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29 Janeiro 2024

"A ordem e o progresso de um punhado de famílias ricas e poderosas não podem sofrer alterações. Por anos a fio temos visto os filhos, sobrinhos e netos dessas famílias infiltrados nas diversas instituições e instâncias do Estado, mamando nas tetas desse gigante, sem apresentar um único projeto em favor do bem-estar dos setores menos protegidos." escreve Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS, assessor do SPM – São Paulo, 26-01-2024.

Eis o artigo.

Combinada com o gabinete do ódio, a notícia sobre a Abin paralela constitui um retravo vivo do modo de governar não somente do clã Bolsonaro, mas também das oligarquias brasileiras. O foco das atenções deixa de ser as necessidades básicas da população de baixa renda e o bem-estar geral, deslocando-se perversamente para o controle minucioso de amigos e inimigos. O que está em jogo é construção de um cenário policiesco, onde cada peça do xadrez tem seus passos vigiados, calculados e controlados praticamente 24 horas por dia. Todo e qualquer representante dos três poderes, seja este partidário da situação ou da oposição, precisa ter sua existência e ação dissecadas e permanentemente avaliadas.

Instala-se um estado de guerra fria doméstica. Trata-se de investigar a acompanhar de perto as atividades tanto de correligionários quanto de adversários. Se a guerra fria propriamente dita tinha como objetivo maior garantir a segurança nacional frente aos países considerados comunistas, de um lado, ou capitalistas, de outro, aquela interna visa assegurar os interessas pessoais, familiares, partidários ou corporativistas da “elite do atraso”, para usar a expressão de Jessé de Souza. O pano de fundo, em ambos os casos, continua sendo uma hiperfobia obsessiva das armadilhas que podem emergir dos corredores obscuros e obtusos do xadrez da prática política. E esse receio mórbido, por sua vez, assenta-se na teoria da conspiração. O jogo de interesses do capitalismo liberal, de ordem objetivamente socioeconômica e política, passa a ser visto pela ótica de um moralismo emocional e apaixonado.

Exemplos históricos disso não faltam no imaginário cinematográfico de Hollywood. Basta lembrar os filmes do faroeste, entre mocinhos e perigosos bandidos. Os povos originais os peles-vermelhas figuram sempre como “bandidos, maus, cruéis”, ao passo que o exército dos Estados Unidos procura a justiça e o bem-estar da sociedade como um todo. O mesmo vale para os roteiros do investigador 007 ou do exterminador Rambo, onde o herói norte-americano é chamado a desvendar e explodir algum complô secreto, em algum lugar misterioso, cuja meta era atentar contra a segurança e a vida pacífica dos países e homens de bem, o que invariavelmente significava os países e homens de bens.

Desse quadro resulta o dualismo maniqueísta entre os “bons” e os “maus”, os “nossos” e os “outros”, os “de dentro” e os “de fora” – ou seja, os que são confiáveis e que devem ser investigados. Semelhante dicotomia representa em um véu narrativo e ideológico para encobrir as verdadeiras razões das atividades realizadas por aquelas instâncias investigativas. Trata-se, no fundo, de escamotear uma situação nua e crua de interesses econômicos através de um discurso moral e moralizante. A verdade é que, desde um ponto de vista histórico e estrutural, tanto o clã Bolsonaro quanto as oligarquias dos ciclos econômicos brasileiros – do pau-brasil, do açúcar, do cacau, da borracha, do algodão, do ouro, do café, para não falar atualmente do agronegócio, das telecomunicações, da pecuária, dos minérios, da indústria, etc. – sempre procuraram viver à sombra protetiva dos cofres públicos. No orçamento anual da União, dos Estados e dos Municípios, por exemplo, em lugar de identificar e priorizar as carências e lacunas fundamentais da sociedade brasileira, em particular os setores de baixa renda e empobrecidos, a primazia vai para a manutenção dos privilégios, benesses e penduricalhos ligados aos altos rendimentos dos mais altos escalões do Estado ou das Forças Armadas, isto para deixar de lado os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Tudo converge para manter o status quo vigente. A ordem e o progresso de um punhado de famílias ricas e poderosas não podem sofrer alterações. Por anos a fio temos visto os filhos, sobrinhos e netos dessas famílias infiltrados nas diversas instituições e instâncias do Estado, mamando nas tetas desse gigante, sem apresentar um único projeto em favor do bem-estar dos setores menos protegidos. E ai de quem ousar atentar contra essa ordem pétrea, como por exemplo, elaborar e apresentar um projeto para taxar as grandes fortunas ou equilibrar a cobrança de impostos, de tal forma que “quem ganha menos possa ser isento ou pagar menos, e quem ganha mais possa arcar com mais tributos”. Logo será taxado de “comunista ou subversivo”. Prevalece o esquema da Casa Grande & Senzala: enquanto a primeira mantém seus privilégios intocáveis e perpétuos, a segundo deve contentar-se com os favores eventuais. O gabinete do ódio entrelaçado com a Abin paralela serve justamente para controlar a ferro e fogo o funcionamento desse esquema funesto e retrógrado, que há séculos assola a sociedade brasileira.

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