06 Março 2023
Naquele ano, os auditores ficais do trabalho resgataram 69 vítimas no Estado. Em 2022, foram 156 e, em 2023, já são 208.
O número de pessoas resgatadas de trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul triplicou desde 2021. Naquele ano, os auditores ficais do trabalho resgataram 69 vítimas no Estado. Em 2022, foram 156 e, em 2023, já são 208.
A informação é publicada por Sul21, 04-03-2023.
Por unanimidade câmara de vereadores de Caxias do Sul aprova que o Vereador Sandro Luiz Fantinel perca o mandato por xenofobia pic.twitter.com/Hn3UwvoQv3
— Tito (@TitoGremistazo) March 3, 2023
A revelação foi feita nesta sexta-feira (3) pela equipe de fiscalização da Superintendência do Ministério do Trabalho (MTE) no RS em uma reunião com o deputado estadual Miguel Rossetto (PT), na Assembleia Legislativa. “Nossa ideia é mostrar qual a real capacidade de fiscalização no Estado, diante da barbárie que vimos em Bento”, resumiu Rossetto. “A destruição do ministério no governo Bolsonaro e a terceirização das relações de trabalho, que gera precarização em razão da reforma trabalhista, abriram espaço para todo tipo de exploração sem responsabilização das empresas que contratam. O que ouvimos hoje é inaceitável”.
— Marcos Gomes (@jornalista31) March 6, 2023
Ao mesmo tempo em que o trabalho análogo à escravidão cresceu no Estado, a estrutura de fiscalização sofreu um grave desmonte desde 2016. O chefe da fiscalização no RS, Luiz Felipe Brandão, conta que hoje são apenas 145 auditores fiscais lotados no Estado, com 132 em exercício, incluindo a área administrativa. “Temos no Estado inteiro menos 100 auditores na rua”, revelou. “A extinção do ministério do Trabalho levou a uma enorme falta de estrutura”.
Desigualdade geográfica na arrecadação tributária revela baixa contribuição fiscal de estados do agronegócio em 2022. pic.twitter.com/Y7N0pQvYcB
— Marcio Pochmann (@MarcioPochmann) March 4, 2023
Os auditores presentes na reunião também foram responsáveis pela operação realizada em Bento Gonçalves na semana passada. Na opinião do chefe da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho do MTE RS, Sérgio Augusto Letizia Garcia, este foi o resgate mais violento do qual participou. No local, foram encontrados cassetetes, sprays de pimenta e máquinas de choques elétricos. E os relatos dos trabalhadores são de agressões verbais e físicas. “Nunca tinha visto nada parecido”, destacou.
Quem desejar adquirir produtos orgânicos, de ótima qualidade, busque as lojas e feiras do MST. Inclusive vinhos e sucos de uva integrais, sem agrotóxicos e sem trabalho escravo. pic.twitter.com/FdmdOKbz27
— Orlando Guerreiro ????????????? (@orlandoguerreir) March 4, 2023
O mandato do deputado Rossetto vai produzir um relatório com os dados para entregar ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Qualquer 'nota' minimamente ruim (e não criminosa/péssima):
— Gabriel Divan (@gabrieldivan) March 3, 2023
-pedir desculpas
-dizer que "acha inaceitável"
-meter alguma frase pronta "humanista"
-jurar que vai colaborar com toda investigação
Mas os caras reforçam a escrotice de modo que tudo grita, claramente: culpados. https://t.co/PK6YfPkKX9
Mais de 30 representantes de sindicatos e federações de trabalhadores urbanos e rurais participaram do encontro. Além do deputado federal, Elvino Bohn Gass, vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, do presidente da CUT/RS, Amarildo Cenci, e do presidente da CTB Gaúcha, Eder Pereira.
Uma sequência de absurdos que é inacreditável! Agora, a empresa responsável por manter mais de 200 trabalhadores em situação de trabalho escravo, apesar de todas as provas, nega que tenha feito isso e se recusa a pagar a indenização proposta pelo Ministério Público do Trabalho.
— Laura Sito (@laurasito) March 3, 2023
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Trabalho análogo à escravidão triplicou no RS desde 2021, revelam auditores fiscais do trabalho - Instituto Humanitas Unisinos - IHU