26 Novembro 2020
O Brasil encerra o mês de novembro deste ano com aproximadamente 170 mil mortes provocadas pelo coronavírus. A morte, mais do que nunca, se tornou uma corriqueira visitante no cotidiano dos brasileiros, deixando longevas feridas nas vidas de quem ainda luta e aguarda o fim da pandemia.
Além das perdas diretas ocasionadas pela Covid-19, presenciamos a privação de diversos aspectos dos nossos modos de vida a partir das medidas preventivas de isolamento e distanciamento social. Conforme aponta a economista e ensaísta Noreena Hertz, há inúmeras evidências comportamentais e sociais para consideramos o século XXI como o “século da solidão”.
O questionamento sobre a maneira com que a sociedade é conduzida floresceu nestes últimos meses. Muitos sistemas políticos foram contestados e inúmeras instituições se mostraram incapazes de dar uma resposta às necessidades mais essenciais para a sobrevivência de populações em risco de contaminação, bem como vulneráveis à hegemonia de sistemas econômicos concentradores de riqueza e exacerbadores de desigualdades.
Há ainda espaço para esperançar? Com esta pergunta em mente, os Cadernos IHU Ideias número 307 apresentam o texto “História de José, O Carpinteiro, como narratividade de Esperança” de Patrik Bruno Furquim dos Santos, integrante no grupo de pesquisa Literatura, Teologia e Religião - LERTE na PUC-SP.
Segundo Patrik, o artigo “tem como objetivo analisar o apócrifo ‘História de José, o carpinteiro’, no qual José não é apenas um personagem secundário, mas o principal, e observar qual era sua relação com Jesus. O apócrifo é uma narrativa de Jesus dirigida aos seus discípulos no Monte das Oliveiras, sendo ele o mais rico em detalhes sobre o pai adotivo de Jesus. Na narrativa, entre os capítulos 21-26, encontra-se o ápice da ação salvadora de Jesus. Tal ação carrega uma mensagem de esperança para a humanidade, pois mostra Jesus vencendo o mal, tendo poder sobre a morte e cuidando daqueles que ama”.
Os estudos a partir das ações de São José podem apresentar importantes métodos para a construção de relações econômicas e sociais “realmadas”, necessárias para momentos críticos como este hodiernamente vivido pela humanidade. Conforme aponta Patrik:
“Percebe-se que a devoção a José está estritamente ligada à opção pelos mais pobres. Compartilhar alimento com os que não têm o que comer é fazer o Reino de Deus acontecer no meio de nós. Neste sentido, a devoção a José, propagada por Jesus, é uma devoção em favor da vida. Como diz o teólogo espanhol José M. Castillo: Sentar-se à mesma mesa para comer com outras pessoas significa compartilhar a própria vida e solidarizar-se com os demais. Comer junto é compartilhar a mesma comida. É a comida que mantém a nossa vida e é fonte de vida”.
Imagem: Capa dos Cadernos IHU Ideias número 307, "História de José, O Carpinteiro, como narratividade de Esperança" de Patrik Bruno Furquim dos Santos.
O texto está estruturado da seguinte forma:
Introdução
Apócrifos
O Texto Apócrifo “José, O Carpinteiro”
Narrativa
O Apócrifo de “José, O Carpinteiro”, como Narratividade de Esperança
Considerações finais
O artigo completo pode ser acessado aqui.
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A narrativa de Esperança a partir de José, o carpinteiro - Instituto Humanitas Unisinos - IHU