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Corpus Christi: um banquete para todos os corpos? Artigo de João Melo

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18 Junho 2025

"Como cristãos, entregamos a nossa corporeidade inacabada para ser comida por um corpo apostólico porque nosso corpo é tudo o que somos e possuímos. Eu sou meu corpo inacabado que precisa ser nutrido, e que quer ser alimento. Por essa razão, comer e ser comido é uma delícia de divino!", escreve João Melo e Silva Junior, licenciado em Filosofia e Matemática, bacharel em Teologia e mestrando em Educação na UERJ. O texto foi publicado no Blog Ignatiana, 16-06-2025.

Eis o artigo.

Corpus Christi é devoção eucarística medieval para fazer apologia à presença real de Jesus nas espécies eucarísticas. Essa solenidade corre o grande perigo de reforçar a idolatria e o fetichismo às hóstias consagradas que andam passeando por aí de helicóptero, como amuletos mágicos, em ostensórios dourados que combinam com as esvoaçantes vestes sacerdotais de quem se agarra a elas.

Infelizmente a maioria dos católicos compreende “corpo de Cristo” unicamente como sinônimo de hóstia consagrada. Mas o corpo de Cristo é maior que as hóstias. Somos todos corpos e, sendo batizados, somos todos corpo de Cristo (I Cor 12,20-27). Entretanto, mesmo assim, há corpos que não podem alimentar-se dos corpos-hóstias. Eu não conheço os assalariados que trabalham o pão nas fábricas de hóstias, não sei se eles têm acesso ao fruto do trabalho de suas mãos na Missa. Mas sei que há uma espécie de controle institucional de quais corpos devem ou não se aproximar dos corpos-hóstias.

Digo mais, é o corpo-hóstia de Cristo que é controlado pela “alfândega eclesial” (Evangelli Gaudium n.47). É o próprio corpo de Cristo, hóstia ou gente, que está no ditame institucional. O poder vigilante tem sido maior que o corpo que celebramos em Corpus Christi. Por isso, se não for possível celebrar com todos os corpos e de corpo inteiro a Ceia institucional, alarguemos a tenda (Hb 9,11), e festejemos a festa da carne no carnaval dos corpos, desçamos às ruas e aos becos para chamar pro banquete os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos (Lc 14,21) e todos os interditados de Deus.

Afinal de contas, que corpos a Igreja permite que a hóstia atravesse o sistema digestivo?

Não compreendeis que nada que de fora entra na pessoa a torna impura, porque não entra em seu coração, mas no seu estômago e vai para a fossa? Mc 7,18-19

A biologia do corpo é obra querida por Deus. Ora, aqueles que podem comer deste corpo-pão o deixam entrar, engolem-no, permitem que penetre o esôfago, passe pelo trato digestivo nos trâmites intestinais e tome seu destino final. O Jesus excretado é o Jesus desprezado. Excremento, em seu sentido figurado no dicionário, significa “indivíduo ou coisa desprezível”. Jesus é o corpo desprezível de Isaías 53: “Era desprezado e abandonado pelos homens, homem sujeito à dor, familiarizado com o sofrimento, como pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos caso nenhum dele”. Jesus não compõe o altar e os doze marcos de pedras (Ex 24,4) do sistema sacrificialista, ele é a pedra que os construtores rejeitaram (Mt 21,42). O Jesus desprezado é o vulnerável, é o pobre das veias abertas da América Latina. Ele é sangue que corre dos cadáveres produtos da violência, dos genocídios, feminicídios e LGBTcídios.

Com a reforma litúrgica do Vaticano II o nome da solenidade de Corpus Christi ficou mais completo: acrescentou-se ‘sangue’, ao lado de ‘corpo’: Santíssimo corpo e sangue de Cristo. As leituras dessa solenidade, todas elas, fazem mais menção ao sangue do que ao corpo. Para a cultura judaica, no sangue está a vida. ‘Corpo e sangue’ de Cristo é expressão para falar da inteireza de Jesus, de sua vida, da sua totalidade existencial que na eucaristia é partilhada, é comida, é bebida por todos. A Eucaristia é mais verdadeira quando é um festim em que nos abocanhamos de Cristo que nos dá mais sede e fome de justiça. Da eucaristia boa, saímos com o coração esfomeado. Comer Cristo é alimentar-se de sua memória, nutrir-se de seu entendimento, devorar a sua vontade e deglutir os seus sentimentos. É fazer-se corpo com Ele e com os demais num gesto comprometedor e perigoso porque a eucaristia é subversiva.

Como cristãos, entregamos a nossa corporeidade inacabada para ser comida por um corpo apostólico porque nosso corpo é tudo o que somos e possuímos. Eu sou meu corpo inacabado que precisa ser nutrido, e que quer ser alimento. Por essa razão, comer e ser comido é uma delícia de divino!

Oremos:

– Depõe tuas armas e sê bem-vindo! Cá, à sombra acolhedora da Videira, dividimos os frutos desse convívio de fraternidade! É desejo de partilha e de festejo do Reinado Divino! Dá mais um passo, chega mais perto, coma e beba dessa ceia sem nenhuma paga! Inebrie-se com os frutos dessa Árvore que dá Vinho Novo e que nos abraça a todos, todos, todos com seus ramos frutificados! Entra na roda com a gente e cante um hino eucarístico que alegra e resfolega o coração de utopia! Que saudades de um mundo melhor!

Que a hóstia branca não nos faça esquecer o corpo de Cristo.

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