Conselho Mundial de Igrejas - CMI enfatiza ao Patriarca Kirill que a guerra deve acabar

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24 Mai 2023

“Quando uma guerra está em nossa presença, é nosso direito e responsabilidade como cristãos e como pessoas dizer ‘basta’. Vamos parar com isso e trabalhar pela paz!”. Foi o que disse o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas - CMI, o pastor Dr. Jerry Pillay, em entrevista à Mariane Ejdersten, depois de visitar por uma semana igrejas na Ucrânia e na Rússia.

A reportagem é de Edelberto Behs.

Pillay retornou da visita com uma perspectiva positiva: do CMI conseguir reunir as igrejas ortodoxas dos dois países numa mesa redonda em outubro para tratar da guerra e da união da família ortodoxa. Num diálogo que classificou como difícil, muito envolvente e desafiador, a delegação ecumênica encontrou-se com o Patriarca Kirill e o tema foi a guerra.

 A delegação do CMI relatou a Kirill a visita na Ucrânia. “Vimos o impacto do que está acontecendo com as pessoas, a perda de vidas e propriedades, e como essa guerra não tem sentido em termos de propósito e a trágica perda de vidas humanas – o que é realmente inaceitável. Relatamos o que vimos e dissemos que precisávamos trabalhar para acabar com essa guerra em particular”.

Embora reconhecendo o papel do CMI como construtor de pontes, Kirill procurou, de início, descartar a realização de uma mesa redonda entre as Igrejas Ortodoxa Russa, Ortodoxa da Ucrânia e Ortodoxa Ucraniana. O Patriarca alegou influências externas e mencionou, em particular, a questão dos Estados Unidos. Sem resolver esse ponto seria difícil chegar a uma mesa redonda, alegou.

Pillay lembrou a Kirill que a tarefa do CMI não é se envolver em política, “mesmo que isso seja necessário para soluções pacíficas para problemas reais”. E emendou: “Não temos uma agenda política e acreditamos que a Bíblia nos chama à paz. Nosso mandato é cumprir a vontade do Deus Triúno de trazer paz para o mundo”, frisou o líder ecumênico. “Vamos abrir as Escrituras e perguntar o que Deus está nos chamando a fazer, antes de sermos influenciados por essas outras forças. Servimos a um Deus justo que chama todos os crentes para trabalhar pela paz”, argumentou.

Na entrevista, Pillay lembrou os esforços da Igreja Católica em missões de paz, o que “é bem aceito e necessário”. Ele vê, porém, a responsabilidade do CMI no caso porque a família ortodoxa, hoje dividida, integra o organismo ecumênico, que tem, um dos propósitos trabalhar pela unidade dos cristãos.

“Devemos entender que no contexto da Ucrânia e da Rússia, os cristãos ortodoxos estão em grande número. Eles podem desempenhar um papel muito significativo e ter uma influência absolutamente poderosa na resposta à situação atual. Eles podem falar contra a guerra. Eles podem falar a favor da paz. A família ortodoxa e a unidade da família ortodoxa são essenciais nisso. Portanto, nos concentramos fortemente no fato de que precisamos reunir a família ortodoxa em unidade”, destacou.

Kirill disse à comitiva do CMI que a Igreja russa fará um diálogo interno, enquanto o organismo ecumênico dará continuidade a um documento conceitual para reunir ortodoxos numa mesa redonda e trabalhar pela paz e pela unidade.

Pillay pediu às igrejas parceiras do CMI para que continuem orando pelas pessoas na Ucrânia e na Rússia, para que essa guerra acabe e para a unidade da família ortodoxa. “Orem para que permaneçamos fiéis ao Evangelho em todos esses empreendimentos, para que possamos realmente olhar para um mundo que fala da justiça de Deus e da paz onde vivemos”, conclamou o líder ecumênico.

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