03 Outubro 2022
“Nós e as Desigualdades 2022”, pesquisa da Oxfam Brasil em parceria com o Instituto Datafolha, mostra que a população apoia a lei de cotas raciais nas universidades e vê com ceticismo o papel da meritocracia como escada para a melhoria de vida. Brasileiros e brasileiras querem emprego e renda para um futuro mais próspero.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
O sistema de cotas raciais é válido para um conjunto de 69 universidades e 38 distritos federais de educação, ciência e tecnologia. As mulheres negras constituem o maior grupo nas universidades públicas, conforme a análise de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elas representavam 35% do estudantado do ensino público superior em 2021.
De acordo com o levantamento da Oxfam/Datafolha, 74% do universo pesquisado acreditam que a lei de cotas para ingresso nas instituições de ensino federais representa um papel importante na redução das desigualdades; 22% discordam dessa constatação.
A pesquisa também mostra que 54% do universo ouvido discordam que “uma criança de família pobre que consegue estudar tem a mesma chance de ter uma vida bem-sucedida que uma criança nascida em família rica”; 45% concordam.
Datafolha entrevistou, de 8 a 15 de março passado, 2.564 pessoas em 130 municípios das regiões do país. O progresso do país, apontaram 85% dos brasileiros e brasileiras, está condicionado à redução da desigualdade entre ricos e pobres.
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População aprova o sistema de cotas para a redução das desigualdades - Instituto Humanitas Unisinos - IHU