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Hereges do mundo, “unidos”

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27 Setembro 2023

Nascemos hereges e morremos tiranos. Quando era socialista, Mussolini assinava alguns artigos como “verdadeiro herege”. E o futuro Duce é o autor de Giovanni Huss, il veridico, uma das primeiras monografias históricas publicadas na Itália sobre o teólogo e pregador tcheco que foi queimado na fogueira em 1415 em Constança, Alemanha, apesar das garantias que lhe foram dadas pelo imperador dos Habsburgos, Sigismundo, para convencê-lo a participar do concílio.

Publicou-o em 1913 All’insegna dell’acacia, editora maçônica. Na época o império austro-húngaro ainda se mantinha e os tchecos eram os seus súditos, mas faltava pouco para o atentado de Sarajevo e para a Primeira Guerra Mundial. Mussolini fará desaparecer o comprometedor livro quando negociará com o Vaticano o Tratado de Latrão. Ele negará o quanto escreveu também com os fatos: em 1938 é um dos defensores do acordo de Munique, com o qual Hitler toma os Sudetos, territórios fronteiriços da Tchecoslováquia. No entanto, falando de Jan Hus – se escreve apenas com um "s" –, Mussolini havia exaltado o orgulho nacional boêmio que o "herege" encarnava a partir da escolha de pregar em tcheco e não no latim imposto pela Igreja, criticando também a riqueza e a venda de indulgências. Giovanni Huss, il veridico, foi reproposto em 2006 pela Arktos.

A reportagem é de Antonio Armano, publicada por Il Fatto Quotidiano, 25-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

A grotesca história é contada em Eretiche ed eretici medievali: La “disobbedienza” religiosa nei secoli XII-XV, [Mulheres e homens hereges medievais: a “desobediência” religiosa nos séculos XII-XV], volume editado por Marina Benedetti, professora de história do cristianismo na Universidade Estatal de Milão. O capítulo relativo foi escrito por Pavel Helan. O aspecto terminológico é muito importante. Os "chamados hereges", como os define um dos autores, Grado Giovanni Merlo, conhecido internacionalmente por seus estudos sobre São Francisco, não se percebem absolutamente como tais, mas são assim rotulados pela Igreja: “O herege medieval é um cristão que busca a fidelidade à mensagem evangélica”. Como os valdenses, seguidores de Valdo de Lyon, apresentados no capítulo escrito por Merlo: pregadores itinerantes que renunciaram aos bens materiais e levam a sua mensagem de casa em casa, muitas vezes aos pares, como os apóstolos, recebendo comida e às vezes roupas, nunca dinheiro (após a repercussão mediática do encontro Italia Viva no Twiga, de Daniela Santanché, Carlo Calenda se dissociará evocando o ramo da família valdense). Descritos como ignorantes em temas religiosos, não pertencentes a nenhuma ordem monástica, violam o princípio da exclusividade da pregação, reservada apenas aos homens da Igreja. Por isso são excomungados e perseguidos.

Um exemplo esclarecedor da percepção especular entre “hereges” e acusadores é a Rússia de Pedro, o Grande (estamos saindo do escopo do livro). Os ortodoxos que não aceitaram as reformas do Patriarca Nikon imposto pelo czar são perseguidos e definidos como "cismáticos", enquanto nada mais fizeram que permanecer fieis à tradição. Menos depreciativamente chamados de “velhos crentes”, alguns grupos extremistas ainda hoje rejeitam qualquer inovação sucessiva ao “cisma”. Como a eremita Agafya Lykova, que cresceu na Sibéria, onde seus pais lhe deram à luz para escapar das perseguições de Stalin, única sobrevivente da família, exterminada pelo contato com o exterior depois de anos de isolamento, à qual foram dedicados documentários e um livro traduzido na Itália por Pia Pera, Vasilij Peškov, Eremiti nella taiga (Mondadori, 1994).

Para ficar no tema do gênero: Mulheres e homens hereges medievais, a partir do título, coloca ênfase na experiência feminina do que poderíamos chamar mais corretamente de "não conformismo religioso": "quis se antepor o feminino ao masculino para provocar um urgente deslocamento de ponto de vista”, escreve a curadora. Figuras silenciadas pela historiografia ou transmitidas de forma redutiva e estereotipada como Margarida, a "companheira" de Dolcino, termo por vezes confundido como amante. Dante, que era contemporâneo do herege e demonstra simpatia por ele, mesmo que o coloque no inferno junto com Maomé, nem menciona Margarida. Mas a partir dos comentaristas da Divina Comédia, principalmente o filho de Alighieri, começam a surgir muitos mal-entendidos sobre ela. Outra figura enigmática e extraordinária sobre a qual Benedetti escreve é Guilhermina da Boêmia.

Viveu no século XIII em Milão, morreu com fama de santidade e foi sepultada na abadia cisterciense de Chiaravalle. Tanto que a água e o vinho com que seu cadáver foi lavado foram usados para confirmar os devotos. Depois declarada herética - com relativas lendas orgiásticas -, desenterrada e provavelmente queimada para impedir o culto de seus restos mortais, tornou-se um ícone feminista na década de 1960. O lugar que seu túmulo supostamente ocupou será tomado por aquele de Raffaele Mattioli em 1973. Inicialmente sepultado no Famedio, o banqueiro, editor e antifascista manifestou o desejo de ser sepultado no cemitério do mosteiro, para cuja restauração havia contribuído. O local desse estranho cruzamento de destinos póstumos não pode ser visitado hoje.

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