12 Dezembro 2023
Quem se dirigir num domingo à Igreja do Relógio, no centro de São Leopoldo (RS), vai se deparar com um segurança postado junto às grades do templo ou no outro lado da rua, observando a movimentação de carros e de pessoas. Quem passar em frente ao templo da Igreja Episcopal Anglicana, na Rua Independência, principal artéria da cidade, verá um segurança parado discretamente na calçada.
A reportagem é de Edelberto Behs.
São os sinais dos tempos, melhor, os sinais dos templos. A medida parece necessária para a segurança de fiéis que se dirigem às igrejas em dias de domingo, quando a cidade se esvazia e talvez seja um momento propício a qualquer ato de bandidagem.
A preocupação com a segurança não se limita à esfera brasileira. Nos Estados Unidos, o Departamento de Segurança Interna lançou um guia – Metas de Desempenho de Segurança Física para Comunidades Religiosas – que traz um conjunto de ações que as congregações podem implementar com o objetivo de prover o “equilíbrio certo entre segurança e acessibilidade”.
“Os objetivos de desempenho de segurança física que estamos lançando proporcionam às igrejas, sinagogas, mesquitas e outras instituições religiosas estratégias econômicas, acessíveis e facilmente implementáveis para aumentar a sua segurança e reduzir o risco para as suas comunidades”, explicou o secretário do Departamento de Segurança Interna, Alejando Mayrkas, ao repórter Michael Gruboski, do portal The Christian Post.
O diretor de Segurança Global da Igreja Metodista Episcopal Africana, Ako Cromwell, definiu o guia como “uma ferramenta clara, concisa e conveniente, excelente para qualquer organização religiosa”.
O guia está dividido em cinco categorias: Identificar, Proteger, Detectar, Responder e Recuperar. A seção “Identificar” aborda tópicos como a prevenção de riscos sobre possíveis ameaças e vulnerabilidades; “Proteger” centra-se na melhoria das medidas de segurança e da tecnologia de vigilância nas propriedades das congregações de na criação de parcerias com a polícia local.
O tópico “Proteger” trata das medidas de segurança e o uso de tecnologia para a vigilância das congregações. “Detectar” encoraja fiéis a denunciarem comportamentos considerados esquisitos. “Responder” promove o sistema de comunicação para a emergências em tempo hábil; o item “Recuperação” informa as instituições sobre a avaliação de danos quando ocorre um incidente e a adoção de cronograma para a retomada dos serviços religiosos.
O guia, informa Gruboski, deve-se às estatísticas de ataques em locais de culto nos Estados Unidos, desde vandalismo de propriedades até tentativas de tiroteios em massa. Segundo relatório do grupo conservador Family Research Council, ocorreram pelo menos 400 ataques contra igrejas nos Estados Unidos desde 2018. Em relatório suplementar, a entidade registrou 70 atos de vandalismo contra igrejas durante os três primeiros meses de 2023.
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Sinal dos templos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU