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Algoritmo sensível, elites insensíveis: o problema de base do capitalismo 4.0

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25 Junho 2022

 

“É o trabalho social, em seu sentido mais amplo, a atividade criativa que possibilita o próprio desenvolvimento científico e tecnológico. É preciso se perguntar, então, se estará a serviço do bem-estar dos e das que trabalham ou se continuará sob a lógica de um capitalismo em que o cobertor fica cada vez mais curto”, escrevem Matías Caciabue e Paula Giménez, analistas do Centro Latino-Americano de Análise Estratégica – CLAE, em artigo publicado por El Destape, 18-06-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Recentemente, surgiu a notícia de que o gigante da tecnologia Google suspendeu um engenheiro de sua organização, após ter revelado que uma Inteligência Artificial tem vida própria. “É sensível”, afirmou Blake Lemoine, em referência ao chatbot LaMDA, sigla para Language Model for Dialogue Applications [Modelo de Linguagem para Aplicativos de Diálogo, em tradução livre] (El Destape, 13/06/2022).

 

Rapidamente, vêm à nossa imaginação filmes e séries que falam de um futuro distópico, onde uma espécie de “ditadura ciborgue” domina a terra. Aqui, não nos interessa filosofar sobre o limite entre o possível e o impossível, mas problematizar acerca das características dessa transformação tecnológica, que é objetiva, material e busca se colocar como irreversível.

 

Do Fórum Econômico Mundial, que se reúne todos os anos em Davos, pressagiam os cenários de um futuro que desafia a imaginação do melhor cineasta. Nos últimos tempos, este Fórum, onde uma nova aristocracia financeira e tecnológica resolve uma série de objetivos estratégicos que são posteriormente operacionalizados e impostos como decisões políticas para toda a humanidade, vem propondo o “Grande Reset”, uma iniciativa que convida a formular uma recuperação e futura direção nas relações globais, em nome de uma suposta prosperidade para todos.

 

A guerra, a pandemia e a destruição do planeta assediam o mundo como se fossem as Pragas do Egito. A diferença é que não são um relato bíblico, mas obras de um capitalismo insaciável que, longe de tudo o que os libertários vociferam, mostra-se um sistema incapaz de garantir a continuidade da vida humana. A ONG Global Footprint Network anunciou que o próximo dia 28 de julho será o Dia da Sobrecarga da Terra de 2022, que marca a data em que a humanidade terá utilizado todos os recursos biológicos que a Terra regenera, durante todo um ano.

 

Soma-se a isso a inflação mundial descontrolada, uma economia que não cresce, um aumento descomunal do preço dos alimentos e a energia, o que realmente faz pensar que o cenário futuro é catastrófico. Será a extensão de um presente que já é. Basta um simples exemplo para dimensionar a questão: Andrew Bailey, governador do Banco da Inglaterra - berço histórico do capitalismo - pediu desculpas aos parlamentares britânicos e anunciou “aumentos apocalípticos nos preços dos alimentos em nível mundial”, que vão gerar “uma fome global” (Clarín, 17/05/2022).

 

Na economia política, sabe-se que, dentro do capitalismo, maior desenvolvimento da ciência e da tecnologia produz menor utilização da mão de obra, ampliando a lacuna entre uma classe trabalhadora qualificada, que os estrategistas de marketing chamam de “colaboradores” e seduzem com salários em dólares, e uma exército de trabalhadores com “conhecimentos obsoletos”, condenados à precariedade, formando, como sobra, uma “classe inútil” que se traduz em aumento do desemprego e da pobreza em escala global.

 

Os CEOs do mundo sabem muito bem disso. Elon Musk já falava sobre o assunto em 2017, quando na Cúpula Mundial de Governo argumentou que “ cada vez haverá menos trabalhos que um robô não possa fazer”, razão pela qual “surgirão novos empregos nos quais será fundamental combinar a inteligência humana com a inteligência artificial para que se potencializem. Será necessário implementar algum programa diante do “desemprego em massa” (Forbes, 26/08/2021).

 

Também Barak Obama, ex-presidente democrata dos Estados Unidos, em sua participação no Digital Entreprise Show (DES 2022) explicou que, sem dúvidas, a automação “vai diminuir o número de empregos que realizam tarefas repetitivas. Precisamos reimaginar como redistribuir o trabalho, pode ser que tenhamos menos empregos do que antes. Devemos ter essa conversa agora para que quando toda essa revolução vier estejamos preparados. Não estamos prevendo a rapidez com que essas mudanças estão vindo. Devemos considerar já a jornada de quatro dias por conta da chegada da inteligência artificial” (El Español, 14/06/2022).

