oposição e contas ligadas à Atlas Network, uma organização ultraconservadora fundada no início da década de 1980 com presença em mais de 100 países, como responsáveis ​​pela manifestação. Segundo o relatório, mais de 90 milhões de pesos mexicanos (aproximadamente cinco milhões de dólares) foram investidos na promoção da marcha ao longo do último mês e meio.

A investigação oficial também aponta indiretamente para Ricardo Salinas Pliego, dono da emissora TV Azteca. Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal decidiu contra ele após anos de litígio, condenando-o a pagar uma dívida tributária de aproximadamente 50 bilhões de pesos (cerca de 3 bilhões de dólares). O revés intensificou o debate sobre o suposto papel de Salinas Pliego nas campanhas digitais que criticavam a prefeita Claudia Sheinbaum.

A Infodemia rastreia a origem da campanha digital até o início de outubro, quando o jornal Azteca Noticias publicou uma reportagem sobre os protestos da Geração Z fora do México. Dezenas de contas em redes sociais surgiram então, com nomes como generacionz_mx ou somosgeneracionzmx, convocando uma marcha para este sábado na Cidade do México. Quase 200 contas promoveram o protesto no TikTok, 50 delas criadas ou reativadas durante esse período, e no Facebook, mais de 350 grupos discutiram o assunto, vários deles gerenciados do exterior.

O tom das mensagens mudou abruptamente durante a primeira quinzena do mês passado. Após o assassinato de um prefeito em Michoacán, em 1º de novembro, a narrativa passou de pedidos de impeachment do presidente para uma suposta incapacidade do governo de lidar com a violência. A Infodemia argumenta que essa mudança foi orquestrada.

O relatório aponta para a presença de bots da Atlas Network e menciona o argentino Fernando Cerimedo, que até alguns meses atrás era responsável pela campanha digital de Milei. Cerimedo é uma figura conhecida no Cone Sul da América do Sul.

Seu nome apareceu mais de 60 vezes na investigação policial sobre a tentativa de golpe contra Luiz Inácio Lula da Silva, que em setembro passado levou à prisão de Jair Bolsonaro. Ele foi acusado de divulgar uma suposta investigação que questionava a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro para desacreditar a vitória do líder do Partido dos Trabalhadores (PT). Cerimedo foi inocentado de envolvimento na investigação em fevereiro deste ano. A polícia concluiu que o argentino havia divulgado "conteúdo infundado", mas não conseguiu provar que ele tinha controle sobre a tentativa de golpe.

O bolsonarismo germinou nas redes sociais. Ali, longe do radar dos principais veículos de comunicação brasileiros, a retórica anti-establishment e anticorrupção de um deputado conhecido apenas por suas provocações, um capitão do Exército aposentado, seduziu milhões de compatriotas em 2018, unidos pelo cansaço com a política tradicional e por um ódio visceral ao Partido dos Trabalhadores (PT). Lula estava fora de cena, preso por um caso de corrupção que foi anulado anos depois.

O patriarca do clã Bolsonaro estava tão ciente do papel crucial da internet em sua vitória eleitoral — especialmente as mensagens do WhatsApp — que, no dia de sua posse, seu filho Carlos, vereador e estrategista por trás de sua campanha digital, o acompanhou no Rolls Royce que levou o líder de extrema-direita ao Palácio do Almirantado, em Brasília. Após essa vitória surpreendente, eles conseguiram construir, usando o Facebook, o Twitter e agora o X, o YouTube, o TikTok e outras plataformas, um movimento político de extrema-direita que dizimou parte da direita tradicional e cooptou a maioria dos conservadores restantes.

O então presidente lançou uma página semanal no Facebook onde, à semelhança do "Aló Presidente" de Hugo Chávez, convidava ministros a vangloriar-se das conquistas do governo. As milícias digitais que Carlos Bolsonaro criou quando seu pai chegou ao poder funcionam como uma máquina bem azeitada, operando em uma rede de políticos influentes e veículos de comunicação aliados para lançar ataques sincronizados contra rivais, silenciar críticos ou colocar um tema no centro do debate nacional. O ecossistema digital de Bolsonaro chegou a gerar sua própria versão da Netflix, um serviço de streaming com filmes e documentários que trazem ao mundo audiovisual o universo que o bolsonarismo condensa em Deus, pátria e família.

