• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Clube das Mulheres de Negócios: novo filme de Anna Muylaert inverte gêneros para denunciar violências normalizadas. Entrevista com Anna Muylaert

Mais Lidos

  • A teóloga alemã propõe nova perspectiva sobre a doutrina loci theologici como fundamento para o trabalho teológico contextual na Igreja universal

    Uma teologia fundamentalmente contextual. Artigo de Margit Eckholt

    LER MAIS
  • A cruzada de Trump contra os chips da Nvidia: "Rastreáveis e controlados remotamente"

    LER MAIS
  • Tratores de esteira como máquinas de guerra e a necropolítica como técnica de governo. Artigo de Márcia Rosane Junges

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    19º domingo do tempo comum – Ano C – Um convite à vigilância e a fazer escolhas a serviço do Reino

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

A extrema-direita e os novos autoritarismos: ameaças à democracia liberal

Edição: 554

Leia mais

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • Twitter

  • LINKEDIN

  • WHATSAPP

  • IMPRIMIR PDF

  • COMPARTILHAR

close CANCELAR

share

30 Novembro 2024

Diretora de Que Horas Ela Volta estreia nesta quinta (28) no cinema nacional com longa que mistura sátira com terror.

 A entrevista é de Lucas Weber, publicada por Brasil de Fato, 28-11-2024.

Estreia nas salas de cinema de todo país, nesta quinta-feira (28), Clube das Mulheres de Negócio, novo filme de Anna Muylaert, diretora de Que Horas Ela Volta e roteirista de O Ano que Meus Pais Saíram de Férias.

O longa propõe uma inversão de gênero nas relações de poder, colocando as mulheres como detentoras dos meios de produção, enquanto os homens são educados para serem submissos.

“O filme, no fundo, trata sobre poder, e ele meio que implode essa ideia”, resume a diretora em entrevista ao programa Bem Viver desta quinta-feira (28).

Embora o longa traga uma inversão de gênero que poderia soar como um avanço para o enfrentamento de diversas chagas propagadas pelo machismo e patriarcado, a produção de Muylaert não propõe um mundo encantado da Barbie ao pôr as mulheres no poder.

“Eu acho que enquanto houver um lado mandando no outro, ou se achando superior, seja gênero, seja raça, seja religião, seja classe, quer dizer, querendo ser superior ao outro, tendo vantagens em relação ao outro lado, a gente vai ter problema”.

Segundo a diretora, o filme surgiu a partir dos levantes do movimento Me Too, “quando as mulheres falaram: chega, não aguento mais”.

“É muito comum a mulher poder fazer o trabalho, mas não poder ter o crédito, isso é muito comum, as mulheres sofrem muito com isso, ou conseguirem o crédito, mas não ter paridade salarial”.

“Então chegou num ponto em que as mulheres já estão ocupando lugares estratégicos e estão dizendo não”.

Muylaert comenta que o filme tem uma proposta de ser didático, ao ajudar tanto homens como mulheres a perceberem violências normalizadas e cotidianas na sociedade.

Para tanto, o filme reproduz cenas comuns nas produções audiovisuais brasileiras, mas com os corpos trocados.

“A câmera que dá close na bunda dos caras... isso é uma coisa que não existe, mas na bunda das mulheres existe. Ou homens mais velhos serem considerados charmosos e poderem se casar com mulheres 40 anos mais novas, existe. Mas o contrário não existe”.

Na entrevista a diretora também reflete sobre o futuro do audiovisual brasileiro, em especial, por conta da nova ordem propostas pelas redes de streaming.

“O fato é que se bobear o audiovisual brasileiro vai ser americano, de propriedade e direcionamento, e a gente vai acabar sofrendo por um sucateamento cultural”.

Eis a entrevista

Como surgiu a ideia de fazer este novo filme?

Esse filme nasce de uma inflamação feminina que aconteceu em 2016, 2017, que levou ao movimento Me Too, quando as mulheres falaram "chega, não aguento mais”.

