Meta de Paris pode ser perdida em 5 anos, diz ONU

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11 Mai 2022

 

Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indica o planeta pode ultrapassar limite de 1,5ºC de aquecimento global até 2026.

 

A reportagem é publicada por Observatório do Clima, 09-05-2022.

 

Se hoje metade da população mundial já está exposta a eventos climáticos extremos – como a onda de calor que está atingindo a Índia nas últimas semanas – a tendência é que as coisas piorem muito nos próximos anos: ainda nesta década a humanidade pode entrar em mares climáticos nunca dantes navegados. Um novo boletim (confira aqui) sobre o clima divulgado pela Organização Meteorológica Mundial das Nações Unidas (OMM) nesta segunda-feira, 09-05-2022, indicou que estamos prestes a experimentar o ano mais quente já registrado, e que há 50% de chance de o aquecimento global ultrapassar 1,5 ºC nos próximos cinco anos, fazendo com que a meta do Acordo de Paris seja perdida.

 

 

De acordo com o documento, que é produzido pelo Serviço Meteorológico do Reino Unido, há uma probabilidade de 93% de que pelo menos um ano entre 2022 e 2026 bata o recorde de temperatura, superando 2016, que hoje ocupa o topo do ranking. A ultrapassagem do limite de 1,5 ºC, segundo o boletim, pode ocorrer ainda antes do que o previsto pelo IPCC. Para o painel do clima da ONU, isso ocorreria em algum momento entre hoje e 2040.

 

“Este estudo mostra que estamos nos aproximando do momento em que atingiremos temporariamente o limite inferior do Acordo de Paris. A cifra de 1,5 ºC não é uma estatística escolhida aleatoriamente. Ela indica o ponto a partir do qual os efeitos do clima serão cada vez mais nefastos para as populações e para todo o planeta”, ressaltou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

 

De acordo com o finlandês, isso não significa que as temperaturas irão se estabilizar de forma duradoura acima do limite. O IPCC já mostrou em algumas de suas projeções que é possível devolver a elevação de temperatura abaixo desse patamar até o final do século. No entanto, os danos que devem ocorrer durante esse período mais quente tendem a ser extremos e, em muitos casos, irreversíveis.

 

“Enquanto continuarmos a emitir gases de efeito estufa, as temperaturas continuarão a subir. Além disso, nossos oceanos continuarão a se tornar mais quentes e ácidos, o gelo marinho e as geleiras continuarão a derreter, o nível do mar continuará subindo e nosso clima se tornará mais extremo”, afirmou Taalas.

 

O relatório mostra, ainda, que o comportamento das chuvas também deverá sofrer alterações nos próximos anos. De acordo com o documento, os padrões de precipitação previstos para o período de maio a setembro nos próximos cinco anos, quando comparados com a média de 1991 a 2020, sugerem uma maior chance de condições mais secas na Amazônia, período do ano em que o bioma mais sofre com incêndios.

 

 

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