Os corpos de 4 crianças encontrados na costa da Líbia. Prováveis vítimas do naufrágio de um barco com 30 migrantes a bordo

Foto: Giuseppe Carotenuto | UNHCR

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18 Dezembro 2020

Os corpos sem vida de quatro crianças, com idades entre cinco e dez anos, foram recuperados ontem na costa da Líbia perto de Zawiya, cidade a cerca de 45 quilômetros de distância a oeste da capital Trípoli. A divulgação foi do Crescente Vermelho Líbio no Twitter, escrevendo que as equipes de resgate descobriram um dos corpos perto da refinaria Zawiya e os outros três alguns quilômetros a oeste, perto de Mutrud. A nacionalidade das pequenas vítimas ainda não é conhecida, relatou a organização, especificando que os quatro corpos foram transferidos para um hospital municipal para os procedimentos legais e posterior sepultamento.

A informação é publicada por L'Osservatore Romano, 17-12-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

De acordo com Hassan Mokhtar al-Bey, funcionário do Crescente Vermelho, poderiam ser algumas das prováveis vítimas do naufrágio de uma embarcação com trinta migrantes a bordo, ocorrido ao largo de Mutrud, a oeste de Zawiya, do qual a própria organização havia sido informada ontem pela manhã. No momento, a busca por outros náufragos continua, com pouca esperança de poder resgatar algum sobrevivente.

Foto: L'Osservatore Romano

A Líbia, portanto, apesar das tensões internas ininterruptas desde a queda do regime de Muammar Gaddafi em 2011, continua sendo o ponto central para o trânsito de migrantes - pessoas de outras regiões da África e do Oriente Médio que estão em fuga da instabilidade e das emergências humanitárias dos países de origem - em direção à Europa, cruzando o Mediterrâneo.

Enquanto isso, durante a manhã, a Organização Internacional para as Migrações (OIM), em sua conta no Twitter, anunciou que "mais de 120 migrantes, incluindo 8 mulheres e 28 crianças, foram levadas de volta à Líbia na noite passada pela Guarda Costeira", reiterando ao mesmo tempo, que "a Líbia não é um porto seguro". Nesses casos, os migrantes acabam nos centros de detenção do país do Norte da África, onde as condições de vida são em sua maioria desumanas e muitas vezes são vítimas de violência.

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