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Lamento boliviano. Artigo de Jorge Elbaum

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28 Junho 2024

"A nova direita (...) pesca num rio oportuno quando se veem contradições flagrantes", escreve Jorge Elbaum, jornalista, sociólogo e doutor em Ciências Econômicas, em artigo publicado por Página|12, 28-06-2024.

Eis o artigo.

Poucos presidentes da América Latina se abstiveram de condenar o ataque de tanques de Juan José Zúñiga. Javier Milei foi um deles. A direita argentina tem um trauma com o golpe. Apoiou todos os motins locais ao longo da história e sempre teve o cuidado de criticar explicitamente as suas experiências estrangeiras. O sangrento golpe de Estado de 2019, comandado por Jeanine Áñez, cuja presidência interina se estendeu até as eleições de 2020, nas quais Luis Arce saiu triunfante, foi apoiado pela OEA, pelo Departamento de Estado e por Mauricio Macri. Vários responsáveis ​​argentinos dessa fase – entre eles a então ministra da Segurança Patricia Bullrich – aparecem denunciados por contrabando de armas, tanto em Comodoro Py como nos tribunais de La Paz.

Os acontecimentos de 26 de junho passado na Bolívia podem ter sido resultado de um golpe militar. Também podem ter sido um compromisso grosseiro que beirava o autogolpe. Em ambos os casos, porém, aparecem três fatores relevantes, capazes de gerar novas e futuras (trágicas) aventuras vestidas com dragonas.

O primeiro fator refere-se à ligação sinérgica entre os militares latino-americanos – exceto no caso dos cubanos e venezuelanos – e as potências concentradas. Em grande medida, aqueles que usam uniforme neste subcontinente continuam a considerar o Ocidente (os Estados Unidos e a Europa Ocidental) como o último bastião da sua identidade cultural constitutiva.

O segundo fator está relacionado à configuração de uma engrenagem assimétrica entre as expectativas das Forças Armadas e os projetos de integração soberana e/ou regional. Em muitos países latino-americanos, é evidente a coexistência tensa – ou oculta – de um “Estado dentro de um Estado”, o que suspeita de todas as negociações políticas, do debate público e da diferenciação plurinacional ou multicultural. Os pilares da sua nacionalidade (em armas) baseiam-se num desprezo sorrateiro pela política, considerada facciosa e inútil. Assim, os discursos economicistas conseguem ser tão apreciados entre os militares: as teorias do equilíbrio, dos mercados livres e das mãos invisíveis permitem-nos evitar o debate público e, ao mesmo tempo, abstrair-nos das considerações ideológicas.

Existe uma “natureza que funciona” fora das discussões e dos parlamentos. Essa verdade é percebida, sem debates ou intervenção humana, como vertical e indiscutível, compatível com todo espírito que não tolera contradição. As “leis do mercado” surgem como uma verdade coerente com a ideia de evolução natural que os espíritos conservadores subscrevem.

A literatura consumida pelos oficiais latino-americanos – exceto no caso da Venezuela ou de Cuba – alterna títulos técnico-profissionais com textos dedicados a temas que apontam o perigo da dissolução nacional e a descrição dos diversos inimigos internos capazes de destruir a nacionalidade. Em países como a Bolívia, onde o golpe ressurge ciclicamente, os fardados continuam a expressar uma expectativa corporativa, alheia ao resto da população, percebendo-se como a única garantia de sobrevivência do Estado.

O terceiro fator está relacionado com a incapacidade, demonstrada por diversas organizações populares latino-americanas, de processar as suas diferenças internas (programáticas ou ideológicas) no âmbito de processos de debate público participativo com as bases. Se a fracassada tentativa de golpe de Juan José Zúñiga foi um ataque inoportuno ou uma reação exagerada para apoiar Luis Arce contra Evo Morales, em ambos os casos resulta da lacuna política deixada por ambos. De fato, Zúñiga declarou que entre as suas exigências estava a exigência de libertar a líder golpista Jeanine Añez e o fascista, ex-governador de Santa Cruz de la Sierra, Luis Fernando Camacho.

As lacunas deixadas pelos membros do MAS – como também foi exposto há um século na República de Weimar – tornaram-se territórios vantajosos para aqueles que se oferecem como salvadores e gestores dos “processos de reorganização nacional”, gestores ao mesmo tempo de “unidade nacional” sobre lutas fratricidas. A representação popular é sempre mais sensível que o direito ao conceito de coerência. Seus programas e alianças propõem projetos de luta contra os privilégios, a democratização do poder e a preeminência da comunidade, valores opostos a qualquer assunto interno fratricida. Pelo contrário, os grupos ligados às corporações, a direita diversa, não têm de dar qualquer explicação para as lutas dos “cartéis”. Entre eles existem apenas concorrentes individuais num confronto pela sobrevivência do mais apto: vantagens do individualismo cartesiano.

Tanto a direita retrógrada como os movimentos populares (ou revolucionários) são sensíveis à mimese da cena pública. Os exemplos de Donald Trump, Jair Bolsonaro, Javier Milei, Giorgia Meloni e Marine Le Pen empoderam os cavaleiros da violência hierárquica e encorajam os seus adjetivos aspiracionais a tornarem-se orgulhosos protoassassinos de vice-presidentes, a olharem-se no espelho de militares supostamente dignos (que lutam pela unidade nacional), ou tornarem-se algozes de castas e políticos inúteis.

A nova direita – muitas mais sem preconceitos, insensíveis e cruéis – pesca num rio oportuno quando se veem contradições flagrantes. Eles aproveitam a dispersão proporcionada pela fragmentação das subjetividades, pela destruição programada da consciência de classe e pelo terror que provoca uma desordem mundial onde o Ocidente perde a sua capacidade de sedução civilizacional e as regiões outrora desprezíveis e bárbaras (como a China e a Rússia) são começando a se tornar polos de referência global.

Em tempos como estes, por toda a América Latina, talvez seja necessário repetir como carma a frase do inesquecível Carlos Carella: “Quando perdemos o inimigo de vista, começamos a lutar com seu parceiro”.

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