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Além de calendários, velas e guirlandas existe o Advento do santuário interior. Artigo de Giovanni Maria Vian

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15 Dezembro 2023

"Resta, Halík está convencido, a resposta dos místicos. Porque 'só quem, da distração da cotidianidade desceu ao santuário interior da sua própria vida, pode realmente encontrar o Deus vivo'", escreve Giovanni Maria Vian, historiador e ex-diretor do L'Osservatore Romano, em artigo publicado por Domani, 10-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Os calendários e guirlandas do Advento são agora um costume quase completamente secularizado. Mas teólogos como Ratzinger e Rahner e as homilias do padre checo Tomáš Halík ligam esse período à dimensão de uma fé que, mesmo se confrontando com a história, é vivida com mais intensidade e interiorização.

Se lojas de departamentos, pequenos comércios e até jornais não tivessem começado há alguns anos a comercializar entre as decorações e produtos natalinos também os calendários do Advento, quantas pessoas se dariam conta deste breve tempo litúrgico que antecede o Natal? Claro, são principalmente as crianças que contam com crescente impaciência os dias que as separam da festa mais aguardada do ano.

Nesses calendários de dezembro, de contagem regressiva, todos os dias é aberta uma janelinha que revela figuras coloridas, até chegar justamente ao Natal. Mas, para comprovar que esperar com paciência é cada vez mais difícil, as janelinhas escondem doces ou pequenos presentes cotidianos.

As origens dos símbolos

O costume é, portanto, quase completamente secularizado e absorvido pela pervasiva cultura do consumo, mas suas origens são religiosas, enraizadas no protestantismo. De fato, foi um teólogo evangélico alemão, Johann Hinrich Wichern, que o introduziu pela primeira vez em 1839 pensando nas crianças de um orfanato que ele havia fundado em Hamburgo: todos os dias do Advento na roda de uma carroça se acendia uma pequena vela, que era maior aos domingos.

Assim, começaram a se espalhar, primeiro no mundo protestante, duas formas de acompanhar a espera do Natal. Por um lado, com esses calendários diários, que logo assumiram outras formas, muitas vezes preparados em casa e caracterizados justamente por janelinhas que vão sendo abertas num papelão decorado, como Thomas Mann conta nos Buddenbrooks. Por outro lado, com a guirlanda do Advento, que mais tarde também foi amplamente adotada no culto católico e é composta por quatro velas. Muitas vezes a cor das velas é aquela da liturgia: roxo (muitas vezes transformado em vermelho) e rosa para o terceiro domingo, antigamente denominada Gaudete. O nome deriva da primeira palavra do canto latino que introduz a liturgia daquele dia e é extraída de uma das cartas autênticas de São Paulo, aquela aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor. Outra vez digo, alegrai-vos. Perto está o Senhor".

E, portanto, a expectativa pelo seu retorno – mesmo no fim dos tempos – está prestes a ser cumprida.

As diferenças

No rito romano, o tempo do Advento, que abre o ano, é marcado pelos quatro domingos que precedem o Natal, enquanto no Oriente – e no rito ambrosiano, que preserva usos litúrgicos orientais – o período é mais longo, começando em meados de novembro e incluindo seis domingos, quase como a Quaresma. Um tempo semelhante em alguns aspectos ao da Quaresma: jejum e sobriedade, hoje quase abandonados, acompanham, portanto, essa espera por Cristo.

E, de fato, a espera, destacada pelos tantos calendários e guirlandas que se acendem, marcam esse tempo da “vinda” (em latim adventus). "O que propriamente estamos esperando no Advento? A primeira vinda de Cristo? Está atrás de nós. Sua segunda vinda? Nós a tememos, não a desejamos", respondeu Joseph Ratzinger meio século atrás em um dos textos que, como num breviário (Toccati dall'invisibile, Queriniana), acompanham todos os dias do ano.

E o Natal? “A espera pela festa de um evento religioso tornou-se um fato comercial, que depois é substituído por outro" o futuro Papa ainda constatava: "Parece que o cristão não espera nada e que a esperança cristã é uma palavra vazia e por isso mesmo segue a lei do vazio, ou seja, se deixe preencher por outras esperanças."

