Conflito israelense-palestino: uma lógica mortal

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06 Março 2023

Casas foram queimadas e moradores atacados – tudo debaixo dos olhos de um exército israelense estranhamente passivo. Confrontado com imagens violentas da “expedição punitiva” que os colonos judeus lançaram sobre a cidade palestina de Huwara logo após o assassinato de dois israelenses em 26 de fevereiro, Benjamin Netanyahu assumiu a responsabilidade. Ele pediu aos colonos, de forma bastante inusitada, que não façam “justiça com as próprias mãos”.

A reportagem é de Isabelle de Gaulmyn, publicada por La Croix International, 01-03-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Foi um aviso muito tardio, considerando que as autoridades israelenses e palestinas que realizaram uma reunião de emergência na Jordânia no mesmo dia se comprometeram a “se envolver na desescalada in loco”. Houve escaladas de segurança nas semanas seguintes ao momento em que o novo governo de Israel chegou ao poder, deixando tanto os colonos quanto os palestinos sentindo que a força é a única resposta à força.

Isso está levando o país a um ciclo mortal de violência sem saída. Onze palestinos foram mortos em Nablus em 22 de fevereiro em resposta a ataques a civis.

No fim, os colonos israelenses que invadiram Huwara estavam simplesmente repetindo essa lógica. E é bastante irônico que o primeiro-ministro peça a eles que não “façam justiça com as próprias mãos”, já que sua reforma destinada a restringir os poderes da Suprema Corte provocou um movimento de protesto sem precedentes pelas ruas de Israel.

E, mesmo que os opositores da reforma não pareçam realmente preocupados com o destino do povo palestino, não podemos deixar de pensar que se trata da mesma deriva: uma democracia não pode abandonar um princípio tão fundamental quanto a separação dos poderes Judiciário e Executivo; nem pode ignorar de forma tão brutal os direitos de grande parte da população da Cisjordânia.

 

 

 

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