E naquele momento, eu tive essa ideia de fazer um filme de inversão justamente para tentar fazer com que os homens entendessem, e nós mulheres também começávamos a entender melhor, vários comportamentos que são normalizados, mas que na verdade são violentos em relação às mulheres.

Mas acrescentei várias outras camadas para falar também de classe e de várias divisões de poder da nossa sociedade humana, que é comandada por homens. Nós vivemos no patriarcado, né?

Embora o filme faça uma inversão de gênero tão aclamada pela sociedade, em especial o movimento feminista, ele não traz isso como solução, pelo contrário, muitos problemas estruturais seguem

O filme, no fundo, ele trata sobre poder, e meio implode essa ideia.

Eu acho que enquanto houver um lado mandando no outro, ou se achando superior, seja gênero, seja raça, seja religião, seja classe, quer dizer, querendo ser superior ao outro, tendo vantagens em relação ao outro lado, a gente vai ter problema.

Então eu acho que o filme explode isso e traz no lugar a figura da onça, simbolizando muita coisa, mas talvez todo aquele universo que o homem acha que manda, mas que no fundo não manda. E que é a maior parte, né?

Esse simbolismo da onça fala da pandemia, por exemplo?

Sim, sem dúvida. Eu acho que a pandemia é um exemplo, mas não só. Todas as catástrofes ambientais que a gente está vendo, o ser humano está brincando com fogo.

Quanto mais rico, mais ele acha que ele pode. E ele não pode de tudo. Em relação a gênero, a raça, a classe e a natureza também.

A onça simboliza a natureza, mas eu acho que, no caso, a onça é um animal que só tem na América do Sul, né? Então também eu acho que fala um pouco da força da terra, dos ancestrais.

Tanto em Que Horas Ela Volta como neste filme de agora, seus longas discutem questões que recentemente foram pautadas pelo governo federal. No primeiro caso a PEC das Domésticas, e no segundo a lei de paridade de salário. Foi proposital?

Em ambos os casos não foi proposital, porque são projetos anteriores. São mais coincidências positivas ou sincronicidades, porque eu acho que o mundo todo está discutindo essa questão.

Eu acho que se a gente pegar o movimento feminista dos anos 60, a mulher queimando o sutiã, depois veio à pílula, então ela teve direito a trabalhar fora...

Mas ela basicamente teve direito a ser secretária, a ser assistente. Nesses 60 anos as mulheres foram ficando muito competentes, foram ficando muito boas no seu trabalho, mas sofrendo da mesma forma.

É muito comum a mulher poder fazer o trabalho, mas não poder ter o crédito. Isso é muito comum, as mulheres sofrem muito com isso, ou conseguirem o crédito, mas não ter paridade salarial.

Então chegou num ponto em que as mulheres já estão ocupando lugares estratégicos e estão dizendo não.

A sociedade e o governo estão tomando consciência desses mecanismos que humilham a gente, que são violentos com a gente. Porque nem a gente mesmo sabe direito, porque eles são tão normalizados, e a gente precisa conversar.

Eu lembro quando teve o Me Too uma amiga minha, falou "nossa, agora eu realizo que eu sofri um estupro de um namorado”. Foi um episódio de um cara que ela saiu pra fazer sexo, chegou na hora, não tinha camisinha, e ela disse que não queria, e o cara forçou. Ela falou, "eu me lembro dos punhos roxos no dia seguinte, mas naquela época eu não classifiquei isso como estupro, porque havia desejo da minha parte, mas eu não quis por falta de preservativo".

Então você vê, até ser estuprada é algo que é difícil compreender e dar nome a esse boi.

O filme tem a ideia de ser didático, então?

É, por exemplo, a câmera que dá close na bunda dos caras... isso é uma coisa que não existe, mas na bunda das mulheres existe.

Ou homens mais velhos serem considerados charmosos e poderem se casar com mulheres 40 anos mais novas, existe. Mas o contrário não existe.

Então sim, eu acho que o filme passa por vários temas, várias cenas, várias situações que são chocantes, vista na inversão.

Como você avalia o atual cenário da produção audiovisual no Brasil?