O mundo digital habitado pelos apoiadores mais radicais de Bolsonaro, alimentado por informações tendenciosas ou falsas, foi um terreno fértil para que milhares de pessoas acreditassem falsamente, em 2022, que Bolsonaro havia sido roubado nas eleições. Elas foram persuadidas a acampar por dois meses em frente a quartéis militares, exigindo uma intervenção das Forças Armadas. E então, lançaram um ataque ao coração institucional da República, em Brasília. Centenas delas, apoiadores comuns de Bolsonaro, cumprem longas penas por tentativa de golpe de Estado, enquanto Bolsonaro aguarda o cumprimento de sua sentença de 27 anos de prisão.

The Right Daily, o aríete da extrema-direita

Antes de Bolsonaro cair em desgraça, Cerimedo já havia retornado a Buenos Aires, onde, desde 2012, dirigia o La Derecha Diario, um dos principais disseminadores digitais de ideias de extrema-direita e um proeminente propagador de desinformação contra tudo que cheirasse a progressismo. Seu site não é particularmente notável pelo tráfego, mas sua conta no X tem mais de meio milhão de seguidores fiéis que amplificam sua mensagem.

Em junho de 2021, Cerimedo contratou Javier Negre, um espanhol e ativista que pressentiu o futuro político promissor de Milei enquanto atuava como deputado em Madri, e decidiu se reinventar do outro lado do Atlântico após uma passagem frustrada pelo jornalismo na Espanha. A nova empresa foi chamada Madero Media Group SRL e iniciou suas atividades com um capital declarado de 100.000 pesos, pouco mais de US$ 1.000 na cotação da época.

Após anos de atividade frenética, Cerimedo aposentou-se do La Derecha Diario, embora continue sendo um dos sócios fundadores, e rompeu com o governo Milei, insatisfeito com a estratégia de comunicação da Casa Rosada. Quem desejar contatá-lo pessoalmente precisa viajar até La Paz, na Bolívia, onde atua como assessor de comunicação do novo presidente, Rodrigo Paz. Negre, por outro lado, continua suas artimanhas em Buenos Aires, após uma breve passagem pelos Estados Unidos e Israel, para onde viajou para dizer "a verdade" sobre a guerra em Gaza. Na Argentina, ele rapidamente se tornou popular por suas provocações a outros jornalistas em coletivas de imprensa realizadas pelo ex-porta-voz de Milei, Manuel Adorni. Aqueles que lidaram com ele na época o lembram como um "vendedor de ilusões" e um "falastrão" que, durante os primeiros meses em Buenos Aires, tentou, sem sucesso, comprar veículos de comunicação argentinos para expandir sua influência.

A influência de Negre acabou por chegar ao México quando Salinas Pliego se ofereceu para financiar uma versão local do La Derecha Diario. É dentro desse ecossistema digital que a manifestação de sábado está acontecendo. Muitos dos influenciadores mexicanos identificados pela Infodemia não têm nenhuma ligação prévia com a política. São criadores de conteúdo focados em maquiagem, videogames ou música que começaram a postar mensagens de apoio à marcha poucos dias depois.

Embora a mobilização da Geração Z tenha derrubado governos em outros países, no México, a participação online parece não ter poder de mobilização suficiente. Mesmo assim, a prefeita Claudia Sheinbaum ordenou a instalação de cercas metálicas ao redor do Palácio Nacional e de prédios históricos, enquanto as contas do movimento compartilhavam instruções sobre como derrubá-las.

Leia mais

  • As plataformas digitais estão na ponta de lança do projeto da extrema-direita: a privatização de tudo. Entrevista especial com Letícia Cesarino
  • “As redes sociais têm uma relação simbiótica com a extrema-direita que faz com que ganhem dinheiro”. Entrevista com Ben Tarnoff
  • Como funciona a máquina populista digital de Bolsonaro? Entrevista com Letícia Cesarino
  • A extrema-direita está “na moda” de novo? Metapolítica, redes internacionais e âncoras históricas. Artigo de Steven Forti
  • A desinformação se tornou a praga deste século
  • Regulação de plataformas para um projeto nacional de desenvolvimento. Artigo de César Bolaño
  • O poder da ideologia do ressentimento
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  • Sheinbaum tem um plano para receber mexicanos deportados
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  • Na Croácia, do Nepal e do Burundi. As vidas rejeitadas nas fronteiras da Europa
  •  A geração dos oito segundos
  • A geração Z é a geração ‘do Fim do Mundo’. Entrevista com Carlos Tutivén Román

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