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Pascal influenciou mais do que apenas religião. Entrevista com Laurence Devillairs

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24 Junho 2023

Laurence Devillairs, professora da Universidade Pantheon-Sorbonne, em Paris, fala do legado de Blaise Pascal, cujo aniversário de 400 anos está sendo comemorado nestes dias.

A entrevista é de Elodie Maurot, publicada por La Croix International, 20-06-2023.

O lendário matemático, físico, filósofo e teólogo Blaise Pascal continua a influenciar pensadores contemporâneos mesmo 400 anos após seu nascimento em 19-06-1623 no centro da França.

Mas Laurence Devillairs, professora de filosofia da Universidade Pantheon-Sorbonne, diz que as contribuições intelectuais de Pascal não devem se limitar à religião ou à fé em si.

Eis a entrevista.

O que você acha da relação muito especial que os franceses têm com a obra e a figura de Pascal?

Acho que há uma filosofia francesa que transcende as fronteiras nacionais, que inclui Pascal, mas também Nietzsche, que afirmou que "o sangue de Pascal" corria em suas veias e que ele estava simplesmente "escrevendo sob o ditado (de Pascal)". Essa filosofia de estilo francês concentra-se em particular no eu, uma expressão inventada por Pascal.

Mistura imagens e ideias. Seu tom é irônico e moralista, no sentido de que expressa o ridículo e a inquietação da pessoa humana, suas errâncias e aspirações. Pascal é o antídoto para Voltaire: é o cristão mordaz e inteligente que expõe nossas fraquezas e nossas grandezas, que ri de nós e nos assusta ao mesmo tempo.

O que acha que explica sua posteridade? Ele é talvez o único teólogo, junto com Santo Agostinho, que ainda hoje é lido fora da Igreja...

Pascal é herdeiro de Santo Agostinho no seu estilo, nas teses que defende, e no fato de o seu ponto de partida ser a pessoa interior e, mais ainda, a pessoa que sou. Este ponto de partida “íntimo” confronta-nos tanto com a nossa inconsolabilidade – “nada nos pode consolar”, lemos nos Pensamentos – como com a nossa aspiração a algo maior do que nós próprios. "O homem transcende infinitamente o homem", afirma Pascal. Desde o início, somos levados a bordo por esses autores.

Pensamentos são, de certa forma, as confissões de Pascal: contêm muito poucas teses ou desenvolvimentos teológicos, mas oferecem uma descrição da condição humana. O Pascal da teologia não é o Pascal dos Pensamentos, mas o Pascal dos Escritos sobre a graça ou dos panfletos espirituais, como Sobre o bom uso da doença ou Sobre a conversão do pecador. Se Pascal tivesse escrito apenas esses resumos devocionais, não o leríamos mais... ou tão pouco como fazemos de Pierre de Bérulle, por exemplo.

Pascal, como Agostinho, conseguiu a façanha de escrever teologia para todos, uma obra de inteligência e fé, na qual filosofia e cristianismo se aliam. Felizmente, o cristianismo pode se valer dessa herança. É um legado inestimável.

Como a preocupação de Pascal, que você explora com grande sutileza em seu mais recente livro (Philosophie de Pascal: le principe d'inquiétude), se aproxima das preocupações das pessoas do século XXI?

Sempre me irrito com as leituras maniqueístas de Pascal: de um lado, a felicidade do convertido, de outro, a miséria de quem não tem Deus; por um lado, graça, por outro, pecado. Entre a natureza e a graça, existe o inquieto, em oposição ao que se entretém. Através do nosso entretenimento constante – da política à ciência, das mesas de jogo às nossas vênias – distraímo-nos de pensar em nós próprios, no sentido da nossa existência.

Costuma-se dizer que o entretenimento é uma forma de não pensar na morte, segundo Pascal. Mas também é uma forma de não pensar em nada. Porque pensar no que somos e no que fazemos seria ver o que não queremos ver. Significaria entender que "nada pode nos consolar". Somos inconsoláveis e passamos a vida implorando por consolos... que falham.

Preocupar-se, ao contrário, é olhar a vida de frente, confrontar a verdade e a realidade, o terrível do real, para usar a expressão de Pascal. Para pensar, devemos primeiro nos preocupar. Pascal quer perturbar nossos confortos, perturbar nossa tranquilidade ilusória. Não creio que tenha sido dada atenção suficiente a essa ansiedade, embora para Pascal seja uma das características da condição humana, juntamente com o tédio e a inconstância.

Em seu projeto apologético altamente ofensivo, Pascal quer confundir o homem sem Deus. Não está assim irredutivelmente distante da nossa modernidade?

De minha parte, gostaria de falar da filosofia de Pascal. Lamento ver Pensamentos reduzido a uma apologética, que nos faz passar rápido demais e até perder a força conceitual que ela envolve. Entretenimento, como acabamos de discutir, é um conceito.

Funciona numa apologética, sem dúvida, mas funciona como um conceito autônomo: como explicar nossa inquietação, nossa superocupação, nosso frenesi de atividade, nossa obsessão pelo fazer - caminhar, meditar...? Se viver fosse em si a felicidade, por que nos "entretemos" constantemente? É o que aponta Pascal. E não consigo pensar em uma análise moderna mais poderosa.

Essa busca da felicidade, constantemente decepcionada porque o que desejamos supera o nosso desejo, essa sede do absoluto, diga-se de passagem, nada moderno a descreve com tanta força. Acho que só se não fizermos de Pascal uma pessoa devota, mas o lermos como um filósofo, poderemos entender o poder conceitual em ação em Pensamentos. É um pouco míope ver nesta obra apenas uma defesa do cristianismo. Nem todos os cristãos são Pascal. Longe disso.

O que acha mais atraente no trabalho dele?

Fiquei fascinada por Pascal desde tenra idade, mas desconfio de meus próprios fascínios. Voltei para Pascal e nunca mais o deixarei, graças ao trabalho de Philippe Sellier, que me ensinou tudo o que sei. Para mim, Pascal é uma escola de liberdade, e não consigo pensar em nada mais precioso, tanto para a fé quanto para a filosofia.

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