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27 Março 2024

"Ambos protestantes, o finlandês Saarinen e o holandês Van den Heuvel têm uma relação privilegiada com o trabalho de Moltmann; mas o teólogo alemão também teve um impacto poderoso no mundo católico. Rosino Gibellini, histórico diretor literário da editora Queriniana, lembrou a respeito do lançamento do livro em outubro de 1964 que 'interceptou no seu lançamento na Buchmesse de Frankfurt naquele ano, publicado pela Christian Kaiser Verlag de Munique, o editor de Dietrich Bonhoeffer'. O livro, escreveu Gibellini, 'foi-me apresentado pelo diretor da editora Fritz Bissinger. A obra será publicada em tradução italiana, com base na terceira edição alemã (1965), acrescida de um importante Apêndice, e inserida na Biblioteca de Teologia Contemporânea, em 1970, numa oportuna tradução do teólogo valdense Aldo Comba'", escreve Marco Ventura, professor de Direito canônico e eclesiástico da Universidade de Siena, em artigo publicado por La Lettura, 24-03-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Eschaton, último em grego. De onde a escatologia cristã, “doutrina das coisas últimas”. Em pleno Concílio Vaticano II, em 1964, o protestante Jürgen Moltmann dedicou ao tema um livro que mudaria a teologia. Nas primeiras páginas, então com trinta e oito anos, ele recordava como “essas últimas coisas” fossem os “eventos que no fim dos tempos afetariam o mundo, a história, os homens; eles incluíam o retorno de Cristo em glória, o Juízo universal e a vinda do Reino, a ressurreição dos mortos e a nova criação de todas as coisas”.

O teólogo alemão criticava a interpretação consolidada que relegava tudo isso para fora da história e confinava os estudos sobre as coisas últimas aos "estéreis capítulos finais da dogmática cristã", em um “apêndice desorgânico que se tornou apócrifo e irrelevante”. Ele explicava que quanto mais o cristianismo tinha substituído “a religião de Estado romana, apoiando inflexivelmente as suas exigências", tanto mais "a escatologia e os efeitos mobilizadores, revolucionários e críticos que ela exerce sobre a história que devemos viver no presente, eram abandonados às seitas entusiastas e aos grupos revolucionários". A crítica de Moltmann colocava aqui a questão da esperança: “A fé cristã eliminava da sua própria vida aquela esperança futura que constitui o seu cerne e transferia o futuro para uma vida após a morte ou para a eternidade." A esperança, concluía o autor, “emigrava para fora da Igreja”.

Moltmann propunha então colocar a escatologia e, portanto, a esperança de volta ao centro. “A escatologia”, ele escrevia: “é a doutrina da esperança cristã, que abrange tanto a coisa esperada quanto o ato de esperar que ela desperta." Daí a inversão de perspectiva que teria chocado gerações de cristãos: “O cristianismo é escatologia do princípio ao fim, e não apenas em apêndice: é esperança, é orientação e movimento para frente e, portanto, é também revolução e transformação do presente”.

Sessenta anos se passaram desde Theologie der Hoffnung, a Teologia da esperança. Síntese das exigências de uma época, o livro lançava as bases para a teologia pública das décadas seguintes. À esperança de Moltmann teriam olhado gerações de cristãos sensíveis aos dramas do mundo e, mais em especial, a teologia da libertação e a teologia negra, a teologia feminista e mais recentemente a teologia queer. Principalmente o mundo protestante sentia-se desafiado, ao qual pertencia o próprio Moltmann, às voltas com o individualismo ao qual a doutrina da predestinação pode conduzir.

Os teólogos que hoje, daquele mundo, propõem uma reflexão sobre a esperança para a nossa sociedade reconhecem a dívida para com a obra de Moltmann e as subsequentes por meio das quais o autor desenvolveu e esclareceu o seu pensamento.

Risto Saarinen, 64 anos, teólogo da Universidade de Helsinque, confirma ao “la Lettura” a importância da transição de uma esperança “individualista e ultramundana” para uma esperança de que se torna ética. Saarinen conta que ficou surpreso com o sucesso de público de seu ensaio de 2020 Sobre a esperança (Oppi toivosta, publicado pela Gaudeamus, sem tradução). Na sua Alemanha, primeira descrição dos habitantes da atual Finlândia, Tácito descreveu as pessoas da última Thule como desprovidas de medo e de esperança. Saarinen explica que partiu daí para uma abordagem da esperança inspirada em Immanuel Kant: “O que posso esperar depende do meu conhecimento e da minha moralidade”.

