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México e EUA: uma relação à prova de tudo? Artigo de Rafael Rojas

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15 Novembro 2025

Claudia Sheinbaum segue a linha de seu antecessor, Andrés Manuel López Obrador, ao manter a cooperação estratégica com Washington em temas centrais como comércio, migração e combate ao narcotráfico. Em sete anos de governo de esquerda, o México tem buscado evitar o confronto retórico com a Casa Branca, apesar dos excessos e acusações de Donald Trump.

O artigo é de Rafael Rojas, publicado por Nueva Sociedad, novembro de 2025.

Rafael Rojas é historiador e ensaísta cubano residente na Cidade do México. Seu livro mais recente é A árvore das revoluções: ideias e poder na América Latina (Taurus, 2021). É professor e pesquisador no Centro de Estudos Históricos do El Colegio de México.

Eis o artigo.

Recentemente, o titular da Secretaria de Economia do México, Marcelo Ebrard, apresentou-se diante das duas câmaras do Congresso Federal. Lá, reiterou a estratégia contida no Plano México, eixo da política interna e externa do governo de Claudia Sheinbaum e do chamado “segundo andar” da Quarta Transformação (4T) — como o governo do Movimento de Renovação Nacional (Morena) denomina o processo iniciado por Andrés Manuel López Obrador em 2018. Quem ler esse plano precisará admitir que o núcleo dessa estratégia não é outro senão a continuidade e o fortalecimento do processo de integração do México com a América do Norte.

Antes da apresentação de Ebrard, o chanceler Juan Ramón de la Fuente e a presidente Sheinbaum receberam o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, na Cidade do México. O governo mexicano reafirmou nesses encontros que sua aposta é minimizar o impacto de tarifas norte-americanas, ampliar a colaboração no controle migratório, na segurança de fronteiras e no combate ao narcotráfico, além de sair bem-sucedido da revisão do T-MEC (Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá), prevista para o verão boreal de 2026.

A evidência de que a integração norte-americana é a prioridade do governo Sheinbaum não impede que as percepções ideológicas sobre a 4T se tornem cada vez mais contraditórias. Certos gestos parecem buscar compensar simbolicamente essa relação com Washington — como o aumento do subsídio energético a Cuba, o rechaço ao Prêmio Nobel da Paz concedido à opositora venezuelana María Corina Machado, ou o anúncio de que Sheinbaum não participaria da Cúpula das Américas na República Dominicana, em protesto pela exclusão de Venezuela, Nicarágua e Cuba.

Para o campo governista — expresso na crescente rede midiática pró-governo —, esses gestos são apresentados como prova de que a doutrina do “humanismo mexicano” orienta a política externa de Sheinbaum. Já para a oposição, constituem evidência de que o Morena buscaria não a integração com Canadá e Estados Unidos, mas sim uma homologação do sistema político mexicano com o cubano ou o venezuelano (que, diga-se, são distintos entre si). Curiosamente, a indulgência e o paternalismo com que os governos de López Obrador e Sheinbaum tratam os regimes autoritários caribenhos são percebidos, por uns e outros, como um projeto coerente, e não como uma compensação ideológica.

Contudo, as políticas do Morena mais criticadas em termos democráticos — como a eleição direta, por voto popular, do Poder Judiciário ou a proposta de reforma eleitoral supostamente contrária à representação proporcional — não parecem inspiradas em Cuba ou na Venezuela, nem convergem com esses regimes. A primeira remete, na verdade, à experiência boliviana, considerada desastrosa por diversos setores da própria esquerda socialista e indígena do país andino; a segunda dificilmente se vincula a realidades políticas onde o pluripartidarismo foi eliminado ou severamente restringido.

O que o Plano México propõe é uma maior integração com os Estados Unidos e o Canadá, desregulamentação econômica, aproveitamento da relocalização industrial, aceleração do investimento e a transformação do México em uma das dez maiores economias capitalistas do planeta, além de um dos cinco principais destinos turísticos do mundo. Não é necessário dizer explicitamente, mas o plano abandona qualquer tentativa de diversificar o comércio e os investimentos internacionais, sobretudo no sentido de uma reconexão com a China e o Sudeste Asiático.

