24 Novembro 2021
Relatório resultante da pesquisa “Novos Insights sobre a Geração de Influência Crescente: Millennials na América”, de George Barma, coordenador do Centro de Pesquisa Cultural da Arizona Christian University, constatou que de uma população de 78 milhões de pessoas, nascidas entre 1984 a 2002 nos Estados Unidos, boa parcela rejeita a religião organizada ou tem escrúpulos em relação a líderes religiosos.
A reportagem é de Edelberto Behs, jornalista.
A maioria dos millennials ainda se diz cristã, mas se afasta do senso comum tradicional de uma cosmovisão bíblica sobre sexualidade. Cerca de 30% dessa geração se identificam como LGBTQ.
O relatório de 62 páginas sobre millennials fornece um perfil detalhado de uma geração que está preocupada e em busca de respostas para os seus problemas, enquanto “desvinculada do ensino e da prática espiritual, resultando em uma escassez de conhecimento, compreensão, experiência e crescimento neste reino”, segundo a análise de Barma.
O pesquisador aponta para um “analfabetismo espiritual” que resigna essa geração a “uma visão de mundo superficial “ na qual ela se agarra a ideias e práticas que fornecem conforto imediato em vez de verdade e paz duradoura. “O caos moral que caracteriza a geração também pode ser atribuído a uma falta de instrução religiosa coerente e pragmática”.
Na avaliação de Barma, “a confusão generalizada entre os jovens adultos a respeito de aspectos de sua identidade – espiritual, sexual e também relacionados ao seu senso de propósito na vida – é uma consequência direta desse vácuo de sabedoria espiritual”. Jovens adultos parecem preencher o vazio “criando uma autoimagem que se baseia no egocentrismo, na autossuficiência e na independência”, o que pode ser percebido com uma arrogância ou como um mecanismo de defesa.
O pesquisador sugeriu uma mudança na visão de mundo dessa geração como solução aos desafios que ela enfrenta, incluindo a falta de propósito na vida.
“Sua visão de mundo é a base de sua tomada de decisão. Cada escolha que você faz emerge de sua visão de mundo, que serve como o filtro através do qual você experimenta, observa, imagina, interpreta e responde à realidade. E cada uma das milhares de escolhas que você faz todos os dias têm consequências. Isso significa que a cosmovisão está no centro de tudo o que estamos considerando em relação ao bem-estar e ao desenvolvimento da geração de jovens e adultos”, assinalou.
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Geração millennials desconfia de líderes religiosos, mostra pesquisa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU