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15 Abril 2025

Interrupção unilateral, pelos EUA, de cooperação com laboratórios de todo o mundo põe em risco controle de doenças infantis graves, como diabetes e cegueira avitaminosa. USP é uma das universidades afetadas. Pesquisadora sustenta: alternativa está no Sul Global

A reportagem é de Gabriela Leite, publicada por Outras Palavras, 14-04-2025.

A pesquisadora Patrícia Rondó, coordenadora do Laboratório de Micronutrientes da Faculdade de Saúde Pública da USP, não se surpreendeu ao receber, na semana passada, um email do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americano. A mensagem anunciava que o Laboratory Quality Assurance Program (Programa de Garantia da Qualidade Laboratorial), ao qual o laboratório onde trabalha é associado, havia entrado em uma “pausa por tempo indefinido” devido à falta de financiamento.

Na verdade, ela já havia expressado a alguns de seus colegas, dias antes, seu temor pelo fim do programa, após os cortes na Saúde anunciados pelo governo de Donald Trump. Há 25 anos, o Laboratório de Micronutrientes da USP tinha uma parceria com esse programa do CDC, que faz controle de qualidade externa dos padrões de vitaminas A, D e E, folato e marcadores inflamatórios como proteína C reativa. Estão vinculados a ele outros 34 laboratórios de saúde pública de diversos países do Sul Global.

“Nós temos um padrão interno para definir que a concentração de vitamina A de determinada amostra é baixa, média ou alta. No caso desse programa do CDC, nós recebemos padrões externos para que sejam comparados com os outros laboratórios”, explica Patrícia ao Outra Saúde. Ao final das testagens das amostras, o órgão norte-americano produz um mapa com uma comparação entre todos os laboratórios, para que todos possam comparar os resultados das determinações de micronutrientes e aprimorar a metodologia, além de possibilitar discussão entre os participantes do programa.

Essa troca acontece duas vezes por ano, em abril e setembro. Neste mês, tudo correu normalmente – dias antes do anúncio do desmonte do CDC pelo governo Trump. Agora, ela se encerra por tempo indeterminado, e dezenas de laboratórios perdem esse contato que, segundo Patrícia, será difícil de restabelecer sem a centralização nos Estados Unidos, por falta de recursos. O CDC oferecia esse serviço “gratuitamente” — em troca, é claro, de utilizar as informações enviadas pelos laboratórios para seus próprios estudos…

Um laboratório para estudos sobre nutrição infantil e doenças crônicas

Ao terminar seu doutorado na Inglaterra e ingressar à USP, em 1997, Patrícia Rondó percebeu que faltavam, na universidade, equipamentos de análise de micronutrientes. Aos poucos, com investimento público, ela começou a montar um laboratório. “Iniciou em um espaço pequeno, no subsolo da Faculdade de Saúde Pública, que era um depósito de resíduos”, ela conta. Aos poucos, ele foi sendo equipado. Em 2010, conseguiu o ingresso de uma funcionária da Procontes USP em seu grupo de pesquisa, Liania A. Luzia, técnica especialista do Laboratório de Micronutrientes, e desde então oferece suporte para diversos estudos na área da nutrição.

Entre as pesquisas desenvolvidas no laboratório, e destacadas em seu site, uma se propõe a analisar o impacto da suplementação de vitamina A no sistema imunológico de pré-escolares; outra, a concentração de vitamina A, ferro, zinco e cobre no leite materno proveniente de bancos de leite. Também há estudos avaliando as concentrações de vitamina D na obesidade. São de enorme importância para compreender a saúde infantil no país, assim como a relação entre micronutrientes e o crescimento de doenças crônicas como diabetes tipo 2, etc.

Segundo o Portal de Boas Práticas em Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente da Fiocruz, “em crianças, a deficiência de vitamina A representa uma das mais importantes causas de cegueira evitável e um dos principais contribuintes para a morbimortalidade por infecções que afetam os segmentos mais pobres da população”.

Patrícia foi coordenadora de outro projeto de pesquisa na área, que investigou o estado nutricional dos bebês, ainda durante a gestação, e encontrou correlações da obesidade infantil com fatores genéticos advindos da mãe e do ambiente. Seu ineditismo está em fazer a avaliação da composição corporal do feto e sua relação com a genitora, e não no tamanho e peso do bebê.

O Laboratório de Micronutrientes fica na mesma faculdade onde foi desenvolvido o conceito de ultraprocessados, pelo pesquisador Carlos Monteiro, e sua relação com o aumento de doenças crônicas não-transmissíveis. O conceito é cada vez mais aceito e utilizado pelo mundo, mas também incomoda a indústria de alimentos, que lucra com a produção de comida com quase nenhum valor nutricional.

Ciência e política na era de Trump e do negacionismo

“Os governos de ultradireita tentam calar os pesquisadores, os professores, os profissionais que são críticos. Porque para eles, a crítica incomoda”, reflete Patrícia Rondó. O governo Trump demitiu milhares de funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, neste mês, alegando “ineficiência”.

Foram dispensados pesquisadores, cientistas, clínicos, e pessoal da alta gerência das principais agências. O CDC, que sustentava o programa de qualidade de laboratórios, é responsável pela prevenção de doenças causadas por infecções, genética, ambiental e outras causas. Parece ter dado preferência a extinguir áreas que cuidavam de doenças não-transmissíveis, notou a AP News: “[os cortes incluem] programas que monitoram e previnem asma, tabagismo, violência armada, mudanças climáticas e outras ameaças à saúde”.

Já há notícias de como os cortes em ajuda humanitária dos Estados Unidos estão afetando sistemas de saúde pelo mundo. O caso que conta Patrícia mostra que o desmonte do próprio Estado norte-americano afeta cientistas de outros países. Mas esses acontecimentos abrem margem para que se pergunte: como evitar que decisões políticas externas afetem a pesquisa científica nacionais na área da saúde?

A pesquisadora cobra um posicionamento mais claro das universidades – inclusive as brasileiras – em relação aos retrocessos que acontecem no mundo, com o avanço da ultradireita. “Acho que muita gente tem medo, talvez, por ter vivenciado a ditadura, aqueles anos de ferro duros. E acho que é um pouco de medo também, talvez, de se posicionar e prejudicar até a questão de conseguir verba para pesquisa”, pondera. Nos EUA, por exemplo, foi lançado no final de fevereiro o movimento “Stand up for Science” que busca mobilizar cientistas de vários estados norte-americanos e a população simpatizante na organização de manifestações nas ruas. O movimento está se espalhando por outros países em apoio aos cientistas norte-americanos.

Mas Patrícia acredita, sobretudo, que a solução para os pesquisadores brasileiros, que já vivenciaram esse problema em tempos passados, pode estar na cooperação entre universidades da América Latina e dos países do Sul Global, que trabalham de maneira muito isolada. Também cita os países do BRICS como possíveis aliados para fortalecimento mútuo da ciência e pesquisa.

Leia mais

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