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04 Fevereiro 2025

Dois anos após as chocantes imagens da tragédia humanitária Yanomami rodarem o mundo, indígenas relatam queda de mortes, da desnutrição e do número de garimpeiros.

A entrevista é de Nádia Pontes, publicada por DW, 03-02-2025.

Junior Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yek'wana (Condisi-YY) e da Associação Yanomami Urihi, conta que voltou a dormir bem. Nos últimos anos, ao lado de outras lideranças indígenas e organizações como a Hutukara, a grave situação enfrentada pelo seu povo o fazia perder o sono.

Foram anos tentando chamar a atenção das autoridades para os impactos da invasão de garimpeiros, da falta de medicamentos para tratar a malária trazida pelos invasores, da desnutrição infantil e para as mortes, destruição da floresta e dos rios. O cenário foi agravado durante os quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro (2019-2022).

Nos últimos meses, diz Junior em entrevista à DW, os Yanomami passaram a respirar mais aliviados. Ele confirma os números apresentados pelo Ministério dos Povos Indígenas, criado no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023. Dados oficiais apontam uma redução de 68% nas mortes por desnutrição no primeiro semestre de 2024 em comparação a 2023 e uma queda de 91% dos garimpos consolidados.

Na Terra Indígena Yanomami, situada nos estados de Roraima e Amazonas, mais de 20 mil garimpeiros se instalaram ilegalmente atrás de ouro. O governo atual diz ter realizado mais de 3,5 mil operações de segurança para a expulsão dos invasores. Na área da saúde, o território vai ganhar um hospital, em fase inicial de construção, para atender a população indígena, estimada em 31 mil.

"Hoje eu estou dormindo bem porque eu vejo o meu povo retornando, as crianças voltando a andar bem… Porque a criança, quando está desnutrida, doente, não consegue nem chorar. Hoje as crianças correm, brincam, ouvem bem o som que vem da floresta, o barulho dos pássaros, os sons do ar”, diz o líder indígena em entrevista.

Eis a entrevista.

Passados dois anos desde que a crise humanitária enfrentada pelos Yanomami foi exibida ao mundo depois de tantas denúncias feitas por vocês, como está hoje a situação?

Hoje estamos respirando e com uma nova energia. Com um novo ar na floresta, de que estamos nos recuperando. O atual governo devolveu o nosso direito que o governo Bolsonaro tirou. O atual governo devolveu o direito para a população Yanomami, o bem-estar e a esperança.

Estamos agora nos organizando para retornarmos os nossos rituais, fazer rituais fúnebres daqueles que perdemos de 2020 até 2022. Queremos enterrar em paz aquelas crianças que perdemos, sem adoecer, chorar tranquilo, fazer a despedida. Aquelas crianças que se foram, que faleceram por falta de medicamento, por falta de cuidado do governo.

Como está hoje o controle da malária e a saúde das crianças?

A malária está diminuindo bastante, a desnutrição diminuiu muito porque o governo Lula contratou muitos profissionais de saúde e muitos médicos para nos atender. Isso aconteceu pela força do grito dos Yanomami e também da imprensa.

O governo está construindo um hospital com aquele dinheiro que foi doado pelos brasileiros, pela campanha do iFood que arrecadou dinheiro nesses cantinhos do Brasil. É uma coisa que nunca foi vista, um hospital sendo construído dentro da floresta. Isso é respeito que o governo está mostrando para a população. Então, por isso, estamos felizes.

E a presença dos garimpeiros na Terra Indígena?

O governo expulsou 95% dos garimpeiros e hoje estamos voltando a tomar água limpa, da natureza, que oferece água potável. Ela é uma fábrica para nós. Estamos notando hoje que a alimentação nas comunidades cresceu muito. Os Yanomami estão conseguindo trabalhar porque não estão com malária. As lideranças estão cuidando da família. Então estamos retornando, cuidando da família, então ficamos muito felizes.

Nós mostramos para este governo a emergência do povo Yanomami e ele reconheceu que, nós, brasileiros, estávamos abandonados dentro da floresta. Então esse governo começou a fazer operações e está continuando.

E hoje é o nosso sonho que isso seja permanente, que o governo realmente faça o seu papel de Estado brasileiro de proteger o povo da floresta, de garantir a permanência do atendimento de saúde dos Yanomami dentro da floresta respeitando nossa cultura, nossos costumes, nossa medicina tradicional.

Eu ainda tenho na cabeça aquilo que vi, meu povo morrendo diante dos meus olhos e a gente tentando salvar. Hoje eu estou dormindo bem porque eu vejo o meu povo retornando, as crianças voltando a andar bem… A criança, quando está desnutrida, doente, não consegue nem chorar. Hoje as crianças correm, brincam, ouvem bem o som que vem da floresta, o barulho dos pássaros, os sons do ar.

Dois anos depois deste momento tão crítico, vocês sentem então melhora e menor impacto do garimpo ilegal na vida dos Yanomami?

Sim, acho que desde novembro do ano passado a gente sente isso. Temos um sistema de alerta nas comunidades e não temos registrado mais essas invasões. O governo está bloqueando [os garimpeiros], fazendo o seu papel e dever. Não temos mais registros, e é por isso que água está bem recuperada, a floresta está feliz.

E a situação geral de saúde, é muito preocupante para vocês atualmente?

Ainda existem casos de malária, mas diminuiu muito. Nos anos passados, tínhamos, por exemplo, numa comunidade de 400 pessoas até 90% de contaminação. Se fosse uma comunidade de 200 pessoas, 190 estavam com malária.

Hoje, onde tem uma comunidade de 200 pessoas, umas cinco estão com a doença. Então significa que está acabando, que os profissionais estão acabando com a malária dentro da floresta.

Em que fase está a construção deste hospital na TI Yanomami?

Está sendo construído na comunidade de Surucucu e estão levantando as paredes. Será um centro para atender 200 pessoas e deve ser inaugurado em outubro.

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