26 Outubro 2023
Criminosos atearam fogo em 35 ônibus e até na cabine de um trem da Supervia entre a tarde e a noite de segunda-feira.
A reportagem é de Vinícius Lisboa, publicada por Agência Brasil, 24-10-2023.
Os ataques ao transporte público do Rio de Janeiro, realizados por milicianos na tarde e noite de segunda-feira (23), deixaram mais de 13 mil alunos sem aulas entre a noite de segunda e a manhã desta terça-feira (24).
Segundo a Secretaria de Estado de Educação, 12 unidades suspenderam as aulas noturnas nas áreas afetadas pelos ataques, afetando cerca de 2,9 mil alunos.
Nesta terça-feira, nenhuma escola estadual foi fechada, segundo a secretaria, mas há baixa adesão de alunos. A pasta afirma que a direção das unidades escolares possui autonomia para tomar as providências necessárias visando preservar a integridade física de alunos, professores e funcionários.
Na rede municipal, chega a 24 o número de unidades escolares que não abriram nesta terça-feira. Apesar disso, há atendimento remoto, segundo a Secretaria Municipal de Educação do Rio. O número de alunos afetados pela suspensão das aulas presenciais é de aproximadamente 10,5 mil.
Criminosos atearam fogo em 35 ônibus e até na cabine de um trem da Supervia entre a tarde e a noite de segunda-feira, após uma operação policial ter resultado na morte de uma das lideranças da milícia que atua na zona oeste do Rio.
A onda de crimes também afetou as universidades públicas federais e estaduais localizadas na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Leia mais
- O submundo do crime no Rio de Janeiro
- Guardian destaca ‘possível motivação política’ dos assassinatos no Rio de Janeiro; veja repercussão
- Genérico, improvisado e bilionário: o plano de combate ao crime do governo Lula
- Milícias e Estado: “Como não se quer confronto, silencia-se. Mata-se. Fica por isso mesmo. A conjuntura vai sendo manipulada”. Entrevista especial com José Cláudio Alves
- “No Rio de Janeiro a milícia não é um poder paralelo. É o Estado”. Entrevista com José Cláudio Souza Alves
- Marielle e os dois pilares do poder e do capitalismo: o patriarcado e o aparato do Estado penal racista. Entrevista especial com Alana Moraes e José Cláudio Alves
- Intervenção no Rio de Janeiro é mais uma encenação político-midiática. Entrevista especial com José Cláudio Alves
- Metrópole e Ordem Urbana. Pela desmilitarização da polícia. Entrevista especial com José Claudio Alves
- Genocídio e violência no Brasil. Desigualdade e preconceito perpetrados pela sociedade e pelo Estado
- Vulnerabilidade da população negra à violência policial e à pandemia revela racismo estrutural no Brasil
- “A desgraça do Brasil é sua política, culpa de uma herança colonial não superada”. Entrevista com Frei Betto
- A linguagem da violência que contaminou a sociedade destrói a democracia. Entrevista especial com Ivana Bentes
- Acumulação social da violência no Brasil. Entrevista especial com Daniel Hirata
- O discurso do medo que fragiliza o enfrentamento da violência. Entrevista especial com Larissa Urruth Pereira
- A milícia é hoje a malha que recobre o país, das urnas à face do “cidadão de bem”. Entrevista especial com José Cláudio Alves
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Violência no Rio fecha mais de 30 escolas e deixa 13 mil alunos sem aulas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU