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Inteligência Artificial da Meta atrapalha aprendizado no interior da Colômbia

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14 Agosto 2025

Lugares mais remotos do país ganham acesso a IA, mas tecnologia não garante que alunos estejam aprendendo.

A reportagem é de Laura Rodríguez Salamanca, publicada por Rest of World e reproduzida por Agência Pública, 12-08-2025.

A professora de química María Intencipa sente falta dos velhos tempos — no caso, o ano passado — quando sua pequena escola na zona rural da Colômbia estava protegida da revolução da inteligência artificial por causa de seu isolamento geográfico.

A Escola de Ensino Médio Rural José Gregorio Salas, onde ela trabalha, não tem computadores suficientes nem internet confiável. Poucos alunos podem pagar por smartphones de ponta ou por pacotes de dados capazes de rodar ferramentas de inteligência artificial (IA) de última geração.

Intencipa tinha ouvido falar do ChatGPT, mas percebia que poucos de seus alunos o utilizavam. Em 2023, alguns começaram a cochichar sobre a ajuda da “Lucia”. Ela pensou que fosse o nome de uma tutora, mas, na verdade, eles se referiam ao aplicativo Luzia, que transforma o WhatsApp em um bot de IA.

No ano passado, a IA se espalhou para quase todas as aulas. Professores em toda a escola notaram um aumento repentino de respostas de qualidade incomum, que não se pareciam com o trabalho típico de seus alunos. De repente, trabalhos e redações passaram a apresentar argumentos eruditos, vocabulário sofisticado e pontos que não haviam sido ensinados em sala de aula ou nos livros didáticos.

“Quando passo dever de casa, os alunos usam IA, porque é mais fácil”, disse Intencipa ao Rest of World.

Apesar do “surto de genialidade”, mais crianças estavam sendo mais reprovadas nos testes, segundo os professores.

A partir de julho de 2024, a IA passou a estar, de repente, em todos os lugares da América Latina, depois que a Meta Platforms começou a incorporar chatbots em seus aplicativos em toda a região, independente da vontade dos usuários. Facebook, WhatsApp e Instagram passaram a hospedar vários bots de IA.

Os alunos da Escola de Ensino Médio Rural José Gregorio Salas passaram a usá-los para fazer a lição de casa. Essa pequena comunidade de agricultores e criadores de gado já não estava mais protegida da revolução da IA, que estava transformando a educação em todo o mundo. Os novos bots estavam embutidos nos aplicativos que todos já usavam. A Meta havia ajustado seus aplicativos para o consumidor de mercados emergentes, tornando-os mais baratos de usar e projetando-os para funcionar com celulares menos sofisticados e conexões instáveis.

O ChatGPT, chatbot pioneiro de IA generativa da OpenAI, é dominante nos Estados Unidos, mas, para muitos estudantes na Colômbia, as atualizações de IA da Meta se tornaram os bots preferidos. A Meta tem um acordo controverso com operadoras de telecomunicações que restringe alguns usuários, em planos de dados mais baratos, a usar apenas aplicativos e sites específicos, incluindo os da própria Meta.

Intencipa e outros professores na Colômbia temem que seus alunos percam anos de educação básica, já que os métodos de ensino tradicionais deixaram de ser eficazes.

“Aqui, o Facebook é rei”, diz Luisa Cárdenas, professora de ciências sociais em Quimbaya, na região cafeeira da Colômbia. Seus alunos “simplesmente copiam o que aparece no chat, mas não são capazes de analisar o que estão reproduzindo.”

Alguns chegam a se formar sem dominar a leitura e a escrita, acrescentou a professora.

Mesmo antes da chegada da ferramenta, a Colômbia já enfrentava enormes desafios educacionais.

Apenas 54 de cada 100 alunos concluem o ensino médio e, desses, apenas 11 atingem níveis aceitáveis em leitura crítica, matemática e ciências naturais, segundo o Observatório de Realidades Educativas da Universidade Icesi.

Os estudantes colombianos ficaram na pior colocação em pensamento criativo entre os países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Os alunos dizem que o atalho é tentador demais e fácil de seguir. Ele os ajuda a evitar a monotonia das aulas e a ganhar mais tempo para interagir com pessoas de verdade (muitas vezes nos mesmos aplicativos onde encontram os bots).

“Eu peço tudo para ele. Quando me dão um trabalho, eu só pesquiso e copio. Não leio nem nada. Às vezes eu me pergunto se o que o bot está dizendo é verdade, mas a verdade é que ele me ajuda a economizar tempo”, diz Sergio, um estudante de 16 anos.