Steven van den Heuvel, 38 anos, holandês da Evangelische Theologische Faculteit de Lovaina, na Bélgica flamenga, usa o adjetivo “transformadora” para definir a esperança de Moltmann.

A pedido de “la Lettura”, o teólogo editor de Historical and Multidisciplinary Perspectives of Hope (Springer, 2020) vê naquela "inovação teológica" em parte o reconhecimento de demanda do nosso tempo, a que já havia dado voz entre 1954 e 1959 a obra O Princípio da Esperança do filósofo marxista Ernst Bloch, e em parte a resposta de uma teologia capaz de falar a um homem contemporâneo não necessariamente religioso. O “Projeto Esperança” (The Hope Project) em que trabalha Van den Heuvel reúne teólogos, psicólogos, filósofos e até economistas. O projeto inclui o experimento do “barômetro da esperança” que mede online a taxa de esperança de um indivíduo. Van den Heuvel está encerrando o Oxford Compendium of Hope, uma obra de mais de mil páginas que será lançada até o final do ano, editada em colaboração com Anthony Scioli, psicólogo do Keene State College do New Hampshire e autor com Henry Biller de Hope in the Age of Anxiety (Oxford University Press, 2009). A Moltmann, especifica Van den Heuvel, conecta-se uma distinção essencial para quem trabalha na esperança que abrange vários conhecimentos: por um lado, há o otimismo que é determinista, passivo e não comporta uma margem de intervenção para a pessoa; e, do outro lado, há a esperança que é ativa porque “convida a pessoa a agir”.

Ambos protestantes, o finlandês Saarinen e o holandês Van den Heuvel têm uma relação privilegiada com o trabalho de Moltmann; mas o teólogo alemão também teve um impacto poderoso no mundo católico. Rosino Gibellini, histórico diretor literário da editora Queriniana, lembrou a respeito do lançamento do livro em outubro de 1964 que “interceptou no seu lançamento na Buchmesse de Frankfurt naquele ano, publicado pela Christian Kaiser Verlag de Munique, o editor de Dietrich Bonhoeffer”. O livro, escreveu Gibellini, “foi-me apresentado pelo diretor da editora Fritz Bissinger. A obra será publicada em tradução italiana, com base na terceira edição alemã (1965), acrescida de um importante Apêndice, e inserida na Biblioteca de Teologia Contemporânea, em 1970, numa oportuna tradução do teólogo valdense Aldo Comba”.

A influência da esperança de Moltmann no mundo católico pertence à história das tensões dessas décadas. Por um lado, existe o temor de que, ao colocar a esperança cristã na história, no horizonte do agir humano, desapareça o sentido da Providência, talvez até o sentido do próprio Deus. Por outro lado, existe o receio de que, tendo cortado os laços com a virada teológica da década de 1960, demonizada pelo catolicismo subsequente, as novas gerações não tenham mais recursos teológicos e sejam, portanto, condenadas ao nacionalismo religioso identitário, ao intimismo espiritual ou a esperanças efêmeras órfãs de Deus.

Em 20 de abril de 2014, cinquenta anos após a publicação do livro de Moltmann, Monsenhor Gianfranco Ravasi lembrava o núcleo do pensamento do teólogo alemão: “Na ressurreição de Cristo estão lançadas as bases do futuro da humanidade”, escreve o cardeal, “mas para impedir que a esperança evapore em utopia ou em um ideal vago, é necessário enraizar-se na realidade histórica da morte e ressurreição de Jesus, Filho de Deus”. Sete anos antes, Bento XVI havia dedicado ao tema a encíclica Spe salvi, densa de conscientização do debate alemão, de Bloch a Moltmann e além: “A fé não é só uma inclinação da pessoa para realidades que hão de vir, mas estão ainda totalmente ausentes", escrevia Joseph Ratzinger: "Já nos dá agora algo da realidade esperada."

Não é por acaso que em 2022 o Papa Francisco escolheu o lema Peregrinos da Esperança para um Jubileu de 2025 dedicado a “recuperar o sentido da fraternidade universal”. Agora com noventa e sete anos, Jürgen Moltmann continua a desafiar os cristãos com a sua esperança: “Orientação e movimento para a frente e, portanto, também revolução e transformação do presente”.

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