O plano também evita qualquer aproximação com o projeto dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ou com relações privilegiadas com o Brasil e outros governos de esquerda democrática na América Latina — como reivindicam setores reformistas da 4T. A estratégia global do governo atual, conforme descrevem Rafael Velázquez, Luz Araceli González Uresti e Jorge A. Schiavon em um dossiê da Foreign Affairs Latinoamérica, mantém alinhamento à guerra comercial contra a China — em setembro, os tarifários sobre automóveis, autopeças e têxteis chineses foram elevados para 50% — e continua negligenciando os vínculos com a Europa e a América Latina.

A forte aposta no bilateralismo entre Estados Unidos e México tem sobrevivido a líderes supostamente antagônicos, como Trump e López Obrador–Sheinbaum, assim como ao intenso lobby pró-bolivariano que atua nas redes do Morena e da 4T. A presidente Sheinbaum não apenas teve de receber cordialmente Marco Rubio, como o chanceler De la Fuente precisou ouvir em silêncio o secretário de Estado norte-americano defender ataques com drones contra embarcações venezuelanas no Caribe e anunciar que “voltariam a acontecer”.

O sólido vínculo bilateral parece resistir a tudo isso e até a pressões mais específicas, como a oposição do México ao embargo comercial norte-americano contra Cuba. Sheinbaum tem reiterado, com razão, que o subsídio energético à ilha e a contratação de médicos cubanos — duas operações que concentram o maior volume do vínculo com Havana — não ameaçam a prioridade da relação com Washington. 80% do comércio exterior mexicano está concentrado nos Estados Unidos. Países latino-americanos como Brasil, Chile, Peru ou Colômbia representam menos de 0,7%. O comércio com Cuba está muito abaixo desses indicadores, tornando-se praticamente irrelevante no intercâmbio econômico mexicano. A maior pressão dos EUA sobre o México não se dirige a esses vínculos compensatórios, mas sim à cessão de soberania em temas de segurança, controle migratório e combate ao crime organizado.

A autonomia que o México perde nessas áreas tenta ser recuperada com declarações favoráveis a Cuba, Nicarágua e Venezuela nas mañaneras (as coletivas matutinas popularizadas por López Obrador) e com reiterações do princípio de autodeterminação dos povos, que não alteram o núcleo bilateralista da política externa mexicana. Em um ano de governo, Sheinbaum extraditou para os EUA mais de 26 narcotraficantes pertencentes aos cartéis de Sinaloa, Jalisco Nueva Generación e do Nordeste. O mesmo ocorreu com o traficante chinês de fentanil Zhi Dong Zhang, conhecido como Brother Wang, detido em Cuba após fugir do México e finalmente entregue aos Estados Unidos. O governo mexicano também tem contido o fluxo migratório em suas fronteiras e as caravanas de migrantes da América Central e do Caribe.

Durante este primeiro ano, o governo Sheinbaum conseguiu, em contrapartida, quatro adiamentos de tarifas impostas pelos EUA, cada um deles celebrado como um sucesso diplomático. Para o governo atual do Morena, percebido por muitos de seus aliados na Europa e América Latina como um exemplo de projeto “nacional-popular”, é motivo de orgulho ter conseguido uma nova trégua tarifária, enquanto Trump paralisa as negociações com o Canadá.

No entanto, o bilateralismo, que é a prioridade da política externa mexicana, precisa enfrentar obstáculos em múltiplos níveis. Às vezes, eles provêm do núcleo neoprotecionista do governo Trump, como o boicote recente às companhias aéreas que operam no Aeroporto Felipe Ángeles, obra emblemática de López Obrador. Outras vezes, surgem da própria realidade doméstica.

A pressão dos EUA sobre o México para adotar uma estratégia mais enérgica de combate ao narcotráfico faz com que qualquer falha na segurança possa gerar conflitos diplomáticos com Washington. O assassinato do prefeito de Uruapan, Carlos Manzo, ilustra bem essa dinâmica. O crime foi explorado pela Casa Branca e pela oposição mexicana para denunciar supostas cumplicidades do governo Sheinbaum com o narcotráfico.

Sempre que pode, o presidente Trump repete o clichê de que “o México está controlado pelo narcotráfico”. Desde o governo de López Obrador — que se apresentava como amigo de Trump — as autoridades mexicanas optaram por não dar muito crédito às declarações do presidente norte-americano. Trata-se de uma tática de negação racional ou subestimação deliberada, que cumpre uma função defensiva: liberar o México da obrigação de responder a cada provocação de Trump e evitar um clima de confronto verbal semelhante ao que marca a relação de Washington com Cuba ou Venezuela.

