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O algoritmo vem das Sagradas Escrituras. Entrevista com Rocco Malatacca

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12 Junho 2024

Padre, de 42 anos, doutor pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Rocco Malatacca publicou um livro surpreendente sobre a Inteligência Artificial. Em Tu parli come me (Você fala como eu, em tradução livre, Edições Città Nuva), o autor se afasta da tradicional abordagem normativa, preocupado especialmente em contrapor limites ao risco das novas tecnologias, e sugere um caminho de reflexão a partir da semelhança entre a linguagem da Bíblia e aquela da Inteligência artificial. O título é o que diz à máquina o exegeta acostumado com a linguagem das Escrituras hebraicas, ao constatar o quanto a linguagem dos algoritmos é semelhante a ela. A semelhança, segundo Malatacca, abre espaços de interação e de responsabilidade. La Lettura encontra o autor em Foggia, a poucos quilômetros do território da Diocese de Lucera-Troia onde exerce o seu ministério.

A entrevista é de Marco Ventura, publicada por La Lettura, 09-06-2024. A tradução é de Luisa Rabolini. 

Eis a entrevista. 

O discurso sobre os riscos da Inteligência Artificial não é suficiente para você.

A primeira coisa que nos vem à cabeça são os riscos. Damos regras, damos limites. Mas não damos as orientações. Damos limites. Se alguém entende o que é a Inteligência Artificial, isso já me parece difícil de propor, pelo menos em termos tão simplistas.

Você escreve que a Inteligência Artificial precisa de “um interlocutor”.

Todo mundo está se dedicando a usá-la. Estamos nos tornando usuários. E a pergunta do usuário é: a uso, como a uso, o que faço com ela? Se essa é a nossa pergunta, acho que estamos muito abaixo...

Qual deveria ser o olhar do “interlocutor”?

No momento em que nos aproximamos, vemos o rosto humano da máquina. O efeito de realidade é impressionante. Dialogar com uma ferramenta de Inteligência artificial tem a simultaneidade e quase a naturalidade da língua. Parece que você está conversando com outra pessoa.

Parece, exatamente.

Por trás do rosto vemos que o que parece ser um rosto humano é um jogo linguístico com o qual demos à máquina um modelo matemático complexo. Segmentos, letras, sílabas, palavras, sintagmas, frases, parágrafos, texto. Um jogo linguístico, sequências de letras que se sucedem por questão de probabilidade.

O que impressiona em tudo isso?

Desde criança, um judeu faz essa mesma operação em linhas de texto em hebraico que são letras e números e que chamamos de Sagrada Escritura. O mecanismo utilizado para a Inteligência artificial é o mesmo utilizado para ler a Sagrada Escritura. É por isso que seus inventores são judeus.

Tem certeza?

Sam Altman é judeu, Ilya Sutskever é judeu.

Estamos falando da OpenAI.

Não são só eles, claro, mas foram eles que criaram o método, o mecanismo. Eles nada fizeram senão considerar a sua mente tal como é estruturada, treinada durante séculos, transmitida de geração em geração.

E você como eles?

Sendo exegeta, leio a Bíblia em hebraico, ou seja, leio trechos de texto em hebraico em que a palavra não me remete imediatamente a um objeto real, mas a uma sequência de letras. Se eu mudar uma letra, o significado muda e tenho que pensar com atenção no detalhe.

Ou seja, você entende a Inteligência artificial porque entende o texto bíblico?

Com uma simplificação enorme, sim. Na verdade, nós, exegetas, sempre fomos acusados de sermos áridos, técnicos, quase engenheiros do texto e sem alma. Uma competência sem consciência. Como a Inteligência artificial. A máquina não conhece nada, mas é muito, muito competente com base num mecanismo de produção semelhante ao nosso. Os livros de exegese dos anos 1970 são inúmeras listas de letras e números...

Por que números?

Em hebraico os números são escritos com letras. Alef é A, mas também um. Bet é B, mas também dois. Essas sequências de texto que lemos como letras também são um enorme código numérico que forma uma mentalidade.

Você fala sobre hebraísmo, judaísmo e catolicismo.

Existem judeus cristãos. O judaísmo é a raiz comum dos dois ramos, o judaísmo e o catolicismo.

O que tudo isso tem a ver com a tecnologia?

O judaísmo define a vida de uma forma interconectada. Com a internet desenvolvemos a vida interconectada.

Você define o crente como aquele que está conectado com a palavra.

Com a palavra e, portanto, com a vida interconectada. Deixo isso deliberadamente ambivalente em relação ao judaísmo e ao catolicismo.

Esquece os cristãos protestantes.

Para eles, a leitura pode ser comum, mas a relação com as Escrituras é individual.

Exclui, portanto, que a Inteligência artificial possa ter uma relação semelhante com as outras tradições religiosas. Talvez não as conheça bem o suficiente.

Li os Vedas, os Upanishads, o Gita, em muitos aspectos conheço o Alcorão. São plantas diferentes do mesmo jardim, mas não são ramos da mesma planta. O que não significa não tenham um valor em si, nada disso. Mas não são equivalentes. A relação com a Inteligência artificial é apenas das Escrituras, ou seja, de uma palavra que tem um conceito tecnológico por trás da linguagem que os outros não têm.

Você realmente considera possível propor essa diferenciação?

Certo. Você nunca encontrará um monge budista que fique sobre um texto das Escrituras quanto um rabino. Aprender a partir dos 5 anos a estar atento palavra por palavra, perguntando-se como uma palavra varia se uma letra varia ou usar jogos de palavras ou mesmo a gematria, em que as palavras se transformam em números. Somente o judaísmo tem esse uso das Escrituras, ou melhor, da palavra. Tecnicamente, por si só, nem mesmo o possui a Igreja católica.

Nesse sentido, a Sagrada Escritura é uma Inteligência artificial.

Que me intercepta na base da vida. Posso não me sentir ligado à vida dos outros, cuidar apenas de mim mesmo, como uma ilha. A Inteligência artificial da Sagrada Escritura me ajuda a não perder a interconexão.

E o que hoje comumente chamamos de Inteligência artificial?

Para treinar o jogo linguístico por trás da face usamos um conjunto de dados humanos. Informações, interpretações de dados, estratégias de resolução de problemas, possibilidades de movimento, iniciativa, tudo foi treinado em nós, seres humanos. O problema é em qual ser humano treinar uma Inteligência artificial?

Você escreve: “Assim como uma criança cresce com os estímulos que alguém ao seu redor lhe oferece, assim a Inteligência artificial crescerá com a humanidade dos interlocutores que terá.”

Tenho a abordagem de um pai que quer formar uma criança. Como Rita Levi Montalcini. A criança precisa dos estímulos certos para formar o cérebro certo com o qual irei me comunicar.

O mesmo para os algoritmos, tem certeza?

A Inteligência artificial recém-nasceu. É a criança a ser educada.

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