Lava Jato ganha um museu virtual

(Foto: Divulgação)

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04 Agosto 2022

 

Por iniciática de um grupo de juristas, jornalistas e historiadores está disponível na internet o Museu da Lava Jato [acesse aqui] sob o lema “Lembrar para não repetir”. O espaço virtual tem três pilares: o Centro de Documentação, com acervo jurídico e jornalístico; o segundo pilar é o Grupo Interdisciplinar de Pesquisa sobre Lawfare (Giplawfare); e terceiro é o Memorial da Vigília Lula Livre.

 

A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.

 

O museu reúne mais de 80 mil notícias armazenadas com filtros de pesquisa, processos jurídicos catalogados, e uma galeria com mais de 8 mil fotos da Vigília, separadas em acervo por dia, ano e autor. O Giplawfare traz indicação de artigos, livros e ensaios sobre os processos.

 

“O projeto visa institucionalizar de maneira crítica a memória dos impactos que a Operação Lava Jato trouxe ao Brasil. O lavajatismo é uma corrente que corrói a história brasileira dia após dia, e não devemos esquecer”, diz o texto que apresenta o Museu.

 

Em quase sete anos de atividade , de 17 de março de 2014 a 1º de fevereiro de 2021, a Lava Jato “foi decisiva para eventos históricos que mudaram o rumo da política no país – do golpe de 2016 até a ascensão da extrema direita no Brasil”. O projeto do Museu, com farto material para pesquisadores, quer lançar luz sobre “as arbitrariedades, as inconstitucionalidades, o autoritarismo e o caráter político que foram criando sombras que ainda restam ser iluminadas”.

 

A Operação Lava Jato celebrou 399 acordos de colaboração. De 94 condenados, segundo levantamento da Veja na matéria “Delação Bem Premiada”, 27 aceitaram a delação. A soma das penas dos 27 chegavam a 627 anos, que foram reduzidas, com os acordos, para 87 anos. Para aqueles que não colaboraram com delações as penas para 67 condenados somaram 846 anos, uma média de 12 anos para cada um.

 

O Museu também chama a atenção da aproximação do ex-juiz Sergio Moro e o governo estadunidense. O juiz participou nos Estados Unidos de cursos dirigidos a promotores e juízes do Brasil e da América Latina. Moro “pode ser o marco inicial da relação entre agentes públicos e o governo estrangeiro para sabotar a indústria nacional”.

 

Não ficou esquecida nos textos do Museu a espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA), denunciada em 2013 pelo ex-administrador de sistemas da CIA, Edward Snowden, sobre a Petrobras e autoridades do primeiro escalão da República brasileira.

 

 

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