Dario Leosco, professor do Federico II em Nápoles, fala: “Libertar o prognóstico é uma coisa séria, significa que a observação clínica para os médicos é promissora”.
A entrevista é de Michele Bocci, publicada por La Repubblica, 11-03-2025.
Dario Leosco é presidente da Sociedade Italiana de Gerontologia e Geriatria e professor titular do Federico II em Nápoles.
Eis a entrevista.
Por que o prognóstico é alterado mesmo que as condições do paciente sejam definidas como estáveis?
Divulgar o prognóstico é uma coisa séria, significa que a observação clínica para os médicos é promissora. Evidentemente, as condições estáveis permitiram fazê-lo: não houve novas crises e os exames de sangue, que são um elemento muito importante a ser levado em consideração, deram bons resultados.
O Papa continua fazendo terapia medicamentosa. Por quê?
Presumivelmente, ele ainda está tomando o antibiótico, esperando os indicadores inflamatórios desaparecerem. A infecção está melhorando, mas ele ainda precisa do medicamento. Então não podemos esquecer que o Papa tem problemas crônicos que também precisam ser tratados com medicamentos. Ele tem fragilidade respiratória e é aí que surgem as exacerbações. Ele já havia sido hospitalizado no Gemelli no passado por pneumonia, como desta vez.
O Vaticano diz que o Santo Padre ainda usa oxigênio 24 horas por dia. O que isso significa?
Este é um tipo importante de assistência. O desmame do suporte respiratório, mesmo o de alto fluxo, deve ser extremamente gradual. Eles provavelmente já começaram a fazer isso.
O Papa terá que ficar no hospital por muito mais tempo?
Não é bom que um idoso permaneça internado por muito tempo, mesmo que o hospital permita um acompanhamento mais próximo. Dentro de alguns dias eles decidirão quando ele receberá alta do hospital. É provável que em casa, entre as terapias prescritas pelos colegas, também haja oxigênio.
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