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Stephen Hawking e a tecnologia que vai melhorar – ou destruir – o mundo

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05 Junho 2023

“Se admitimos que não é possível impedir que a ciência e a tecnologia mudem o mundo, podemos ao menos tentar fazer com que caminhem na direção correta”. Mais pragmático do que otimista em relação ao progresso humano, ao receber o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia, em 1989, o astrofísico britânico Stephen Hawking proferiu um de seus discursos mais comprometidos e proféticos. É o texto que oferecemos na íntegra.

A reportagem é de Ramón Álvarez, publicada por La Vanguardia, 02-06-2023. A tradução é do Cepat.

A ciência e a tecnologia nos permitem viver mais e melhor, mas também vislumbrar o caminho da autodestruição, disse em um momento em que o degelo entre os blocos Ocidental e Oriental cediam espaço a outros desafios que, até aquele momento, poucos apontavam, como a mudança climática, a engenharia genética e o potencial da computação.

Diante deste panorama de progresso científico e tecnológico tão imparável como incerto para Hawking, só restava tomar medidas para que ninguém ficasse alheio, situando a transmissão de conhecimento ao nível da pesquisa e inovação. Ou seja, levando qualquer avanço até o público em geral, em um trabalho informativo que deveria corresponder tanto às instituições públicas como privadas.

Para o cientista, só assim seria evitada qualquer lacuna e o cidadão estaria consciente e responsável por seu progresso. Um modelo que, para o astrofísico, contribuiria decisivamente para a formação de sociedades democráticas.

Mais de três décadas depois, é óbvio que ninguém assumiu essa responsabilidade e que o cidadão comum, mais do que dono, é mero espectador - ou consumidor - do desenvolvimento da ciência e da tecnologia. E as instituições que deveriam monitorar e examinar esse progresso parecem incapazes de lutar efetivamente contra alguns dos desafios que Hawking já apontava, como a crise climática e a regulação dos avanços da inteligência artificial.

O cientista premiado encerrou sua intervenção com um toque de humor ácido: “Sabem por que os extraterrestres não fizeram contato conosco? Porque qualquer civilização, ao atingir nosso nível de desenvolvimento, autodestrói-se”. A NASA, por via das dúvidas, já começou a investigar os OVNIs.

O discurso de Hawking

Gostaria de dizer algumas palavras sobre a consciência e as atitudes públicas diante da ciência e da tecnologia. Gostemos ou não, o mundo em que vivemos mudou muito no último século e, provavelmente, mudará ainda mais nos próximos cem anos.

Alguns gostariam de interromper essas mudanças e retornar ao que consideram ser uma época mais pura e mais simples. Contudo, a história ensina que o passado não foi tão maravilhoso. Não foi tão ruim, é verdade, para uma pequena minoria privilegiada, embora também carecessem dos benefícios da medicina moderna e até mesmo os partos constituíam um alto risco para as mulheres. Para a maioria da população, a vida era sórdida, brutal e curta.

De qualquer modo, mesmo que alguém quisesse, não poderia voltar o relógio do tempo para uma época anterior. O conhecimento e as técnicas não podem ser relegados ao esquecimento, nem podem impedir mais avanços no futuro. Mesmo que todo o orçamento governamental para a pesquisa fosse cortado, a força da concorrência entre as empresas traria avanços tecnológicos.

Ninguém também poderia impedir que as mentes indagadoras pensassem sobre as ciências básicas, mesmo que não recebessem para isso. O único caminho para evitar novos avanços seria um estado mundial totalitário, que suprimisse qualquer inovação. Mas, a iniciativa e a engenhosidade humanas são tais que não teriam sucesso. Tudo o que se conseguiria seria diminuir o ritmo da mudança.

Se admitimos que não é possível impedir que a ciência e a tecnologia mudem o mundo, podemos ao menos tentar fazer com que caminhem na direção correta. Em uma sociedade democrática, isso significa que os cidadãos precisam ter alguns conhecimentos básicos das questões científicas para que possam tomar decisões informadas e não depender unicamente dos especialistas.

