Sarah Mullally, a primeira mulher a chefiar a Igreja Anglicana da Inglaterra

Sarah Mullally | Foto: Toby Melville/Vatican Media

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

06 Outubro 2025

Bispa de Londres desde 2018, ex-enfermeira, torna-se Arcebispa de Canterbury, a pessoa que preside as celebrações nos grandes eventos reais, como coroações, casamentos e funerais.

A reportagem é publicada por Le Monde, 03-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

O governo britânico anunciou que a Bispa de Londres, Sarah Mullally, foi nomeada Arcebispa de Canterbury na sexta-feira, 3 de outubro, tornando-se a mais alta figura religiosa da Igreja da Inglaterra e a líder espiritual dos anglicanos. Esta é a primeira vez que uma mulher é nomeada. Sarah Mullally, 63, ex-enfermeira e mãe de dois filhos, substitui Justin Welby, que teve que anunciar sua renúncia em novembro de 2024 devido ao seu envolvimento na gestão de um escândalo de agressão física e sexual.

"Estou profundamente honrada por ter sido chamada para servir como 106ª Arcebispa de Canterbury”, declarou ela em um vídeo postado no X. “Meu empenho será garantir que continuemos a escutar os sobreviventes, cuidar das pessoas vulneráveis e promover uma cultura da segurança e bem-estar para todos, declarou o novo Arcebispa de Canterbury em um discurso proferido na catedral da cidade inglesa imediatamente após sua nomeação, expressando sua tristeza pelo fato da Igreja, ter “muitas vezes fracassado em levar a sério os abusos de poder em todas as suas formas”.

Sua nomeação, por um colégio de eleitores, membros e não membros do clero anglicano, foi aprovada pelo Rei Charles III, Governador Supremo da Igreja da Inglaterra. Desde a renúncia de Justin Welby em janeiro, o Arcebispo de York, Stephen Cottrell, atuava como substituto. A posição de Justin Welby havia se tornado insustentável após a publicação de um relatório condenatório sobre sua condução de um escândalo de violências físicas e sexuais cometido contra 130 meninos e jovens por um advogado ligado à instituição.

O Arcebispo de Canterbury preside celebrações nos grandes eventos reais, como coroações, casamentos e funerais.

A Igreja da Inglaterra, atualmente em declínio, tem aproximadamente vinte milhões de fiéis batizados, mas estima o número de fiéis regulares em pouco menos de um milhão, segundo estatísticas de 2022.

A Igreja Anglicana nasceu na Inglaterra no século XVI, a partir de uma cisão da Igreja Católica devido a um desacordo entre o Rei da Inglaterra e o Papa. Ela se situa entre o catolicismo e o protestantismo. Diferentemente da Igreja Católica Romana, ordena mulheres como padres e bispos e permite que os padres se casem.

Leia mais