Jovens teólogos/as alemães reivindicam melhores condições de trabalho nas universidades

Jovens acadêmicos de teologia católica e protestante reivindicam melhores condições de trabalho nas universidades. À luz do atual debate estrutural em teologia, eles apelam aos dirigentes universitários para que defendam condições de emprego justas e seguras. A Conferência Federal de Pessoal Acadêmico de Nível Médio em Teologia Católica (BAM) e a Associação de Pessoal Acadêmico de Nível Médio em Faculdades e Institutos Teológicos Protestantes (IVWM) expressaram essa reivindicação em uma carta na segunda-feira, que foi disponibilizada à Agência Católica de Notícias (KNA).

A informação é publicada por Katholisch, 12-08-2025.

Os jovens pesquisadores criticam que, atualmente, muitas vezes não são os melhores acadêmicos que permanecem na academia, mas sim aqueles que conseguem suportar contratos precários por longos períodos. Isso, argumentam, não é um critério de qualidade. Portanto, trajetórias de carreira estáveis e cargos permanentes são necessários. "É lamentável que soluções para isso raramente sejam buscadas no nível docente e universitário, e o debate seja frequentemente marginalizado sob a alegação de recursos financeiros limitados", criticam os jovens teólogos.

Conselho científico apela por reformas rápidas  

O pano de fundo para isso é um documento adotado pelo Conselho Alemão de Ciências e Humanidades em julho, que recomenda mudanças fundamentais nas estruturas de pessoal nas universidades. O objetivo é criar perfis de cargos atraentes, transparentes e claramente definidos que facilitem o planejamento de carreira individual, fortaleçam o desempenho das instituições de pesquisa e garantam a competitividade internacional, de acordo com o documento de posicionamento "Estruturas de Pessoal no Sistema Científico Alemão".

O Conselho Alemão de Ciências e Humanidades aponta para altas taxas de contratos por prazo determinado, trajetórias de carreira pouco claras e falta de previsibilidade. Esses problemas, agravados pela escassez de mão de obra qualificada e pela concorrência do setor privado, tornam a Alemanha um local pouco atraente para a ciência. O Conselho, portanto, recomenda que as universidades desenvolvam seus próprios conceitos de estrutura de pessoal o mais rápido possível, expandam os cargos permanentes, reduzam as hierarquias e introduzam procedimentos transparentes de seleção de pessoal. Os governos federal e estaduais devem criar estruturas legais e financeiras, facilitar a mobilidade e promover reformas. Diante das ondas de aposentadoria e das mudanças demográficas, é necessária uma ação rápida.

O Conselho Alemão de Ciências e Humanidades é o órgão consultivo de política científica mais antigo da Europa. Foi criado em 1957 na República Federal da Alemanha pelos governos federal e estaduais. Sua missão é assessorar os governos federal e estaduais em questões relacionadas ao desenvolvimento substantivo e estrutural da ciência, da pesquisa e do ensino superior.

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