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Toda a luz contida na humildade. Artigo de Gianfranco Ravasi

Foto: Pexels

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02 Agosto 2023

"Quando nos libertamos do manto da posse orgulhosa, do perfume inebriante do prazer e do lastro das coisas, abre-se o caminho na alma da pessoa humilde não tanto o vazio que o egoísta sente, mas sim uma leveza, uma liberdade, uma paz interior".

O artigo é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, ex-prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, publicado por Il Sole 24 Ore, 23-07-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

Mãe das virtudes. O filósofo catalão Francesc Torralba Roselló reconhece nela o nosso limite, mas também o potencial que ela possui. Mário Soldati acertava em cheio quando nas Lettere da Capri (1954) observava que “a humildade é aquela virtude que, quando a temos, acreditamos não ter”. É o exato antípoda do primeiro dos vícios capitais, a soberba e, portanto, é difícil na prática porque é muito mais fácil exibir uma cauda de pavão, para usar uma famosa imagem cunhada por Ovídio em suas Metamorfoses. Lapidário e até mesmo fulminante foi Julien Green quando transcreveu o evangélico “Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado": "Não podendo nos fazer pessoas humildes, Deus nos faz humilhados” (assim escreve em seu Journal).

Uma reflexão criativa sobre essa virtude é agora proposta por um dos melhores filósofos espanhóis contemporâneos, o catalão Francesc Torralba Roselló (1967), professor da Universidade Ramon Llull di Barcelona. A sua é uma operação de ressignificação dessa virtude, extraindo-a do pântano semântico pietista e atribuindo-lhe um elevado nível antropológico, apesar de etimologicamente estar ainda ancorada ao húmus, portanto ao solo que pisamos. No entanto, justamente essa base pode nos servir de trampolim para a ascensão porque, longe de ser uma aplicação do complexo de inferioridade, a humildade é o reconhecimento realista da limitação, mas também do nosso potencial que ela guarda.

Nessa trajetória, Torralba empreende um caminho de desmitificação que despoja a virtude das equivalências com a inferioridade, a submissão, a imperfeição, a pusilanimidade. No entanto, abre outro percurso luminoso confiado a uma série de etapas que só podemos enumerar e que são descritas de forma clara e até atraente, libertando a humildade das tristes vestes em que foi envolta por uma específica retórica moralista ou espiritualizante. É, claro, é a consciência das próprias fronteiras, de forma que “a pessoa humilde não pontifica, mas limita-se a narrar a sua própria experiência” e faz isso não com cabeça curvada e penitencial, mas de forma pacata e sincera (o exemplo a que o filósofo recorre várias vezes é a poderosa figura mística e literária de Santa Teresa de Ávila).

É por isso que a pessoa humilde não ignora o humor libertador e catártico que faz rir de si mesmos e que não é brandido como uma arma contundente contra os outros. Aliás essa virtude tem por irmã a gratidão, na consciência de ter recebido tanto, ao contrário da cegueira de soberbo, convencido de ter elaborado por si mesmo a teia suprema de todos os méritos. O filósofo Jankélévitch assinalava que outra irmã mais nova da humildade é a modéstia, do latim modus, “medida”, que nasce precisamente da consciência do limite e por isso não banca e embarca em aventuras capazes de levar a quedas clamorosas (as famosas "humilhações", que castigam a humildade interesseira, ou seja, hipócrita).

Jankélévitch é citado por Torralba com sua obra Le pardon porque no círculo dos valores humildes há a dinâmica da reconciliação, impossível para os entrincheirados no recinto egocêntrico da arrogante soberba. O corolário consequente é a compaixão e, mais uma vez, como o centro da gravidade de ambas as virtudes há a consciência e a experiência da fragilidade comum, pelas quais se entra em empatia com a indigência que toda criatura humana revela. Hemingway acrescentava outro vínculo de parentesco: “O segredo da sabedoria, do poder e do conhecimento é a humildade”. O verdadeiro sábio, de fato, sabe que não sabe e isso o enche com o desejo de ascender às altas sendas da pesquisa e da “audácia de perguntar”, nas várias acepções, não só gnosiológicas, que esse verbo comporta.

O caminho traçado por Torralba embrenha-se por outras ramificações, como a do desapego que é um antídoto para a insatisfação contemporânea, narcotizada sem sucesso por “uma espécie de neo-hedonismo de alta voltagem". O autor continua: “o desapego não é evasão, nem fuga do mundo, nem desprezo pelo que é terreno; é uma tomada de distância, no sentido espiritual, uma prática de ponderação do real valor que cada coisa tem”, ao contrário do “arrogante que sucumbe à tentação de se acreditar Deus e que tudo o que ele começa dura para sempre”, forçado depois à metamorfose de suas ilusões em delírios. O desapego é um "desatar-se" de algo a que estamos agarrados de forma desatinada. Quem se livrou desse nó adquire um dote invejável, a serenidade, assim como a paciência e a superação da "idolatria da velocidade".

Quando nos libertamos do manto da posse orgulhosa, do perfume inebriante do prazer e do lastro das coisas, abre o caminho na alma da pessoa humilde não tanto o vazio que o egoísta sente, mas sim uma leveza, uma liberdade, uma paz interior.

É claro que “desapegar-se das emoções não significa censurá-las, amputá-las ou envergonhar-se delas, mas requer um laborioso trabalho espiritual, um treinamento que envolve toda a nossa pessoa”. O resultado, porém, é precisamente aquela serenidade a que tantas vezes aspiramos pensando-a inalcançável. Nesse horizonte de quietude, a humildade torna-se "condição sine qua non para se aproximar do mistério de Deus, para investigar aquela Realidade que nos transcende, que está além do tempo e do espaço". Com S. Agostinho podemos então concluir que a humildade é a mater virtutum ou, com Cervantes, que é "a base e o fundamento de todas as virtudes: sem ela, nenhuma delas realmente existe".

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