Está tendo um retorno à produção, porém, a regulamentação do streaming que entrou no Brasil em 2016, com a força da grana americana, sem legislação, sem regulamentação, está uma brincadeira.

Eu acho que o governo está bem atrasado e não está calculando direito as consequências dessa invasão, dessa dominação que está acontecendo, eles estão dando as regras, eles estão mudando as regras, tanto na forma de fazer como no tipo de filme

Que medidas, por exemplo, a gente precisaria cobrar?

Por exemplo, a gente não tem mais direito autoral, a gente não tem mais propriedade intelectual.

A propriedade intelectual, tudo o que se faz no Brasil via streamings americanos não é mais do produtor. Isso é a primeira coisa.

Segundo, é a forma de condução. Eles estão conduzindo toda a dramaturgia por algoritmos, entendeu? Por executivos americanos, ou contratados dos americanos.

Mudou, não é mais alguém que vem dentro do cinema brasileiro fazendo história, como a Ancine, por exemplo, nos seus editais, que colocava especialistas lendo os roteiros. E agora é uma dança de executivos que também troca toda hora.

O fato é que se bobear o audiovisual brasileiro vai ser americano, de propriedade e direcionamento, e a gente vai acabar sofrendo por um sucateamento cultural.

Leia mais

  • Anna Muylaert: “O classismo está arraigado em todos os estratos”
  • “Que horas ela volta?” e a desigualdade brasileira
  • “Meu grande objetivo não é o Oscar. É chegar nas pessoas”, diz diretora de 'Que Horas Ela Volta?'
  • Entre patriarcado e machismo. Artigo de Filippo Riscica
  • Feminismo é necessário e urgente. Entrevista especial com Lola Aronovich
  • O machismo: “doença de transmissão social”. Entrevista com Gloria Poyatos Matas
  • Cultura do estupro e a máfia fraterna dos homens
  • O momento #MeToo: repensando a revolução sexual
  • Feminismo, polêmicas e as campanhas nas redes sociais contra o assédio
  • Da novela da Globo a Judith Butler, a ofensiva feminista e a contraofensiva conservadora
  • Violência recorde: foram registrados quase 84 mil estupros, no Brasil, em 2023
  • Brasil. Um estupro a cada seis minutos
  • Enquanto 1 menina é estuprada a cada 6 minutos no Brasil, PL do Estupro visa criminalizar crianças e mulheres abusadas sexualmente. Entrevista especial com Taysa Schiocchet
  • Violência recorde: foram registrados quase 84 mil estupros, no Brasil, em 2023
  • Violência contra a mulher cresce 22% em 2023; números podem ser subnotificados
  • O escândalo da violência contra as mulheres: papel e responsabilidade da Igreja. Artigo de Selene Zorzi
  • Violência contra a mulher é subnotificada em até 98,5%
  • Primeiro semestre de 2023 registra 16 mil casos de violência contra mulheres no Rio de Janeiro
  • Metade das crianças violentadas foi agredida mais de uma vez
  • Surpreendente cartografia dos estupros no Brasil

Notícias relacionadas

  • Machismo marca debate no plenário do Senado em processo de impeachment

    O preconceito de gênero foi um dos componentes que marcaram os primeiros dias do julgamento final do impeachment da presidenta Di[...]

    LER MAIS
  • Homem xinga e mostra pênis para assessora do Instituto Lula em restaurante

    “Todos nós, homens, de esquerda, de direita, de centro, somos sim inimigos até que sejamos devidamente educados para o contrá[...]

    LER MAIS
  • Italiana se mata após assédio nas redes por causa de vídeo sexual espalhado por ex-namorado

    “Abrimos uma investigação por indução ao suicídio”, declarou nesta quarta-feira o chefe do Ministério Público do Norte [...]

    LER MAIS
  • Papa e Patriarca não irão rezar juntos na Geórgia

    Eles trocarão cumprimentos cordiais e falarão um ao outro. No dia 1º de outubro, acenderão velas juntos na catedral patriarcal[...]

    LER MAIS
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados