Cardeal Müller chama a polícia belga, que tentou interromper uma conferência em Bruxelas, de “nazista”

Cardeal Müller (Foto: Religion Digital)

Mais Lidos

  • Diaconato feminino: uma questão de gênero? Artigo de Giuseppe Lorizio

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS
  • Venezuela: Trump desferiu mais um xeque, mas não haverá xeque-mate. Artigo de Victor Alvarez

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

18 Abril 2024

  • "Não podemos construir um bom futuro com ideologias. Precisamos acreditar, e acreditar é aceitar Deus", ressaltou o cardeal, que enfatizou que "não somos escravos do Estado; o Estado democrático moderno evoluiu a partir de cidadãos livres".

  • Além de Müller, a conferência contou com a presença do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, do ex-candidato à presidência da França Eric Zemmour, de Gloria von Thurn und Taxis e do ex-chefe do Escritório Alemão para a Proteção da Constituição Hans-Georg Maaßen.

  • Embora o evento tenha sido inicialmente autorizado a prosseguir, a polícia tentou interromper a reunião, sem sucesso. De fato, o próprio Müller foi responsável pelo encerramento da conferência.

A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 17-04-2024.

"Isso é como a Alemanha nazista". Foi assim que o Cardeal Gerhard Müller reagiu depois que a polícia belga tentou interromper os participantes de uma conferência da NatCon (um dos lobbies da extrema-direita europeia) sobre "Conservadorismo Nacional", em uma decisão controversa do prefeito de um distrito de Bruxelas, que foi fortemente contestada pelo primeiro-ministro do país. No fim, a manifestação continuou a ser realizada, embora não tenha sido permitida a entrada de mais pessoas.

"A extrema-direita não é bem-vinda", Emir Kir, responsável pela proibição, justificou-se em suas redes sociais, dizendo que ela foi feita "para garantir a segurança pública", conforme relatado por Katholisch. O chefe do distrito de Saint-Josse, em Bruxelas, se justificou dizendo que alguns dos participantes defendiam "a direita conservadora, a direita religiosa e a extrema-direita europeia".

Além de Müller, a conferência contou com a presença do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, do ex-candidato à presidência francês Eric Zemmour, de Gloria von Thurn und Taxis e do ex-chefe alemão do Escritório para a Proteção da Constituição Hans-Georg Maaßen. Embora o evento tenha sido inicialmente autorizado a prosseguir, a polícia tentou interromper a reunião, sem sucesso. De fato, o próprio Müller foi responsável pelo encerramento da conferência.

"Isto é como a Alemanha nazista, e eles são como as SA", declarou Müller, de acordo com o blog do escritor Rod Dreher, que estava no evento. A Conferência Nacional do Conservadorismo é organizada por um think tank conservador. O objetivo da conferência é reunir "figuras públicas, jornalistas, acadêmicos e estudantes". De acordo com os organizadores, esperava-se a presença de cerca de 600 participantes.

Em sua palestra, Müller disse que "precisamos lutar pela independência da universidade em relação a influências políticas e ideológicas. Não somos escravos do Estado; o Estado democrático moderno evoluiu a partir de cidadãos livres", disse ele. "Não podemos construir um bom futuro com ideologias. Precisamos acreditar, e acreditar é aceitar Deus".

Assim que a notícia foi divulgada, o primeiro-ministro belga Alexander De Croo considerou a tentativa de interromper o evento de "inaceitável" porque a "proibição de assembleias políticas é inconstitucional". "A autonomia municipal é uma pedra angular de nossa democracia, mas nunca pode se sobrepor à Constituição belga, que garante a liberdade de expressão e o direito de reunião pacífica desde 1830", enfatizou.

Leia mais