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“O tecnofeudalismo é uma espécie de capitalismo canibal”. Entrevista com Cédric Durand

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03 Fevereiro 2022

 

O economista francês Cédric Durand, que participou dias atrás da nova edição do ciclo La Noche de las Ideas, com o patrocínio da revista Ñ, publicou no ano passado, na Argentina, seu livro Tecnofeudalismo: crítica de la economía digital (Ediciones La Cebra e Kaxilda), um exaustivo estudo a partir de pesquisas no Centro de Economia Paris Nord e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris.

Durand argumenta que existe uma nova mão invisível dos algoritmos que converte empresas como Google e Facebook em uma espécie de aspiradores digitais de riqueza, e que estariam nos conduzindo a uma regressão tecnofeudal na qual gigantes forças digitais e improdutivas dominarão a sociedade e a economia, fazendo com que os poderes políticos do Estado percam força.

 

A entrevista é de Julián Varsavsky, publicada por Clarín, 29-01-2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis a entrevista.

 

Você levanta a hipótese tecnofeudal: as Big Techs – Google, Amazon, Facebook, Apple, Microsoft – recriam um pouco as lógicas políticas e econômicas do tempo feudal. As grandes plataformas e ambientes digitais seriam bens imobiliários desmaterializados, fortalezas “medievais” que colonizam o ciberespaço e o depredam: ganham todo o terreno de seu negócio e adquirem a concorrência e empresas complementares. Como fundamenta essa metáfora?

O servo camponês era muito apegado à terra: não pertencia ao senhor feudal, mas à terra, que, sim, era desse senhor. Ao utilizarmos o Facebook ou o Google, passamos a ser indissociáveis dos dados que geramos na terra digital. A partir dessas pegadas, cria-se uma relação de extrema dependência da qual é difícil escapar porque nos facilitam a vida.

É possível viver sem usar nenhum serviço do Google? É possível, mas complicaria muito nossa existência! Eu tentei compreender o que o capitalismo faz com o digital: longe de favorecer a autonomia dos indivíduos, o aspecto mais marcante da economia digital é o retorno a relações de dependência.

 

Que traços estruturais permitem que a lógica de funcionamento da economia digital seja tão diferente?

A onda de monopolização na época digital responde a razões estruturais. A terra agrícola, quanto mais você a explora, menor será o seu rendimento. E existe um limite de terra disponível. Ao contrário, na indústria você pode aumentar a quantidade produzida e menor será o custo unitário. Você faz economia de escala.

Nas atividades digitais, quanto mais você utiliza seu software ou serviço, maior será a sua rentabilidade. E não importa se você vende um software ou cem, pois terá gasto o mesmo para produzi-lo.

Aqueles que colonizam primeiro a maior quantidade de dados de usuários – Facebook e Google – têm uma vantagem abismal em relação a outros competidores. Essa combinação entre as economias de escala e a acumulação originária dos dados é a fonte da extrema monopolização na era digital.

 

Seu livro aponta que – assim como acontece com a propriedade feudal da terra – no mundo digital o “terreno” tem um caráter rentista, antes que produtivo (é possível obter lucro sem produzir). Por quê?

No capitalismo existem duas maneiras de obter lucros. A primeira é a exploração: você utiliza trabalhadores e paga para eles menos do que geram. A predação digital está em outro nível: captura valor criado em outra parte (apropriam-se de riqueza que não produzem nessa empresa). Esta é uma dimensão essencial para as empresas que controlam intangíveis como bancos de dados e software.

Também exploram seus trabalhadores no sentido clássico, mas a maior parte de seus lucros provém da mais-valia extraída por outras empresas. A intensificação dessa lógica de predação permite compreender o inadequado desenvolvimento econômico contemporâneo.

Se você investe na predação, não investe na produção. Para os gigantes digitais, a lógica do investimento não vai no sentido de acumulação de meios de produção, mas de meios de predação. A coleta digital de dados é o Santo Graal do tecnofeudalismo predador da economia produtiva.

 

Refere-se a que a Apple comprou a assistente virtual Siri, o Facebook engoliu o Instagram e o WhatsApp, por 15 bilhões de dólares – o valor de seus 450 milhões de usuários –, e Google devorou o YouTube? Os dados são o valor mais cotado da economia mundial, superior ao petróleo?

Exato. Detectar essa lógica permite compreender por que nossas economias estão esgotadas e as desigualdades extremas persistem. Não só não há investimento suficiente, com também não ocorre onde estão nossas verdadeiras necessidades: a transição para tecnologias ecológicas, a saúde, a qualidade de vida. O tecnofeudalismo é uma espécie de capitalismo canibal.

 

Fomos pegos desprevenidos? Percebemos tarde demais o que estávamos entregando voluntariamente e, assim como os servos, nos tornamos dependentes da terra digital, acreditando-nos livres? É possível atenuar isso?

A legislação em matéria digital não leva em conta que todos os esforços das Big Techs buscam aumentar o controle sobre o comportamento dos indivíduos. A solução não reside no retorno a uma mítica saudável concorrência. É preciso dar aos poderes públicos, de uma escala local a uma transnacional, os meios para uma regulação do novo capital digital.

O primeiro passo é que as empresas criadoras dos algoritmos se tornem responsáveis por seus efeitos: discriminação, vícios, sofrimento psicológico e consumismo exacerbado. As auditorias públicas precisam estabelecer os efeitos dos algoritmos e sobre tal base o poder público deve regulamentá-los. Depois, precisamos definir como os nossos dados podem ser usados.

A ideia de um autocontrole individual é absurda. O consentimento do clique nas letras pequenas dos “termos e condições” é ineficaz para impedir a apropriação de dados. A abundância de informações concentradas pelas Big Techs é a matéria-prima indispensável para os serviços públicos do futuro. É preciso que esses dados estejam disponíveis para transformá-los em um bem comum.

 

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