Presente e futuro

Vinte anos antes da reflexão de Ratzinger, um de seus colegas mais idosos, o jesuíta Karl Rahner, publicou meditações sobre o ano litúrgico – devido ao seu sucesso depois em parte gravadas em discos (obviamente de vinil) – e do Advento destacava “um estranho emaranhado de presente e de futuro, de existência e de não existência, de posse e de espera".

Esse período, "que já não é mais o outono, mas que ainda não é o inverno", é de fato propício para viver a fé com maior intensidade e interiorização.

As mudanças sazonais nas últimas semanas do ano convidam a se virar para dentro de si mesmos, observava o influente teólogo. “O mundo torna-se mais calmo. Todas as coisas ao nosso redor perdem a sua cor e assumem tons pálidos. Começamos a sentir calafrios. Ficamos menos entretidos pelo caleidoscópio de nossos assuntos e pela confusão ensurdecedora do mundo exterior". Tendemos assim a nos recolher, acabando por sentir, decepcionados e melancólicos, a inexorável passagem do tempo.

Mas “para que o ciclo desesperador do nascimento e da morte fique imobilizado na verdadeira realidade” basta pouco, concluía Rahner, ou seja, simplesmente "crer nesse advento de Deus que fez irrupção no nosso tempo, em outras palavras, suportar pacientemente o torniquete amargo e duro deste tempo, e seu poder de morte, recusando a acreditar que teria a última palavra, aquela da negação e do nada."

É assim que se escolhe “a alegria do Advento”. Assim, no coração dos homens entra “o Advento em pessoa", que é "o próprio Senhor, que já veio no tempo da nossa carne para redimi-lo".

No "santuário interior"

Hoje outras reflexões sobre “Advento e Natal de uma época inquieta”, aquela dos nossos dias, chegam de um pensador checo, Tomáš Halík, padre católico, expoente da resistência ao regime comunista, amigo por quase quarenta anos de Václav Havel e depois seu conselheiro.

O recente pequeno livro de Halík (Si destano gli angeli, Os anjos despertam, em tradução livre) – publicado pela Vita e Pensiero como outros quatro (entre os quais o Entardecer do Cristianismo, considerado o seu mais importante) – é dedicado “aos heroicos defensores da Ucrânia livre da agressão russa" e recolhe as suas homilias dos último anos para este tempo litúrgico, em parte transmitidas durante a pandemia.

O título do pequeno livro é inspirado em um verso do poeta e pintor Bohuslav Reynek para o quarto Domingo do Advento e o despertar dos anjos - em contraste com as misérias humanas – sugere a Halík a memória de uma época emocionante, quando em 1989, na noite anterior à véspera de Natal acompanhou o Bispo Jaroslav Škarvada até o amigo Havel, no seu retorno do exílio em Roma: “Foi justamente a partir daquela conversa, ocorrida poucos dias antes das eleições presidenciais, que nasceu a ideia de uma ocasião importante, a primeira visita de um pontífice na história tcheca", realizada quatro meses mais tarde por João Paulo II. Mas se naquele extraordinário ano de 1989 “o Advento pareceu a alegre expectativa da celebração já próxima para o renascimento da liberdade e da democracia na nossa terra", o desaparecimento de Havel - "hoje despertou também o anjo da morte" – num outro quarto domingo de Advento, em 2011, marcou o fim de uma época de esperança. “Não estamos vendo se espalhar na sociedade frio pragmatismo, cinismo e grosseria?” Halík se pergunta.

E hoje, diante das trevas contemporâneas, “se a Rússia conseguisse dobrar a resistência da Ucrânia e o mundo pudessem apenas tomar nota disso, isso significaria encorajar todos os ditadores e os agressores do planeta e lançar um enorme descrédito sobre o Ocidente e os seus tão declamados valores” escreve Halík. Que – graças à sua história pessoal como resistente durante a opressão totalitária na Checoslováquia – não tem ilusões e expressa um ponto de vista realista e dramático sobre o conflito.

Nessas homilias do tempo de Advento e de Natal o confronto com a história e a cultura contemporâneas é constante.

Assim, “depois de uma crise persistente das religiões tradicionais e das certezas metafísicas, chegamos ao colapso das certezas do humanismo secular e da confiança moderna na onipotência do progresso técnico-científico”, esmigalhado pela pandemia e pelas guerras.

Resta, Halík está convencido, a resposta dos místicos. Porque “só quem, da distração da cotidianidade desceu ao santuário interior da sua própria vida, pode realmente encontrar o Deus vivo".

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