 

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que temos uma população mundial de 8 bilhões de pessoas, sendo que a força de trabalho que está empregada hoje é de 3,3 bilhões de pessoas, das quais 2 bilhões têm empregos informais e apenas 1,3 bilhão tem empregos formais, com direitos garantidos. Em outras palavras, o trabalho “digno” emprega apenas 41% da população economicamente ativa em todo o mundo.

 

Quanto às projeções para 2022, também a OIT, em seu relatório Perspectivas sociais e de emprego no mundo – 2022, prevê um aumento recorde do número de desempregados, após dois anos de crise pandêmica, observando “danos potencialmente duradouros no mercado de trabalho”, aumentando a população ativa excedente (OIT, 17/01/2022).

 

Em um relatório, o Instituto McKinsey estimou que serão acrescentados mais 5% de trabalhadores aos 22% da população que já era vulnerável antes da Pandemia de Covid-19. O relatório avalia que cerca de oito milhões de pessoas poderão ser deslocadas de seus empregos em razão desse processo de automação e digitalização até 2030, ou seja, em 8 anos.

 

Estamos descrevendo como o Salário Básico Universal e a Redução da Jornada de Trabalho são também, para as elites econômicas dominantes, saídas elegantes do atoleiro civilizatório onde colocaram toda a humanidade, após terem transnacionalizado e digitalizado os mecanismos de extração de mais-valia. Projetos de lei que tentam regulamentá-los circulam pelos parlamentos do mundo para serem debatidos e incorporados, com nuances, à política de Estado de seus países.

 

Na Inglaterra, soube-se recentemente de um teste piloto com 60 empresas que reduziram sua jornada de trabalho para quatro dias por semana. Casos também já foram registrados na Islândia, Japão e Suécia. A Argentina não é exceção, há projetos de lei circulando na Câmara dos Deputados para os dois temas.

 

Isso nos deixa observar duas questões fundamentais. Por um lado, que produzimos o mesmo ou mais em menos horas de trabalho formal. Por outro, surge inevitavelmente um questionamento sobre o que acontece com o tempo de lazer ou o “tempo disponível” que se libera nos dias e horas que “não se trabalha”, dado que os limites entre o nosso tempo de trabalho e nosso tempo de lazer se confundem com a irrupção em massa da virtualidade.

 

Neste tempo de sombras e luzes, os grandes avanços dessas “novas fábricas” - as plataformas digitais que acessamos a partir de nossos dispositivos móveis- geram condições extraordinárias de produção e apropriação de riquezas baseadas no tempo (não pago) que dedicamos à frente de nossas múltiplas telas, possibilitando um lucro excepcional e uma capacidade de moldar os comportamentos da humanidade de forma cada vez mais sofisticada.

 

Não dispomos mais sequer de nosso tempo de lazer? Existe uma apropriação ainda maior do tempo social disponível? Se o tempo de trabalho necessário para que esse sistema funcione já está reduzido ao mínimo, porque a tecnologia faz por nós o que antes só era possível pela ação humana, quem se apropria desse tempo disponível que a humanidade como um todo libertou pela revolução tecnológica em curso?

 

As diversas propostas sobre o Salário Básico Universal e a Redução da Jornada de Trabalho são iniciativas que se configuram como paliativas a esse nó górdio que, de longe, as supera. Acreditamos que a questão que se abre deve ser acompanhada por uma profunda discussão sobre o regime de propriedade dos setores estratégicos da economia contemporânea e como os setores econômicos “intensivos em conhecimento” se apropriam de riquezas que a humanidade toda produz na digitalização e virtualização da vida econômica, política e social.

 

Para além do dilema ético sobre os graus de humanização que a Inteligência Artificial possa adquirir, o problema é que, apesar da automação dos processos produtivos chegar a limites impensáveis, nós, seres humanos, continuamos sendo os únicos capazes de produzir riqueza. É o trabalho social, em seu sentido mais amplo, a atividade criativa que possibilita o próprio desenvolvimento científico e tecnológico. É preciso se perguntar, então, se estará a serviço do bem-estar dos e das que trabalham ou se continuará sob a lógica de um capitalismo em que o cobertor fica cada vez mais curto.

 

Leia mais

 

  • Como usar as plataformas de trabalho contra o capital
  • O futuro do trabalho: o teletrabalho
  • Trabalho em plataformas digitais: um empreendedorismo que leva à miséria
  • Como os ‘Homens de Davos' sequestraram o capitalismo. Entrevista com Peter Goodman
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  • O colonialismo de dados esvazia o mundo social
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