Jesuítas da revista La Civiltà Cattolica são recebidos pelo presidente italiano

Colégio dos Escritores da revista La Civiltà Cattolica e o presidente italiano, Sergio Mattarella. | Foto: La Civiltà Cattolica

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24 Julho 2020

No dia 9 de julho, o presidente da República italiana, Sergio Mattarella, recebeu no Palácio do Quirinal o Colégio dos Escritores da revista La Civiltà Cattolica, liderado pelo diretor, Pe. Antonio Spadaro, por ocasião dos 170 anos de publicação da revista.

O site Il Sismografo publicou a saudação do presidente italiano, Sergio Mattarella, pelos 170 anos da revista La Civiltà Cattolica, 21-07-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Estava presente no encontro o prepósito geral da Companhia de Jesus, Arturo Sosa, que também apresentou os jesuítas membros do Colégio.

O presidente italiano, Sergio Mattarella, e o prepósito geral dos jesuítas, Arturo Sosa. (Foto: La Civiltà Cattolica)

 

Eis o texto.

A revista La Civiltà Cattolica é, desde sempre, um ponto de referência. Agradeço pela contribuição que a revista, cada vez mais internacional, dá ao nosso país no plano do tecido cultural e no da solicitação constante – não apenas em relação aos valores – para refletir e abordar, de maneira adequadamente aprofundada, todos os problemas que se apresentam.

Dessa capacidade, dessa atitude de aprofundar os problemas e de refletir adequadamente, existe uma enorme necessidade, tanto no nosso país quanto em outros lugares. São realmente necessários olhos novos para enfrentar a situação que temos pela frente.

A pandemia está demonstrando a todos que, no mundo, estamos ligados por um destino comum e que temos perigos comuns. Essa consideração deveria atribuir um sabor de futilidade – que ainda é difícil de superar e abandonar – aos motivos de contraste que, em vez disso, agitam o mundo.

É necessário desenvolver profundamente o discernimento para compreender como transferir aos comportamentos concretos e cotidianos essa percepção que se tem – bastante indefinida – de uma condição e de um destino comuns, em um mundo que, por sua vez, parece tentado pelo abandono das fórmulas de colaboração internacional, de todas as formas de multilateralismo que não evitam completamente, mas, pelo menos, atenuam o egoísmo dos mais fortes às custas dos mais fracos.

Há uma profunda diferença entre globalização e universalidade. A globalização indica uma condição em que o debate no mundo ocorre no terreno das relações de força: política, econômica, militara etc. A universalidade, por sua vez, vai no sentido da comunhão de destino e de condições. Mas, para realizá-la e vivê-la, é preciso ser capaz de fazer as pessoas refletirem, compreenderem, terem capacidade de discernimento.

E, a esse respeito, aquilo que a Civiltà Cattolica faz, propondo em tantos planos – e já em tantos fronts culturais e internacionais – instrumentos para refletir e aprofundar, é particularmente precioso.

Agradeço-lhes, portanto, pela contribuição que vocês fornecem ao nosso país. E o fato de também se multiplicarem as edições da revista em outras línguas é um sinal importante, porque oferece cada vez mais a ideia de que não se trata apenas de transmitir ideias, mas também de refletir juntos, com as várias civilizações e culturas, sobre o destino do mundo.

 

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