Cada vez mais pesquisas sugerem que o mau uso ou o uso excessivo da IA pode prejudicar crianças.

Em abril, um relatório da Common Sense Media, organização sem fins lucrativos que pesquisa e promove ambientes digitais mais saudáveis para jovens, afirmou que as ferramentas de IA representam “riscos inaceitáveis” para usuários menores de 18 anos, já que algumas são projetadas para estimular a dependência emocional. Elas também podem fornecer informações perigosas e, às vezes, conselhos ruins, segundo o relatório.

Um estudo de junho de 2025, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), sugeriu que, embora esses recursos sejam úteis na redação de textos, a dependência deles pode reduzir a atividade cognitiva.

A IA pode ser uma ferramenta valiosa para algumas tarefas repetitivas que professores sobrecarregados precisam realizar.

Um relatório do Fórum Econômico Mundial do ano passado afirmou que a IA generativa pode ajudar a personalizar experiências de aprendizado e reduzir o tempo que os professores gastam em tarefas rotineiras, permitindo que se dediquem mais aos alunos.

Professores colombianos estão utilizando ferramentas como Twinkl e Eduaide.AI para acessar materiais pré-elaborados e ajudar em tarefas como correção de trabalhos e preenchimento de formulários. Alguns também usam o ChatGPT ou o Gemini, do Google, para diversas funções. Isso ajuda a aliviar a carga de docentes que chegam a lidar com mais de 100 alunos por semana em várias turmas. O Google veicula anúncios no Facebook e no Instagram promovendo seu chatbot Gemini como uma ferramenta que economiza tempo para professores e estudantes.

O governo colombiano afirma que promove o uso seguro e gradual da IA.

Um porta-voz do Ministério da Educação da Colômbia disse ao Rest of World que, no ensino fundamental, a IA deve ser usada de forma “limitada” e “sempre acompanhada por adultos”, enquanto no ensino médio, chatbots podem ser úteis “desde que se promova a reflexão crítica.”

O Brasil proibiu o uso de celulares em sala de aula. Um estudo da prefeitura do Rio de Janeiro, realizado após seis meses sem celulares nas escolas, apontou melhorias na participação, no desempenho e na concentração dos alunos.

Intencipa afirma que não precisa de um estudo formal para saber que a IA está prejudicando seus estudantes.

“Se eu dou um trabalho de pesquisa, eles procuram lá”, disse ela, referindo-se aos bots de IA nos aplicativos da Meta. “Se peço uma opinião, fazem a mesma coisa.”

Isso está forçando os professores a repensar os métodos de avaliação. Abordagens tradicionais de avaliação baseadas em trabalhos escritos agora precisam ser reconsideradas para medir com precisão se os alunos realmente compreendem os conceitos, desenvolvem habilidades e exercitam o pensamento criativo, diz Luisa González-Reiche, especialista em pedagogia e filosofia.

Educadores agora gastam boa parte do tempo detectando trabalhos gerados por IA e buscando maneiras de avaliar se os alunos estão desenvolvendo habilidades essenciais.

Alguns recorrem a ferramentas de detecção de textos produzidos por IA. Outros aplicam mais provas orais e manuscritas. Há ainda quem peça aos alunos que discutam, defendam e descrevam verbalmente como pesquisaram seus trabalhos.

Em Guatavita, uma pequena cidade perto de Bogotá, o professor de filosofia e religião Byron Giral utiliza encenações para estimular o engajamento.

Ele escolhe um tema complexo e hiperlocal, sobre o qual a IA provavelmente não terá familiaridade. Em seguida, faz os alunos debaterem, cada um assumindo o papel de prefeito, executivo de empresa, padre e outros personagens envolvidos no caso.

Os estudantes trabalham juntos, riem, ficam envergonhados e às vezes falam alto, mas poucos olham para o celular, segundo Giral.

“Como é um exercício oral, eles precisam usar o pensamento crítico”, disse Giral ao Rest of World. “Se eu apenas pedisse trabalhos escritos, seria muito difícil saber se eles estão aprendendo.”

Professora de química, Intencipa tomou a decisão radical de abandonar um pilar das aulas do ensino médio há gerações: o dever de casa.

Ela faz com que os alunos estudem e realizem todo o trabalho na sua frente, para garantir que respondam com a própria cabeça.

“Agora mantenho todo o meu trabalho na sala de aula”, disse.

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