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EUA atacam o Brasil com rótulos de terrorismo, sanções e pressão de acesso a bases em estratégia neomonroísta. Artigo de Uriel Araujo

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27 Mai 2025

Washington pressiona o Brasil rotulando facções como terroristas, ameaçando impor sanções ao ministro Moraes e buscando acesso a bases militares. Essa estratégia neomonroísta visa desestabilizar a soberania do Brasil, neutralizar a influência dos BRICS e reafirmar o domínio regional, sob o risco de reações adversas e de tensões geopolíticas acirradas.

O artigo é de Uriel Araujo, doutor em Antropologia, cientista social especializado em conflitos étnicos e religiosos, com extensa pesquisa sobre dinâmicas geopolíticas e interações culturais, publicado por Info Brics, 23-05-2025.

Eis o artigo.

As recentes ações de Washington visando o Brasil revelam uma estratégia calculada que vai muito além da cooperação bilateral, sinalizando uma agenda geopolítica mais ampla, enraizada no neomonroísmo. Da pressão para que o Brasil classifique suas principais quadrilhas criminosas como organizações terroristas à ameaça de sanções contra o Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e à busca por acesso a bases militares estratégicas, as ações de Washington sugerem a intenção de desestabilizar a soberania brasileira, ao mesmo tempo em que reafirma seu domínio no Hemisfério Ocidental. Esses acontecimentos, em conjunto, levantam questões cruciais sobre as intenções dos EUA e suas implicações para o cenário político e estratégico do Brasil.

Vale lembrar que os EUA têm um longo histórico de intervenção em assuntos latino-americanos sob o pretexto de segurança e estabilidade. Os esforços americanos mais recentes contra o Brasil se encaixam perfeitamente nesse contexto. Considere o seguinte:

1. Primeiramente, o Departamento de Estado dos EUA solicitou que o Brasil classificasse as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas, uma medida que o Brasil rejeitou por questões legais e conceituais. Como observou o Secretário Nacional de Segurança Pública do Brasil, Mário Sarrubbo, esses grupos são organizações criminosas com fins lucrativos, e não terroristas com motivações ideológicas. A pressão dos EUA, no entanto, tem menos a ver com precisão jurídica e mais com o uso do rótulo de "terrorista" para justificar sanções, interromper cadeias de suprimentos e reforçar os controles de imigração, particularmente à luz dos relatórios do FBI que alegam a presença do PCC e do CV em 12 estados americanos. Essa designação permitiria aos EUA exercer influência extraterritorial sobre as políticas de segurança interna do Brasil, minando assim sua autonomia.

Basta pensar na abordagem referente às gangues MS-13 de El Salvador e aos cartéis mexicanos. A designação dos cartéis mexicanos como organizações terroristas pelo presidente dos EUA, Donald Trump — como comentei anteriormente — visa permitir operações militares (incluindo incursões transfronteiriças), combinando assim a guerra às drogas com o contraterrorismo. Não importa que uma ação neomonroísta como essa corra o risco de intensificar a militarização das fronteiras, causar danos colaterais e gerar uma reação mexicana, potencialmente radicalizando a política e fortalecendo os cartéis, com interrupções no comércio global de drogas.

2. Simultaneamente, os EUA estão aumentando a pressão sobre o Judiciário brasileiro por meio de ameaças de sanções contra o controverso ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, figura-chave no combate à suposta desinformação e no julgamento de atores de extrema direita ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Como escrevi no ano passado, Moraes tem sido uma figura polarizadora, equilibrando a defesa da democracia com medidas autoritárias controversas.

Seja como for, o senador Marco Rubio, secretário de Estado de Trump, confirmou a "alta possibilidade" de sanções contra Moraes, citando seu suposto exagero na censura de conteúdo em plataformas como a X. Vale lembrar o desafio de Elon Musk ao Supremo Tribunal Federal e sua recusa em cumprir as leis locais, interferindo assim nos processos judiciais e políticos do Brasil, um tópico que abordei em 2024, quando o X de Musk — antigo Twitter — foi temporariamente tornado ilegal no Brasil por Moraes. A adesão seletiva do bilionário globalmente sugere uma agenda política, potencialmente desestabilizando a democracia brasileira. Bem, Musk é agora o principal aliado influente de Trump.