Hoje, a sociedade tem uma atitude ambivalente em relação à ciência. Considera um fato o contínuo aumento do nível de vida, fruto dos novos avanços da ciência e da tecnologia. No entanto, também desconfia da ciência porque não a compreende. Essa desconfiança se reflete na caricatura do cientista louco, trabalhando em seu laboratório para produzir um Frankenstein. E é também um elemento importante do apoio que os partidos verdes recebem. Mas, por outro lado, as pessoas têm um grande interesse pelos assuntos científicos, principalmente a astronomia, como demonstra a enorme audiência de séries de TV sobre o cosmos ou ficção científica.

O que é possível fazer para aproveitar esse interesse e dar aos cidadãos a educação científica de que necessitam para tomar decisões informadas em temas como a chuva ácida, o efeito estufa, as armas nucleares e a engenharia genética? Claramente, a base deve estar no que se ensina nas escolas. No ensino escolar, muitas vezes, a ciência é apresentada de uma forma árida e desinteressante. As crianças a memorizam para passar nos exames, mas não veem sua importância no mundo que as rodeia.

Além disso, muitas vezes, a ciência é ensinada em forma de equações. E embora as equações sejam uma maneira concisa e exata de escrever ideias matemáticas, ao mesmo tempo atemorizam a maior parte das pessoas. Quando escrevi recentemente um livro de divulgação científica, fui alertado de que cada equação que eu incluísse reduziria as vendas pela metade. Incluí apenas uma, a mais famosa de Einstein: E=mc2. Talvez tivesse vendido o dobro sem ela.

Cientistas e engenheiros tendem a expressar suas ideias em forma de equações, pois precisam conhecer os valores exatos das quantidades. Contudo, para outras pessoas uma compreensão substancial dos conceitos científicos é suficiente. E isso pode ser expresso por palavras e diagramas, sem o uso de equações.

A ciência que as pessoas aprendem nas escolas pode nos oferecer um marco básico. No entanto, o ritmo do progresso científico agora é tão rápido que sempre surgem novos avanços depois que se deixa a escola e a universidade. Nunca aprendi nada sobre biologia molecular ou transistores na escola e, no entanto, a engenharia genética e os computadores são dois dos avanços que, provavelmente, mais mudarão nossa forma de viver no futuro.

Livros populares e artigos de revistas sobre ciência podem ajudar a conhecer novos avanços. Mas, mesmo o mais exitoso livro de divulgação é lido apenas por uma pequena parte da população. Só a televisão pode obter uma audiência de massa. Existem alguns programas científicos muito bons na TV, mas alguns só apresentam as maravilhas científicas como algo mágico, sem explicá-las ou mostrar como se encaixam no marco da ciência. Os produtores de programas científicos para a TV deveriam compreender que possuem a responsabilidade de educar o público, não apenas de entretê-lo.

Quais são os temas científicos a respeito dos quais as pessoas terão que tomar decisões no futuro? Sem dúvida, o mais urgente é o das armas nucleares. Outros problemas globais, como o abastecimento de alimentos e o efeito estufa possuem um desenvolvimento relativamente lento. Ao contrário, uma guerra nuclear pode significar, em poucos dias, o fim de toda a vida humana sobre a Terra.

A distensão entre o Oriente e o Ocidente, iniciada por Mikhail Gorbachev e a Perestroika, significou que o perigo de uma guerra nuclear desapareceu da consciência dos cidadãos. No entanto, enquanto houver armas suficientes para destruir várias vezes o nosso mundo, o perigo permanece aí.

As armas soviéticas e americanas continuam programadas para atacar as principais cidades do hemisfério norte. Basta um erro de computador ou uma rebelião dos responsáveis pelos mísseis para iniciar uma guerra global. É muito importante que a sociedade compreenda o perigo e pressione todos os governos para que cheguem a acordos de redução de armamentos. Provavelmente, não seria prático abolir por completo as armas nucleares, mas podemos diminuir o perigo reduzindo a sua quantidade.

Se conseguirmos evitar uma guerra nuclear, ainda existem outros perigos que podem nos destruir. Há uma piada de humor ácido que diz que o motivo de não termos sido contatados por uma civilização diferente da nossa é porque as civilizações tendem a se destruir quando alcançam o nosso nível. Não obstante, eu tenho fé suficiente nos homens para acreditar que não será assim.

Mais uma vez, gostaria de agradecer ao Príncipe das Astúrias e à sua fundação pelo Prêmio da Concórdia 1989. Minha esposa e eu gostamos de vir à Espanha e nos sentimos honrados por receber o prêmio”.

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