Em sete anos de governo de esquerda, o México tem evitado com rigor esse estilo confrontativo em sua relação com a Casa Branca. Neste momento, esse espírito negociador enfrenta seu maior desafio: as operações militares contra embarcações no Caribe e no Pacífico, que já somam 16 ataques e cerca de 70 mortos. Sheinbaum manifestou sua oposição aos ataques, embora com menos contundência que o colombiano Gustavo Petro, e no final de outubro solicitou uma reunião com o embaixador Ronald Johnson.

Contudo, após essas declarações, o chanceler De la Fuente e o secretário da Marinha, Raymundo Morales, reuniram-se com o embaixador Johnson e acordaram aprofundar a “cooperação marítima” e fortalecer a “coordenação bilateral” nesse âmbito. Assim, depois dos últimos ataques no Pacífico mexicano, a resposta final foi um maior compromisso do México com a linha punitiva dos Estados Unidos, que o governo do Morena supostamente desaprova.

A frase com que Sheinbaum descreve sua relação com os Estados Unidos — “cooperamos e nos coordenamos, mas não nos subordinamos” —, no âmbito estritamente bilateral, reserva a “não subordinação” apenas para certas posturas midiáticas nas conferências matinais. O essencial dessa não subordinação, contudo, se desloca para outras áreas da política externa, especialmente na relação com a América Latina e o Caribe. A concessão de asilo à ex-primeira-ministra do Peru, Betssy Chávez, assim como o asilo concedido anteriormente ao ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, preso dentro da embaixada mexicana, ou ao ex-presidente boliviano Evo Morales, é mais uma forma de o governo mexicano equilibrar ideologicamente sua colaboração militar com os Estados Unidos.

A lógica regional dessa política casuística para a América Latina e o Caribe — distância prudente em relação ao polo progressista ou à esquerda democrática (Chile, Brasil, Colômbia, Uruguai), apoio a Venezuela, Nicarágua e Cuba, e oposição a certos governos de direita, sobretudo da região andina — não pode ser compreendida sem o entendimento com os Estados Unidos de Trump. O México se distancia de Washington em sua diplomacia regional, ao mesmo tempo em que atua em sintonia com o poderoso vizinho nos temas vitais da agenda bilateral.

Leia mais

  • Sheinbaum contra Trump: chaves para a estratégia do México contra os EUA. Artigo de Rafael Rojas
  • Sheinbaum, sobre a entrega de 26 traficantes de drogas aos Estados Unidos: "É para a segurança do nosso país"
  • Claudia Sheinbaum: a presidenta serena. Artigo de Cecilia González
  • Sheinbaum tem um plano para receber mexicanos deportados
  • México responde a Trump. Assembleia popular histórica na Praça do Zócalo, convocada pela presidenta Claudia Sheinbaum. X-Tuitadas
  • México concentra-se na fronteira para se preparar para deportações em massa de Trump
  • A nova obsessão de Trump: usar o exército dos EUA contra os cartéis de drogas em território estrangeiro
  • Sheinbaum comentou sobre o assédio sexual que sofreu: “É algo que não deve acontecer”
  • Trump suspende ajuda à Colômbia e acusa Petro de ser um "líder do narcotráfico"
  • Petro faz duro discurso contra EUA na ONU, e comitiva de Trump abandona Assembleia
  • Lula monitora ação militar dos EUA contra Maduro e teme impacto no Brasil
  • Ataques dos EUA no Caribe são ilegais, alertam analistas
  • Trump envia quatro mil fuzileiros navais ao Caribe para combater cartéis de drogas
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  • Trump aumenta o destacamento militar perto da Venezuela após autorizar operações terrestres no país
  • Trump autoriza operações da CIA na Venezuela e anuncia ataques dentro do país: "Agora vamos detê-los em terra"
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  • Trump anuncia um segundo ataque a um suposto barco de drogas da Venezuela, matando três pessoas
  • Tensão no Caribe: ação militar cirúrgica dos EUA na Venezuela, intervenção direta ou só intimidação?
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