27 Setembro 2024
A Nota Pública foi divulgada nesta quinta-feira (26) e cobra do Ministério da Justiça que reveja decisão em relação ao Massacre do Rio Abacaxis e os assassinatos de Dom Phillips, Bruno Pereira e Maxciel Pereira.
A nota é do Conselho Indigenista Missionásio - Cimi, publicado por Cimi, 26-09-2024.
Movimento Indígena e Indigenista do Amazonas e organizações da sociedade civil manifestam extrema preocupação com a redistribuição de Inquéritos Policiais que apuram a elucidação de casos graves e relevantes ocorridos com motivações ambientais e de Direitos Humanos no Estado do Amazonas, em Nota Pública divulgada nesta quinta-feira (26).
As organizações listam as razões pelas quais as fazem “crer na possível interferência política”, e listam: a transferência dos inquéritos em tramite em Brasília para a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas e a retirada do delegado e sua equipe, do comando das investigações que apuram o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira; o Massacre do Rio Abacaxis, em agosto de 2020; e o assassinato do servidor da Funai, Maxciel Pereira dos Santos, em agosto de 2019. “Sem despacho fundamentado e sem nenhuma motivação expressa, lança sombras sobre o real motivo destas mudanças”, reforça o documento.
Os casos destacados na Nota Pública “envolvem altas autoridades do estado do Amazonas, merecendo a mais urgente manifestação e revisão por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)”. Na avaliação das organizações uma “eventual omissão [do MJSP] provoque o fortalecimento do crime organizado na região”. A interferência penaliza a boa polícia, mantém a impunidade e provoca injustiça às vítimas dos crimes bárbaros, que violam abertamente direitos humanos, argumentam as entidades no documento.
A redistribuição desses inquéritos tem paralisado as investigações em curso o que causa preocupação Movimento Indígena e Indigenista, bem como organizações da sociedade civil do Amazonas. Tal decisão favorece “unicamente a impunidade que continua a massacrar as vítimas e seus familiares até os dias atuais”, reforçam.
“Seguiremos acompanhando atentamente as investigações em curso e cobrando que todos os esforços sejam empreendidos pelas autoridades”, asseguram as organizações com objetivo de “combater as organizações criminosas que atuam na região Amazônica, com o objetivo de alcançar a responsabilização e justiça para os seres humanos, vítimas e familiares nos crimes investigados”.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Organizações do Amazonas manifestam extrema preocupação com impunidade de crimes ambientais e direitos humanos no estado - Instituto Humanitas Unisinos - IHU