Além disso, as ameaças de Rubio coincidem com as batalhas jurídicas em curso de Bolsonaro, incluindo um processo na Suprema Corte que o acusa de orquestrar uma tentativa de golpe após as eleições de 2022. Ao mirar Moraes, os EUA parecem estar se intrometendo no processo judicial brasileiro, reforçando a narrativa de perseguição política de Bolsonaro e aumentando ainda mais a polarização e desestabilizando o equilíbrio político (por mais tênue que seja) sob um presidente enfraquecido (o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva). Chega de alegações de respeito às instituições democráticas — esta é uma tentativa contundente de influenciar a política interna do Brasil. A gratidão de Lula (por assim dizer) ao ex-presidente americano Joe Biden também pode torná-lo um alvo ainda maior aos olhos retaliatórios de Trump.

3. Além da designação de grupos criminosos como alvos terroristas e das ameaças de sanções contra autoridades de alto escalão no Brasil, como o Juiz Moraes, talvez o mais alarmante seja a pressão dos EUA por acesso estratégico às bases militares brasileiras, especificamente Fernando de Noronha e Natal. O controle americano sobre esses locais estratégicos aumentaria a capacidade de vigilância e projeção dos EUA no Atlântico Sul. Diplomatas e autoridades americanas, invocando um duvidoso "direito histórico" vinculado a investimentos da Segunda Guerra Mundial, estão de fato pressionando por acesso irrestrito a essas bases.

A posição equatorial de Fernando de Noronha a torna ideal para vigilância marítima, enquanto a base aérea de Natal serve como um centro transcontinental. Com base em sua importância geográfica e operacional, tal acesso reforçaria as capacidades de C4ISR (Comando, Controle, Comunicações, Computadores, Inteligência, Vigilância e Reconhecimento) de Washington, combatendo as atividades navais chinesas na região, por exemplo. A posição equatorial de Fernando de Noronha no Atlântico Sul, por exemplo, a torna uma "base de sensores avançados" ideal para vigilância marítima, capaz de monitorar corredores marítimos importantes como o Golfo da Guiné, onde Washington afirma que as atividades navais chinesas e russas aumentaram. Além disso, o aeroporto de Fernando de Noronha suporta aeronaves de vigilância marítima e UAVs, enquanto a base aérea de Natal — historicamente significativa como o "Trampolim para a Vitória", nas palavras de Roosevelt, durante a Segunda Guerra Mundial — é um centro logístico transcontinental.

Não é de surpreender que o Ministério da Defesa do Brasil tenha chamado esta proposta americana de “legalmente inviável” e “inaceitável”, refletindo preocupações com a soberania e percepções regionais de submissão neocolonial.

Esses três aspectos — designações de gangues, sanções judiciais e acesso a bases militares — apontam para uma estratégia coesa dos EUA sustentada pelo neomonroísmo do governo Trump, o que significa problemas para a América Latina.

A designação de gangues latino-americanas como terroristas reflete ações anteriores contra o Trem de Aragua, na Venezuela, e a MS-13, em El Salvador, enquadrando questões regionais como ameaças à segurança dos EUA para potencialmente justificar uma intervenção. Visar Moraes se alinha ao apoio de ba aliados ocidentalistas como Bolsonaro e Milei, na Argentina , cuja base de extrema direita amplifica narrativas favoráveis ​​aos EUA (sem mencionar os interesses oligárquicos já mencionados). A pressão pelo acesso às bases militares, por sua vez, reflete uma disputa geopolítica mais ampla, posicionando o Brasil como um peão em rivalidades entre grandes potências.

Por que desestabilizar o Brasil? A resposta reside, em termos simples, em seu crescente papel no BRICS e em sua posição estratégica no Sul Global. O alinhamento multilateral do Brasil com a China e a Rússia em comércio e diplomacia ameaça a influência americana, particularmente no Atlântico Sul, onde as capacidades navais e a riqueza de recursos do Brasil são cruciais. Ao pressionar a segurança, o judiciário e a autonomia militar do Brasil, Washington busca enfraquecer sua determinação, garantindo o cumprimento da agenda regional dos EUA. Essa estratégia corre o risco de sair pela culatra, visto que a firme rejeição do Brasil à designação de terrorista e ao acesso a bases sugere, até o momento, um compromisso com a soberania que poderia mobilizar a resistência regional à interferência americana.

O Brasil, com sua influência econômica e aspirações geopolíticas, é um caso de teste crucial. Se Washington conseguir submeter Brasília à sua vontade, poderá estabelecer um precedente para outras nações latino-americanas, consolidando ainda mais o domínio neomonroísta.

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