23 Agosto 2024
A reportagem é de Hernán Reyes Alcaide, publicada por Religión Digital, 23-08-2024.
Cada vez mais analistas sugerem que o Papa Francisco poderia criar novos cardeais durante o Sínodo de outubro e anunciá-los antes da viagem que começará em 2 de setembro à Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura.
Olhando para um Jubileu de 2025 em que 13 cardeais perderão o direito de voto num possível conclave por atingirem o limite de 80 anos, a quase confirmada criação de novos cardeais servirá para fortalecer um Colégio Cardinalício que no fim deste ano permanecerá em 120 eleitores, número estabelecido por São Paulo VI como o máximo para a eleição de um novo pontífice.
Dentro do Vaticano fala-se da possibilidade de um anúncio antes de segunda-feira, 2 de setembro, para que o Papa anuncie a lista de 10 a 12 cardeais que seria criada durante o Sínodo sobre a Sinodalidade que acontecerá de em outubro.
O que se desconta é que Francisco certamente continuará a expandir as fronteiras do Colégio Cardinalício e apostará mais uma vez na universalidade da Igreja, com possíveis criações em países com pouca ou nenhuma história cardinalícia, como já fez no passado com países dos cinco continentes que retornaram ou entraram no corpo pela primeira vez. Um caso paradigmático do seu pontificado foi a criação do primeiro cardeal da história da Mongólia, D. Giorgio Marengo, apesar de ser uma comunidade de apenas 1.500 católicos. Qual será a “nova Mongólia” este ano?
Com a mesma lógica, criou cardeal o arcebispo de Montevidéu, depois de meio século sem barrete no Uruguai. Por outro lado, o pontífice não segue os ditames pelos quais algumas cidades deveriam ter automaticamente o seu próprio cardeal, e assim vemos que “pesos pesados” como Milão, Veneza, Dublin, Berlim e Los Angeles hoje não teriam um representante para ser eleito no futuro.
Um dos candidatos ao barrete vermelho é o atual “chanceler” do Vaticano, D. Paul Gallagher, que para se tornar cardeal teria que deixar um cargo em que neste momento não se vislumbra um substituto natural. Outras questões que serão fundamentais são o que acontecerá aos espanhóis este ano e o que o Papa fará com os cardeais latino-americanos, com Equador, Colômbia e Venezuela em busca do barrete.
Ao mesmo tempo, chegará o boné para Rino Fisichella, que mais uma vez assume os ombros de um grande evento papal com o Jubileu de 2025? Em 2025, entre os 13 cardeais que perderão o direito de voto estão, entre outros, Carlos Osoro, Robert Sarah e Fernando Vergez, todos nomes importantes que também deverão afastar-se de suas funções executivas aos 80 anos de idade.
FECHAR
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Quais países surpreenderão com os novos cardeais? - Instituto Humanitas Unisinos - IHU